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Resenha: CRISE ECOLÓGICA, CRISE CAPITALISTA, CRISE DE CIVILIZAÇÃO: A alternativa ecossocialista

Por:   •  4/5/2021  •  Resenha  •  632 Palavras (3 Páginas)  •  198 Visualizações

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RESENHA: CRISE ECOLÓGICA, CRISE CAPITALISTA, CRISE DE CIVILIZAÇÃO: A alternativa ecossocialista

Michael Löwy

Inicialmente o autor destaca que a atual crise econômica é sem dúvida a mais grave desde de 1929, mostrando os seus malefícios e as consequências indubitáveis de um sistema capitalista de produção.

Os modelos de governo de direita, ou “centro-esquerda”, se mostram insuficientes de encontrar uma solução para o colapso, e insistem em defender privatizações , cortes de recursos em áreas de extrema importância tais como saúde e educação e mais uma série de “atrocidades” que acabam gerando como resultado agravamento da crise , intensificação da recessão e aumento da dívida. O autor diz ser uma ilusão acreditar – assim como muito marxistas , que se trata da “crise final do capitalismo”, pois a história não nos engana, o capitalismo sempre encontrou medidas para sair de uma crise. A primeira guerra mundial foi um conflito gerado pelo interesse de exploração e domínio que os países mais poderosos tinham sob os menores, pessoas morreram para que o capitalismo pudesse continuar vivendo.

A crise ecológica também não é capaz de levar o capitalismo ao seu fim, mesmo que acabe recursos como petróleo e outras fontes naturais, o sistema irá continuar com a exploração, mesmo que a própria vida humana se encontre ameaçada.

Assim, ele inicia um paralelo com a crise ecológica afirmando que ambas partem de uma mesma origem, um sistema que é capaz de transformar tudo em mercadoria e que o ritmo dos esgotamentos dos recursos e a exploração exacerbada impede de pensarmos sequer em um futuro a longo prazo. Entre os infinitos processos destrutivos que vivenciamos, o de mudança climática e o que traz o maior mal pela expansão das consequências ao redor do mundo. Nessa perspectiva o autor defende uma visão contrária da que na maioria das vezes é mostrada pela mídia. Tudo isso não resulta do excesso de população, como dizem alguns, nem da tecnologia em si, abstratamente, ou tampouco da má vontade do gênero humano. Trata-se de algo muito concreto: das consequências do processo de acumulação do capital, não sendo portanto má vontade das multinacionais mas da lógica perversa que detrás o capitalismo. As soluções apresentadas pelo mundo se baseiam na seguinte regra: aceitem as regras do jogo capitalista e se adaptam às regras do mercado. Toda as conferências realizadas nos últimos anos tendem a mesma resposta: a incapacidade – ou da falta de interesse – das potências capitalistas em/para enfrentar o dramático desafio do aquecimento global. A alternativa seria portanto uma proposta cem por cento radical: o ecossocialismo, uma convergência entre a reflexão ecológica e a reflexão socialista, a reflexão marxista. Basicamente, o autor defende que o movimento em primeiro lugar, crítica à ecologia não socialista, à ecologia capitalista ou reformista, que considera possível reformar o capitalismo, atingir um capitalismo mais verde, mais respeitoso ao meio ambiente. Trata-se da crítica e da busca de superação dessa ecologia reformista, limitada, que não aceita a perspectiva socialista, que não se relaciona com o processo da luta de classes, que não coloca a questão da propriedade dos meios de produção. Em termos simples bastaria mudar as

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