Relatório Utilização do Fluido de Corte no processo de usinagem
Por: LucasRoch • 26/11/2018 • Relatório de pesquisa • 2.542 Palavras (11 Páginas) • 265 Visualizações
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Utilização do Fluido de Corte no processo de usinagem e suas influencias nas forças de corte
André Victor Silva Duarte
José Iraildo Da Silva Junior
Laianne Caroline Pereira Martins
Lucas Samuel Pereira Rocha De Lima
Mossoró-RN
20/11/2018
1. INTRODUÇÃO
1.1 Forças na usinagem
A força necessária para formar o cavaco, é dependente da tensão de cisalhamento do material da peça, das condições de usinagem e da área do plano de cisalhamento. O conhecimento do comportamento e da ordem de grandeza dos esforços de corte nos processos de usinagem é de fundamental importância pois eles afetam:
- A potência necessária para o corte;
- A obtenção de tolerâncias apertadas;
- O desgaste da ferramenta;
- A temperatura de corte.
As forças de usinagem são consideradas como uma ação da peça sobre a ferramenta. A força total resultante que atua sobre a cunha cortante é chamada de força de usinagem. A princípio, nem a direção nem o sentido da força de usinagem são conhecidos, tornando-se impossível medi-la e conhecer melhor as influências de diversos parâmetros para o seu valor. Então, não se trabalha com a força de usinagem propriamente, mas com sua componentes segundo diversas direções conhecidas.
[pic 1]
Figura 1. Forças atuantes durante a usinagem.
1.2 Cálculo da força e potência de corte
A força de corte é o principal fator no cálculo da potência necessária a usinagem. Depende principalmente:
• Do material a ser usinado;
• Das condições efetivas de usinagem;
• Da seção de usinagem;
• Do processo.
- Velocidade de Corte (Vc)
[pic 2] (1)
sendo que: Φ: diâmentro da peça; n=número de rotações por minuto.
- Força de Corte (Fc)
[pic 3][pic 4] (2)
sendo: Ks (N/mm2): pressão específica de corte; A: área da seção de corte
[pic 5][pic 6] (3)
sendo: b: comprimento de corte; h: espessura de corte; ap: profundidade de corte; f: avanço.
- Pressão Específica de Corte (Ks)
[pic 7] (4)
sendo que: Fc: força de corte; A: área da seção de corte; ap: profundidade de corte; fc: avanço de corte.
- Potência de Corte (Nc)
[pic 8] (5)
sendo que: Fc: força de corte; vc: velocidade de corte.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A pratica em laboratório dividiu-se em duas etapas, primeiramente realizou-se o desbaste a seco sem o uso do fluido lubrificante, e o desbaste com o uso do fluido lubrificante. Antes, foi necessário o cálculo de alguns valores do processo.
Partindo do uso do aço 1020 com diâmetro inicial de 31,85mm, é obtido a propriedade de velocidade de corte de 250m/min, segundo tabela para ferramenta de metal duro. Com isso, utilizando a equação 1 da velocidade de corte e isolando a rotação N, podemos encontrar a rotação teórica ideal para o nosso caso.
[pic 9]
Porém, o torno disponível em laboratório possui uma rotação máxima de 2360 rot/min, visto que não é interessante colocar o valor máximo que a ferramenta trabalha, já que o torno do laboratório apresenta folgas, usa-se o valor imediatamente abaixo que a máquina permite,na combinação do sistema de engrenagem da caixa Norton para fim de preservar a integridade do equipamento. Esses dados podem ser conferidos na tabela abaixo.
Parâmetros | Especificação |
Aço Diâmetro inicial Velocidade de corte N teórico N prático Avanço Passo V linha V fase Ks | SAE 1020 31,25 mm 250 m/min 2500 RPM 1500 RPM 0,042 mm/rot 1,5 mm 220 V 127 V 1720 N |
Tabela 1. Parâmetros iniciais de usinagem.
Após a obtenção dos parâmetros iniciais, o torno é ligado e observado uma corrente de 4,6 A. Para a realização da primeira parte da usinagem, a usinagem a seco, considerou-se os seguintes valores: profundidade de corte de 1,5 mm; velocidade de avanço de 0,042 mm/rot. Com a máquina e a usinagem em funcionamento foi medida a corrente do torno de 4,9 A, como mostra a figura 2.
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