Projeto de Pesquisa Mineral
Por: UlliCavalcanti • 27/8/2017 • Projeto de pesquisa • 990 Palavras (4 Páginas) • 871 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA
ESCOLA POLITÉCNICA – EP
Relatório de Visita à Jacobina Mineração e Comércio Ltda
Relatório referente à disciplina ENG 251 - Processos Unitários em Minérios, orientado pelo professor Luíz Rogério Pinho de Andrade Lima, como requisito para a avaliação da aluna Ulli Oliveira de Hollanda Cavalcanti.
SALVADOR - BAHIA
2017
OBJETIVO:
O objetivo desde relatório é descrever a visita técnica feita à mineradora de ouro, Jacobina Mineração e Comércio Ltda. Também tem como objetivo mostrar conhecimentos adquiridos durante a visita de como funcionam alguns processos da usina de beneficiamento da JMC.
VISITA:
No dia 23 de janeiro de 2017 os alunos da disciplina ENG 251 – Processos Unitários em Minérios realizaram visita técnica à mineradora de ouro Jacobina Mineração e Comércio Ltda, localizada no município de Jacobina – BA, e ao Garimpo de esmeraldas, localizado na Serra de Carnaíba.
Estas vistas tinham como objetivos dar aos estudantes a oportunidade de conhecer de perto as atividades e rotina de uma empresa de mineração, conhecendo o funcionamento da planta de beneficiamento da JMC e conhecendo, também, a flotação da molibdenita na Serra de Carnaíba, como forma de aproximá-los do conteúdo estudado na presente disciplina. A visita a flotação da molibdenita não aconteceu devido a alguns imprevistos.
- Jacobina Mineração e Comércio Ltda:
A vista foi iniciada com uma palestra sobre o funcionamento geral da Empresa, algumas regras de segurança e, também, trabalhos que esta realiza juntamente com a população local. Foram mostrados alguns dados como custos com impostos e custos com energia elétrica, por exemplo.
Depois o grupo seguiu para a planta de beneficiamento já munidos dos EPIs.
O engenheiro de minas João Antônio explicou o fluxograma da empresa, apresentando dados de cada etapa, com o auxílio de outro engenheiro, depois acompanhou o grupo no tour pela planta.
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Fonte: Miranda A (2016)
O fluxograma apresenta o processo de beneficiamento do ouro, que envolve desde a chegada do material da lavra até a formação do Bullion, nos fornos da fundição.
A primeira etapa do beneficiamento é a britagem primária, onde o minério proveniente das minas chega à usina por meio de caminhões. O britador primário é do tipo mandíbulas, modelo METSO C140, e possui um APF de 5’’. O material passante alimenta uma pilha pulmão juntamente com o material previamente classificado por uma grelha de 125 x 500 mm. Essa pilha pulmão alimenta a britagem secundária e terciária, onde 4 britadores fazem parte desse circuito, os quais são da METSO de 500HP. O produto dessa britagem alimenta os silos 1 e 2, que dão início ao circuito fechado de moagem, classificação e concentração gravimétrica. A seguir, esse material segue para a lixiviação intensiva e espessamento.
O circuito de moagem é alimentado com material abaixo de 14 mm e apresenta dois moinhos de bolas da FAÇO atuando em paralelo. O moinho 1 atua com uma capacidade de 70 t/h, enquanto que o moinho 2 possui capacidade de 180 t/h, mas atualmente opera com 170 t/h. Os moinhos possuem bolas de aço com 3” e um material com índice de abrasão de 17.9, fato que justifica um alto consumo de bolas, cerca de 2 kg de bolas por tonelada de minério. Os produtos dos moinhos alimentam os classificadores e peneiras antes de seguir para os concentradores gravimétricos. Os classificadores são hidro ciclones verticais da KREBS com Vortex de 12” e Apex de 6”, totalizando em cinco hidro ciclones, sendo que um está atuando no circuito 1 e um outro atuando no circuito 2, e os demais estão de reserva.
O overflow dos hidro ciclones é direcionado para o espessamento com cerca de 30% de sólidos, que representa cerca de 50% da recuperação total da planta, enquanto que o underflow é enviado para a alimentação dos moinhos, formando assim, uma carga circulante. São utilizados dois espessadores na planta, um convencional e um E-cat, os quais geram um produto com cerca de 45% de sólidos para alimentar o circuito de lixiviação. Parte da descarga do moinho vai para o hidro ciclones e parte é enviado para concentradores gravimétricos do tipo Knelson. O concentrado dessa etapa é posteriormente transferido para a lixiviação intensiva, Acácia, com alta concentração de cianeto usando o peróxido de cálcio como ativador, oxidando o material, e o rejeito volta para a caixa de descarga do moinho.
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