QUIMICA X CONSTRUÇÃO CIVIL
Por: Fernando Junqueira • 1/6/2017 • Artigo • 750 Palavras (3 Páginas) • 169 Visualizações
INFLUÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE CURA NA RESISTÊNCIA E NA ABSORÇÃO DO CONCRETO
Este é um artigo em que os autores, Marcos de Oliveira Valin Jr, tecnólogo em controle de obras e Sandra Maria de Lima, Professora-doutora e chefe de departamento, abordam a importância da cura do concreto para se produzir uma estrutura durável e que minimize os gastos com manutenção e reparos, reduzindo também a utilização de novos recursos naturais. O termo envolve uma combinação de condições que promovem hidratação do cimento, como temperatura, umidade e o tempo. Os autores da pesquisa enfatizam que é importante conhecer as condições climáticas da obra, para que se estabeleça o processo de cura do concreto, influenciando sua estabilidade volumétrica, melhorando seu desempenho mecânico e sua resistência aos agentes do meio ambiente. Essa cura do concreto nada mais é, do que o grau de hidratação que se dá ao cimento.
Com o objetivo de avaliar as resistências de compressão diametral e axial, a absorção de água por imersão e o índice de vazios do concreto, a pesquisa se baseou em provas de corpo com 28 dias de idade, submetidos a condições de cura ao ar e umidade, verificando a influencia de diferentes ciclos de cura nas características do concreto. A partir desses moldes, de dosagens iguais, eles foram colocados em duas condições: Cura úmida com água e cal e cura ao ar, sempre buscando igualdade ao ambiente da obra.
Os ciclos adotados foram de o concreto 28 dias submersos em água e cal a temperatura constante, 7 dias submersos em água e posteriormente 21 dias expostas ao ar e por último, 28 dias ao ar, com temperatura média de 28ºC e umidade de 58%. Após a realização dos experimentos, o artigo demonstra que para resistência à tração por compressão diametral (NBR 7222:1994) o material que ficou exposto 28 dias ao ar teve a menor resistência, seguido pelo concreto que ficou 7 dias úmido e 21 dias ao ar, e por ultimo, sendo o material mais resistente, o corpo de prova de 28 dias de cura úmida. O resultado de compressão axial (NBR 5739:2007), comprova-se a importância da cura úmida. Isso porque na condição de 28 dias ao ar, a resistência foi relativamente menor que as outras duas (cerca de 27%). Mas o interessante foi que nesse experimento de resistência, o concreto que ficou 7 dias úmido e 21 dias ao ar era mais resistente do que o que ficou 28 dias úmidos. Mesmo assim, quando submetido a um processo de cura, os testes de resistências são melhores nesses corpos.
Outro ponto destacado pelo artigo é a questão da durabilidade, no qual também foi concretizado que os processos de cura são mais eficientes do que quando expostos ao ar. O teste de de absorção de água por imersão, mostrou que o índice de absorção foi 38% maior na cura exposta 28 dias ao ar e 29% maior na condição 7 dias úmido e 21 dias ao ar, em relação à cura úmida por 28 dias. A distribuição de vazios também obtiveram os mesmos resultados de ordem da absorção, mas com porcentagens menores.
Com a realização de todos experimentos, os autores comprovam a importância dos procedimentos de cura na obra, tanto pelo desempenho mecânico, como pela durabilidade dos concretos. Mais do que esses processos, ficou evidenciado que as provas submetidas a curas úmidas, tiveram maior sucesso em todos testes. Na analise de índices vazios e de absorção, a cura de 28 dias úmida foi até 58% menor do que a exposta ao ar 28 dias. Nestes mesmos experimentos ouve um acréscimo de 14% na cura de 7 dias úmido e 21 dias ao ar, com relação a 28 dias úmidos. Somente na resistência a compressão axial houve melhor resultado na cura de 7 dias úmidos e 21 dias ao ar com relação ao de 28 dias úmidos. O consumo de cimento no estudo produzido, é reduzido quando utilizado processo de curas úmidos, sendo até 40% menor quando este foi submetido a 28 dias úmidos, havendo uma diferença de 5,7% quando comparado a 7 dias úmidos e 27 dias ao ar. Por nem sempre as condições das obras permitirem o processo de cura úmida por 28 dias, a segunda alternativa com 7 dias úmidos, apresentou bons resultados de resistência, durabilidade e sustentabilidade.
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