Projeto aplicado

1 INTRODUÇÃO

1.1 Breve Histórico

Leonardo da Vinci, considerado um dos mais completos artistas

renascentistas, nasceu do dia 15 de abril de 1452 e teve seu falecimento em 2 de

maio de 1519. Considerado percussor da aviação e da balística, dominava amplas

áreas de conhecimento, como: a engenharia, a matemática, a arquitetura, a

escultura, a pintura e se revelou também um excelente inventor. Deixou uma

contribuição bem extensa no ramo da engenharia, pois teve ideias muito à frente do

tempo que viveu, deixando várias invenções que foram sendo melhoradas com o

passar dos anos.

Uma de suas invenções foi à catapulta. A palavra catapulta vem do termo

grego Katapéltes, e identifica uma máquina de guerra que serve para lançar pedras

e outros projéteis a uma grande distância, evitando que soldados tivessem

problemas com muralhas e fossos. Considerada a mãe de todas as guerras, a

catapulta foi umas das mais revolucionárias armas inventadas, pois a partir dela o

homem não era mais o responsável pelos resultados das batalhas e sim, as

máquinas.

Acredita-se que em 1304, o rei Eduardo 1º da Inglaterra cercou o castelo de

Stirling, na Escócia. Neste castelo, residiam os últimos guerreiros que, anos antes,

haviam apoiado a rebelião anti-inglesa promovida pelo escocês William Wallace.

Sem conseguir demolir as sólidas muralhas, Eduardo 1º desenvolveu um engenho

conhecido como trebuchet. O trebuchet é uma máquina de atirar pedras, que tinha

seu funcionamento muito parecido com o de uma catapulta. Durante 10 semanas,

um batalhão de 50 operários, cortou 20 grandes carvalhos para construir o monstro,

ali mesmo, no local do cerco. O colosso intimidou de tal modo os defensores que

antes mesmo de ser concluído fez com que eles se rendessem, porém o rei Eduardo

queria testar o funcionamento da sua arma, e com pedras de aproximadamente 150

quilos, o rei inglês devastou as muralhas e tomou o castelo. Mas esse sentimento já

havia sido experimentado muito antes, com a invenção das pioneiras armas de sítio

ou de cerco – categoria que tem na catapulta sua representante mais célebre, mas

inclui ainda onagros, oxibeles, trebuchets e outras engenhocas construídas de

acordo com a criatividade de inúmeros povos da Antiguidade e da Idade Média. No

terreno militar, o impacto dessa novidade mudou literalmente o rumo da situação.

Por que, até então os exércitos eram formados apenas pela infantaria; que eram as

tropas que avançam a pé, e a cavalaria, que eram as tropas que avançavam a

cavalo. A partir da criação dessas novas armas, como um exemplo, a catapulta, eles

passaram a desenvolver um novo grupo de guerra: a artilharia, especializada no

lançamento de projéteis a grande distância. Com isso, não se importava mais com o

tamanho do muro, pois as máquinas garantiam que os ataques fossem temidos, pois

através delas, objetos com mais de 150 Kg eram lançados em direção as muralhas

sem cessar, colocando abaixo qualquer obstáculo.

De uma forma mais técnica, as armas de cerco, aproveitavam os princípios de

funcionamento de outras armas muito antigas também, porém mais eficientes: o

arco e flecha, a funda, e em seguida o estilingue, pois o estilingue partiu da ideia da

funda. Foi a junção dessas invenções que fizeram com que surgissem a artilharia,

mas deve-se destacar que foi o aprimoramento dessas armas que fizeram com que

as catapultas se tornassem armas tão importantes na época.

Alguns anos mais tarde, com o aprimoramento destas armas citadas,

começaram a surgir variados e requintados modelos da catapulta, sendo que uma

delas foi a catapulta de arco. Mudanças nos materiais, no design e no seu uso,

consolidaram a importância da artilharia durante a guerra.

Contudo, o passo definitivo para transformar o uso das catapultas em ciência,

foi o desenvolvimento da balística. A balística nada mais é que a arte por meio da

qual se conseguia, graças a cálculos matemáticos, direcionar com razoável precisão

os projéteis que saíam de suas máquinas.

Com a evolução das armas de fogo as catapultas foram sendo substituídas

por armas mais modernas. Apesar disso, durante a 1º Guerra Mundial, (1914-1918),

ela foi utilizada por soldados em meio à batalha de trincheiras. Os soldados