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Resenha Crítica do artigo Materialize

Por:   •  28/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.696 Palavras (7 Páginas)  •  251 Visualizações

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MATERIALISE: APOIANDO A REVOLUÇÃO DA IMPRESSÃO EM 3D

Referência: ZEIN, M. Apoiando a Revolução da Impressão em 3D. IMD: Real World. Real Learning, abr, 2013.

O autor relata neste artigo sobre a história da fundação e desenvolvimento da empresa Materialise, a qual foi fundada em 1990 pelo CEO Wilfried Vancraen. Esta empresa foi pioneira na fabricação aditiva, termo este conhecido popularmente como impressão 3D. Em 1990 a tecnologia estava em fase inicial quando Vancraen adquiriu a primeira impressora 3D. No entanto, não possuía software sofisticado de modelagem de sólidos em 3D para projetos assistidos por computador (Computer Aided Design – CAD). Então, para que pudessem obter êxito fez-se necessário melhorar os modelos 3D de baixa qualidade a fim de que fossem processados pela impressora 3D. Em paralelo ao processamento, foi dado início ao estudo de imagiologia juntamente com a fabricação aditiva e CAD digitais, tornando assim o terceiro pilar das principais atividades desenvolvidas pela empresa.

O texto continua com um discurso do vice-presidente da Materialise, Johan Pauwels, o qual cita que a empresa demorou 20 anos para criar a maior impressora 3D do mercado, intitulada de Mammoth. Consequentemente, depois desse feito a empresa tornou-se líder do mercado em software de impressão 3D. A combinação desses dois fatos colocou a Materilaise em vários setores do mercado, diversificando suas aplicações, em especial na tecnologia médica, com a criação de implantes ortopédicos e crânio maxilo-faciais com uso da tecnologia 3D, resultando em um impacto positivo nas vidas humanas.

A impressão 3D embora considerada por muitos como fabricação aditiva, prototipagem rápida, dentre outros, consiste no processo de juntar várias camadas finas de materiais para produzir objetos reais a partir de modelos 3D, geralmente do tipo camada por camada. Por isto, a impressão 3D é enquadrada como subconjunto da fabricação aditiva e apesar dos esforços de padronização, a impressão 3D ganhou popularidade como um termo genérico da fabricação aditiva.

Outro ponto interessante do texto e destacado pelo autor é o marco da entrada da impressão 3D no cenário mundial. No ano de 2012, o uso massivo de propaganda direcionou os olhos da população mundial para esta tecnologia em ascensão, no entanto, como ocorre inúmeras vezes, a propaganda acabou desvirtuando da realidade. De fato, a tecnologia de impressão 3D era bastante promissora, mas não era tão desenvolvida da forma apresentada pelas propagandas.

Ainda em 2012, a impressão 3D trouxe um incrível valor para o mercado, permitindo, com seu processo de camada por camada, a criação de peças complexas, personalizadas e com extrema precisão, as quais não poderiam sequer serem construídas pelos meios de produção convencionais. Além disto, ajudou a reduzir os altos custos dos processos tradicionais de desenvolvimento de produtos e, também, reduziu de maneira significativa o peso de peças-chave, preservando a rigidez necessária. Com todas estas virtudes, o mercado da impressão 3D não passou do total de US$ 2 bilhões em 2012. Mesmo com tal quantia, o autor relata que a tecnologia de impressão 3D estava tornando-se realidade e que muitos obstáculos tecnológicos e comerciais impediriam a captura total do seu potencial valor.

O texto segue com o relato da origem da Materialise, a qual inicia-se com Vancraen trabalhando para o instituto de pesquisa Katholieke Universiteit Leuven (KUL), onde analisava investimentos em manufatura integrada por computador. Tal cargo o colocou frente a frente a uma das primeiras máquinas de impressão 3D da Europa, existente em um laboratório de pesquisa alemão no ano de 1989. Vancraen ficou imediatamente fascinado por esta nova tecnologia e pelo potencial que tal máquina tinha para revolucionar a indústria, no entanto ele não tinha recursos financeiros próprios para custear a construção da máquina, então optou por buscar apoio do diretor do instituto de pesquisa KUL. Porém, sem recursos financeiros próprios, o diretor encorajou Vancraen a tentar conseguir os valores diretamente com os investidores industriais da KUL e assim ele fez.

Vancrean iniciou os contatos e logo percebeu que os investidores estavam mais interessados nos "frutos" que a máquina poderia produzir do que na pesquisa sobre o assunto. Além disso, no centro de pesquisa KUL, ele só conseguiria desenvolver o conceito, sem transformar a pesquisa em protótipos. Diante disto, Vancraen mudou de rumo e colocou em ação as suas habilidades de negócios, buscando recursos no centro de pesquisa, família, empréstimos bancários e parceiros industriais, assim nasceu a primeira máquina de impressão 3D, a qual foi instalada em KUL, a partir disso nasce Materialise.

Nos primeiros anos de criação, a Materialise focou sua produção em nichos que gerariam um valor agregado mais visível e imediato. Nesse cenário, o único negócio viável foram os serviços de prototipagem para clientes industriais, o que possibilitou a Materialise assinar contrato com a Alcatel-Bell e a Agfa-Gevaert, garantindo uma carga base de atividade para a empresa. A partir de 1993, com perseverança, Vancraen expandiu as atividades da empresa para o setor médico e estreitou os laços de negócios juntamente com o centro de pesquisa KUL, a fim de desenvolver as melhorias necessárias do seu processo, centrando nas três áreas mais importantes: fabricação aditiva, CAD digital e imagiologia médica.

No ano 2000, a Materialise estava operando em vários mercados do mundo, vendendo inúmeros produtos para diferentes setores do mercado. Vancraen percebeu a falta de foco da empresa e tratou de reestruturá-la. Assim, foram criadas as unidades de negócios (UN). Cada UN era independente e possuía o seu público-alvo e foco de mercado. Cada uma começou a operar como startups independentes dentro da empresa matriz, que também atuava como líder para as funções de apoio comuns (RH, produção, finanças etc.).

Na década de 90, a unidade de negócio mais bem sucedida era a Materialise Dental. Este setor começou a investir na implantologia oral, que era, de longe, o mercado de maior valor, muito à frente dos mercados de ortodontia e próteses. As atividades cresceram rapidamente, como esperado, mas a Materialise logo se deparou com os mais poderosos e rentáveis líderes do mercado de implantologia oral. Nobel Biocare, líder de mercado, tratou de rapidamente de copiar o sistema da Materialise, o que provocou inúmeros processos da Materialise Dental contra a Nobel Biocare. As despesas com estes litígios quase causaram o fracasso da Materialise, no entanto

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