Resumo de Estradas
Por: Jaqueline Vasconcelos • 13/4/2015 • Resenha • 1.316 Palavras (6 Páginas) • 843 Visualizações
As rodovias federais são designadas por BR-XXX:
O primeiro número indica a Categoria da rodovia, podendo ser: 0-Radiais (tem uma extremidade em Brasília e outra em outro ponto importante), 1- Longitudinais (desenvolvidas na direção Norte-Sul), 2-Transversais (Leste-Oeste), 3-Diagonais (Noroeste-Sudeste, Nordeste-Sudoeste), 4-Ligação (que não se enquadra nas anteriores).
Os outros dois números indicam a posição da rodovia em relação aos limites geográficos: Radiais (varia na razão de 10 em 10, sendo 10 a 90), Longitudinais (01 a 99, tomando Brasília como referência 50, crescendo de Leste-Oeste), Transversais (01 a 99, tomando Brasília como referência 50, crescendo de Norte-Sul), Diagonais pares (02 a 98, tomando Brasília como referência 50, crescendo de Nordeste-Sudoeste), Diagonais ímpares (01 a 99, tomando Brasília como referência 50, crescendo de Noroeste-Sudeste), Ligação (01 a 99, abaixo de 50 para situadas ao Norte do paralelo, acima de 50 situadas ao Sul do paralelo).
Classificação Funcional das rodovias: A nomenclatura não fornece outras informações como importância, tipo de serviço, que se dá pela relação Mobilidade x Acesso, dentre elas: Arterial serve para proporcionar mobilidade em áreas com grande densidades, promover ligação entre estados e países (principal-viagens internacionais ou inter-regionais, primária-viagens inter-regionais e interestaduais, secundária-viagens intra-estaduais), Coletor tem um misto de funções e complementa a arterial, mas para fluxos menores e dando acesso a áreas específicas de estados (primária-viagens intermunicipais e secundária-Ligação com o primário ou arterial), Local serve para oferecer oportunidade de acesso em pequenas localidades intra-municipais.
São considerados alguns conceitos para classificação, como: extensão de viagem (viagens longas estão associadas a grande mobilidade e pouco acesso (arterial) e curtas o contrário (local)), rendimentos decrescentes (que indica que o maior fluxo se encontra em uma pequena parcela da extensão e uma grande parte da extensão atende a pouco fluxo).
Para fins de projetos geométricos existe a classificação técnica e ela é feita a partir da DNER que segue dois parâmetros (volume de tráfego e relevo), sendo estabelecidas velocidades diretrizes (maior velocidade para não correr riscos) para cada caso. Os relevos podem ser planos, ondulados e montanhosos. A elaboração desse projeto divide-se em três fases:
O projeto em planta onde se define o eixo da rodovia, o projeto em perfil onde se define a geometria do eixo, fazendo seu dimensionamento e na terceira fase definem-se os elementos de seção transversal, com a caracterização (elementos de seção transversal) dos componentes da rodovia. As seções transversais existentes são: De corte (situação abaixo da superfície do terreno natural), de aterro (acima do terreno) e mista.
Elementos básicos de uma rodovia: eixo da rodovia (linha que representa a rodovia), faixa de rolamento ou de trânsito (espaço dimensionado para passagem de um veículo), pista de rolamento (conjunto das pistas), acostamento (espaço adjacente à faixa destinado a para emergencial), sarjeta (dispositivo de drenagem superficial), abaulamento (inclinação das faixas que serve para melhor escoamento), plataforma (porção compreendidas entre os bordos dos acostamentos e as sarjetas), saia do aterro (superfície lateral), valeta de proteção de corte (dispositivo de drenagem superficial), talude (é a tangente do ângulo que caracteriza a inclinação da saia do aterro ou da rampa de corte), off-sets (dispositivos que servem para representar a posição de marcas físicas correspondentes as cristas e pés de aterros, caso elas sejam arrancadas).
Características técnicas: distância de visibilidade de parada (distância desde a percepção de um obstáculo até a parada), distância de visibilidade de ultrapassagem (distância livre entre um veículo que deseja ultrapassar e o outro em sentido contrário), raio de curva horizontal (utilizado no projeto), superelevação (inclinação que serve para contrabalançar o efeito da força centrífuga), rampa (aclive ou declive), parâmetro K (K=L/Ai, comprimento e variação de rampas, utilizado no raio de curva), largura de faixa de trânsito, largura de acostamento, gabarito vertical (altura livre acima da superfície de pista de rolamento), afastamento lateral de bordo (distância entre o bordo da faixa de acostamento e um obstáculo), largura do canteiro central.
Como critérios de avaliação via tabela foi denominado: Arterial principal (classes 0 e 1), primária (1), secundária (1 e 2), coletor primário (2 e 3), coletor secundário e local (3 e 4).
O estudo de traçado se dá pela delimitação da área, reconhecimento que é a etapa de estudo onde se analisa o melhor traçado da rodovia onde pode fazer linhas imaginárias e diretrizes de um traçado (sobre voo da região, fotos, mapas) avaliando também o lado sócio econômico e exploração que é o levantamento detalhado da diretriz onde obtêm a planta planialtimétrica, utilizando de teodolitos, mapas, trenas, implantando uma poligonal básica, sendo medido pelo menos o primeiro azimute e fazendo o estaqueamento, conseguindo as cotas e podendo marcar graficamente as seções transversais. O azimute é o azimute anterior mais (deflexão a direita) ou menos (deflexão a esquerda) a deflexão. As coordenadas absolutas são calculadas por: [pic 1]
São feitas algumas recomendações de traçados pelo DNER, como: devem ser traçadas circunferências de arcos amplos concordados com pequenas tangentes, auxiliando em grandes visibilidades. As tangentes não devem ser maiores que 3km e os ângulos de deflexão entre 10º e 35º, deve-se evitar o uso de curvas muito grandes, curvas consecutivas não devem ter raios muitos diferentes. No traçado em perfil devem-se evitar grandes quebras e pequenos comprimentos com rampas diferentes, evitar rampas com sinais contrários para evitar problemas na drenagem superficial. Tudo isso deve ser levado a sério, pois senão resultará em rodovias não satisfatórias.
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