Relatorio de Visita a Fábrica de Cimento
Por: Mariano Silva • 24/5/2016 • Relatório de pesquisa • 1.538 Palavras (7 Páginas) • 2.155 Visualizações
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E DE COMUNICAÇÕES |
Relatório de visita de estudo à fábrica SUNERA Cimentos Lda. |
Materiais de Construção I |
[pic 1]
Discentes:
Docente: Eng. Arsénio Muchate, Eng. António Nhabetse; Classificação:_________________ - MAIO DE 2016 - |
Índice
Relatório de visita de estudo à fábrica SUNERA Cimentos Lda.
Introdução
Objectivos
Desenvolvimento
Anexo de Imagens - 8
Conclusão
Introdução
O presente relatório descreve o processo de produção de cimento acompanhado na visita de estudo feita à fábrica de cimentos, SUNERA Cimentos Lda., situada na estrada nacional EN2, distrito de Boane, à aproximadamente 1h (50km) da Instituição, pelo grupo de trabalho de Materiais de Construção I, com o acompanhamento dos docentes da disciplina, Eng. Arsénio Muchate e Eng. António Nhabetse. A visita teve início as 9:30 do dia 28 de Maio (Quinta-feira), iniciando com a apresentação do local e da equipa técnica, composta pelo Sr. Mussá Abdula, responsável pela fábrica, e palestrante.
O mesmo técnico, começou por descrever de onde é vinda a matéria-prima para produção do cimento, e uma breve introdução da sequência de processamento do material daquela mesma fábrica. Foi descrito que lá só ocorre a parte final da produção de cimento, ou seja, a expedição.
A fabrica não produz, mas sim transforma o cimento 42.5N para o cimento 32.5, cimento normal.
Segundo o palestrante, a fábrica dedica-se a produção do cimento pozolânico em Moçambique e está em funcionamento desde 2004, com cerca de 150 trabalhadores. A fábrica tem capacidade de produção de até 6,000 sacos de cimento por dia.
Foi feita uma visita à cada sector que compõe esta fábrica, o enchimento, a dosagem e a mistura dos componentes, e a ensilagem da matéria-prima, mas não ao laboratório da fábrica, devido a ausência do técnico responsável.
Por fim, a visita encerrou as 10h.
Objectivos
Em grandes províncias como Maputo, existem inúmeras fábricas, o que torna-las em potencialidades para o crescimento económico do país em geral.
No contexto das soluções tecnológicas actuais, a construção civil nacional, exige maior demanda de materiais de construção como o cimento, daí que a uma fábrica de cimento surge com o intuito de satisfazer essas necessidades, criando soluções técnicas favoráveis ao cliente e igualmente ao meio ambiente.
Desenvolvimento
Recepcionados pelo Sr. Mussá Abdula, com o cargo de operário, visitamos inicialmente o sector de enchimento onde também acontece o ensacamento e expedição dos sacos.
O material para o fabrico do cimento tem várias proveniências. As cinzas e o star-ex são importadas da África do Sul, o cimento vem da fábrica de cimento da Matola, o clínquer que vem da CIMPOR. As cinzas são importadas todos os dias devido a falta do mesmo na zona sul do país. O clínquer, que misturado a aditivos para o fabrico do cimento, transforma o cimento 42.5N para o cimento 32.5N.
De seguida percorremos as instalações onde se encontra o sector de dosagem do cimento pretendido. Estas dosagem são geridas por um operador especializado, que exerce suas funções com o auxílio do computador, que faz o monitoramento e medições da quantidade dos componentes que vão compor o produto. Os tipos de cimento resultantes destas dosagens (cimento pozolânico) são:
- CEM II/A-V 32,5N Cimento com incorporação de 5 a 20% cinzas volantes do tipo siliciosa;
- CEM II/B-V 32,5N Cimento com incorporação de 21 a 35% cinzas volantes do tipo siliciosa;
- CEM II/A-W 32,5N Cimento com incorporação de 5 a 20% cinzas volantes do tipo calcaria;
- CEM II/B-W 32,5N Cimento com incorporação de 21 a 35% cinzas volantes do tipo calcaria;
- CEM II/A-S 32,5N Cimento com incorporação de 5 a 20% de escórias de alto-forno;
- CEM II/B-S 32,5N Cimento com incorporação de 21 a 35% de escórias de alto-forno.
Vale lembrar que os diferentes tipos de cimento, se destinam a variadas aplicações, como construção estrutural sendo usado como argamassas e betões. Alguns apresentam características adicionais que os qualificam para fins específicos.
Observou-se a parte do ensecamento onde temos as picas de ensecamento e os sacos só vão ate 50Kg, corrigindo-se depois manualmente na balança quando os sacos estão a mais ou a menos.
A caixa transformadora tem parte de frente que é a parte de ensecamento, ou seja, a parte onde ensecasse o cimento e faz-se o se processamento e na parte de trás temos o comando do mesmo, tem o computador e, toda a informação que o utilizador recebe vem da caixa do comando que dita as quantidades que precisamos de cimento, da cinza star-ex.
O clinquer quando chega à fábrica e vai para o silo, de lá vai para a caixa de star-ex (é a caixa que contem os aditivos que dão ao cimento a propriedades secagem e maior resistência) que está ligada com a caixa de cinzas, o produto da caixa de star-ex e as cinzas misturam se na caixa misturadora (a quantidade de clinquer é de 60% e das cinzas é de 40%) e depois tudo vai para a caixa de ensacamento.
Nos 4 silos onde é feito o armazenado o cimento e cinzas, existe um sistema de células onde tiram-se as medidas e lá obtem-se toda informação sobre as quantidades, servindo de balança, onde mede-se o produto normal descendo depois pelo orifício com destino a caixa misturadora, onde faz a mistura de cimento, clínquer, star-ex e cinza, seguindo para dois orifícios denominados elevadores, onde elevamos o produto para a caixa de ensecamento.
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