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RELATÓRIO BIMESTRAL DE AULAS PRÁTICAS: MADEIRAS

Por:   •  15/8/2022  •  Relatório de pesquisa  •  2.086 Palavras (9 Páginas)  •  71 Visualizações

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Faculdade Guarapuava[pic 1]

Curso de Arq. e Urb. / Eng. Civil

Disciplina: Materiais de Construção Civil I
Professora: Rafaella Salvador Paulino

RELATÓRIO BIMESTRAL DE AULAS PRÁTICAS:

MADEIRAS

Allan Romero

Alexandra Ferreira

Flávio Lemos

Hellen Caldas

Juliane Paganini

Leonardo Ortiz

Richard Back

Guarapuava

2022


1 INTRODUÇÃO

Através de métodos preconizados na NBR 7190 (ABNT, 1997), o presente trabalho mostra, de forma detalhada, os testes necessários para avaliar física e mecanicamente corpos de prova de madeira utilizadas na construção civil, a saber: teor de umidade; densidade básica; retração; inchamento; variação volumétrica; resistência à compressão paralela às fibras e resistência à compressão normal às fibras.

Tais análises, visam demonstrar as propriedades físicas de maior relevância da madeira, são elas: massa específica e as propriedades relacionadas com a umidade, contração e inchamento (MOURA, 1986). Portanto, determinar as propriedades físicas da madeira é fundamental, pois estas influenciam significativamente nas resistências e no desempenho para uso estrutural.

No tocante às características mecânicas, a resistência à compressão é a capacidade do material em resistir esforços axiais que tendem a diminuir as dimensões, levando à ruptura do material. A ABNT NBR 7190 (ABNT, 1997) apresenta as metodologias de obtenção dos valores de resistência à compressão paralela e normal às fibras em madeiras, sendo que a maior resistência está direcionada paralelamente às fibras. Para CALIL et al. (1999), a madeira pode ser submetida a compressão nas direções normal (comprimindo perpendicularmente) e paralela (diminuição das células ao longo do eixo longitudinal).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A madeira é um dos materiais mais essenciais desde o começo das construções no mundo. No entanto, sua popularidade na construção civil moderna, só se deu após a minimização das suas características negativas observadas nos tantos processos de beneficiamento que são encontrados atualmente, bem como, na norma estabelecida, padronizando a matéria prima e tornando-a menos suscetível á patologias (BAUER, 2005).

Possui diversas propriedades que a tornam muito mais atraente a frente a outros materiais. As características mais destacadas são o baixo consumo de energia para seu processamento, a alta resistência específica, as boas características de isolamento térmico e elétrico, além de ser um material muito mais fácil de ser trabalhado manualmente ou por máquinas (ZENID, 2011). A madeira é usada na construção civil de forma temporária na instalação do canteiro de obras, nos andaimes, nos escoramentos e nas fôrmas. De forma definitiva, é utilizada nas esquadrias, nas estruturas de cobertura, nos forros e nos pisos (BAUER, 2005), além de ser também empregada de forma estética em recestimentos, decks e pergolados.

A massa específica é uma das propriedades mais importantes da madeira, pois a maior parte de suas propriedades físicas e tecnológicas dependem desta definição, servindo como uma referência para a classificação da madeira. Geralmente, o comum é que madeiras pesadas sejam mais resistentes, elásticas e duras que as leves. Porém, em contrapartida à estas vantagens, são mais difíceis de se trabalhar e apresentam maior variação nas condições, mesmo dentre uma mesma amostra, retirada de locais diferentes (MORESCHI, 2010). O conhecimento da massa específica serve como uma informação útil sobre a sua qualidade e classificação da madeira, dada pela análise das suas propriedades.

Dentre essas propriedades, destacam-se em um primeiro momento o teor de umidade, densidade básica, retração, inchamento, variação volumétrica e a resistência normal e paralela às fibras.

O teor de umidade da madeira também está relacionado com as propriedades de resistência, a maior ou menor facilidade em trabalhar com este material, seu poder calorífico, sua suscetibilidade a fungos, entre outras propriedades (MORESCHI, 2010). O teor de umidade determinado por este método serve também para orientar a escolha de métodos preventivos para a preservação da madeira (ABNT, 1997).

A densidade básica é uma massa específica convencional definida pela razão entre a massa seca e o volume saturado (ABNT, 1997). A espessura e a concentração dos anéis de crescimento permitem, através da análise visual, avaliar a densidade da madeira. Em especificações de qualidade para emprego estrutural de madeiras, esses índices podem estar limitados a determinados valores (BAUER, 2005).

A retração se dá pela retirada das moléculas de água que ficam entre os espaços que são microscópicos da parede celular, aproximando as regiões e, consequentemente, diminuindo o tamanho da madeira. O inchamento, aumenta seu volume, portanto, se dá exatamente pelo contrário da retração, onde há a inclusão de moléculas de água dentro da madeira, entre as micelas e nas regiões amorfas, preenchendo e afastando as regiões e, assim, aumentando as dimensões da madeira (MORESCHI, 2010). O aumento do volume é aproximadamente proporcional ao aumento do teor de umidade, e, também proporcional à massa específica da madeira.

A variação volumétrica é determinada em função das dimensões do corpo de prova nos estados saturado e seco (ABNT, 1997).

A resistência à compressão pode ser realizada nas duas formas em a madeira é empregada na construção civil: paralela às fibras e normal às fibras. Esta é dada pela máxima tensão de compressão que pode atuar em um corpo de prova, por isso, determina a resistência e a rigidez da madeira de um lote considerado homogêneo (ABNT,1997).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

3.1.1 Ensaios físicos

Para a realização dos ensaios físicos foram utilizados 3 corpos de prova com dimensões aproximadas de 3 x 2 x 5 centímetros cada um. Utilizou-se estufa para secagem dos corpos de prova, recipiente com água para saturação, e paquímetro para aferir as dimensões.

[pic 2]


3.1.2 Ensaios mecânicos

No ensaio de Resistência à Compressão Paralela e Normal, foram utilizados corpos de prova de 5 x 5 x 15 e 5 x 3 x 10 cm, respectivamente.

Os corpos de prova foram submetidos à força exercida pela prensa, até a ruptura de suas fibras.

[pic 3]

3.2 MÉTODOS

3.2.1 Teor de umidade

Para a determinação do teor de umidade do corpo de prova, inicialmente realizou-se a pesagem do mesmo em condições naturais, e depois ele foi colocado na estufa para posterior pesagem, de modo a obter-se a massa seca.

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