Resumo de projeto de poços
Por: Fernando Falcao • 23/7/2015 • Trabalho acadêmico • 1.250 Palavras (5 Páginas) • 1.071 Visualizações
Resumo Savio
O revestimento condutor é o primeiro revestimento descido no poço, sua função é conter os sedimentos de superfície que são pouco consolidadas. Desta forma ele vai revestir por cerca de uns 20 a 50 metros e seu diâmetro varia entra 30’’ e 13 3/8’’ e em aguas profundas de 36’’ e 30’’. Em terra, o revestimento condutor é geralmente cravado no solo e no mar é assentado por jateamento.
O revestimento de superfície é o seguinte ao revestimento conduto, possui comprimento variando entre 100 e 700 metros, tem a função de conter as formações inconsolidadas, suportar peso do BOP e das demais colunas de revestimento, proteger os aquíferos e servir como sustentação para os demais revestimentos descidos no poço. Este revestimento é cimentado até a superfície e seus diâmetros variam entre 20’’ e 9 5/8’’.
Revestimento intermediário é descido sempre que é necessário proteger alguma zona intermediaria, seja por condição de pressão, presença de fluidos agressivos, necessidade de modificação do fluido de perfuração, entre outras condições. Este revestimento é descido entre o revestimento de superfície e o de produção e pode até não existir se não houver necessidade. Suas funções principais são proteger zonas de perda de circulação, isolar zonas de alta ou baixa pressão, isolar formações portadoras de hidrocarboneto. Seus diâmetros comuns estão entre 9 5/8’’ e 5 ½’’.
Revestimento de produção é um revestimento que faz a ligação superfície até as formações portadoras de hidrocarboneto, deve abrigar a coluna de produção de produção, e garantir que o poço transporte de modo seguro e econômico o hidrocarboneto. Sua profundidade de assentamento varia de acordo com a profundidade da zona produtora e seus diâmetros típicos estão entre 9 5/8’’ e 5 ½’’.
O Liner é uma coluna que fica ancorada um pouco acima da extremidade inferior do último revestimento, e que visa cobrir a parte inferior do poço, isto é, apenas o poço aberto. Pode ser utilizado em substituição ao revestimento intermediário, sendo chamado de liner de perfuração, ou substituindo o revestimento de produção, chamado liner de produção. Os diâmetros mais comuns são: 16’’, 13 3/8’’, 9 5/8’’, 7’’ e 5 ½’’.
Revestimentos expansíveis é um tipo de revestimento que pode ser expandido até o seu termino e pode ser usado como liner, as vantagens desse tipo de revestimento é que permite que uma fase seja estendida, não comprometendo a profundidade final do poço, ou ainda, atingindo a profundidade final com um revestimento de diâmetro maior do que o previsto. Pode ser usado como revestimento intermediário desde que suas propriedades físicas resistam. Outra utilização seria como uma espécie de correção em revestimentos que estejam danificados. Os diâmetros mais comuns de pré-expansão x pós-expansão são: 13 3/8’’ x 16’’, 11 3/4’’ x 14’’, 9 5/8’’ x 11 ¾ ‘’, 8 5/8’’ x 10 ¾ ‘’, 7 5/8’’ x 9 5/8’’, 6’’ x 7 ½ ‘’.
A cabeça de poço terrestre fica apoiada no solo mais especificamente sobre o resvestimento de superfície, recebendo diretamente o equipamento de segurança do poço (BOP), sendo que todo o conjunto fica embaixo da sonda.
Cabeça de poço submarina, como os revestimentos submarinos se estendem até a superfície, as sondas auto elevatórias (jack-up) e as plataformas fixas apresentam um sistema de cabeça de poço composto pela cabeça de poço submarina posicionada no mudline (fundo do mar) e por um cabeçal de superfície localizado na própria sonda de perfuração (BOP). A cabeça de poço permite ancorar os revestimentos após sua cimentação, abandonar o poço e retornar a ele ( tie-back) quando necessário. Numa plataforma flutuante do tipo submersível ou navio-sonda, todo o sistema de cabeça de poço fica localizado no fundo do mar com o BOP posicionado logo acima. A cabeça do poço submarina é composta basicamente pelos seguintes itens: alojador de baixa pressão, alojador de alta pressão, suspensores de revestimento (hanger) e elementos de vedação. As plataformas do tipo TLP e SPAR possui uma cabeça de poço submarina posicionada no fundo do mar, um duto de aço (denominada riser) que se estende do fundo do mar até a superfície e um sistema localizado na superfície para acomodar o BOP ou futuramente a arvore de natal seca.
O assentamento de sapatas deve seguir alguns critérios baseados nos gradientes de pressão de poros, colapso e fratura, que consideram ou não a possibilidade de ocorrência de um kick. Também existe outros aspectos que influenciam na determinação de profundidade das sapatas como: objetivo do poço, trechos de buildups, zonas de perda de circulação, longas extensões de poço aberto de poço aberto, diferencial de pressão poço-formação e margem de riser. O critério de assentamento pode ser aplicado diretamente aos limites da janela operacional ou pode considerar margens de segurança sobre estes limites. Adotando uma margem- se margem de segurança em relação ao limite inferior da janela operacional, o assentamento é feito a partir da profundidade final do poço traçando-se uma seta vertical para cima até esta cruzar o limite superior da janela operacional. Nessa profundidade deve ser assentado uma sapata de revestimento. Não existe regras ou critérios para o estabelecimento das margens de segurança sobre os limites das janelas operacionais. Um ponto importante de ser ressaltado é a relação entre o número de margens de segurança e o número de fases que serão utilizadas, pos irá afetar o custo total do poço. Os aspectos importantes desse método é que: não leva em consideração a possibilidade de ocorrência de um kick, independente da geometria do poço e pode utilizar mais de uma margem de segurança ( uma para o limite inferior e uma para o limite superior). O critério de assentamento baseado na tolerância ao kick pode ser aplicado indo da superfície em direção ao fundo do poço ou do fundo para a superfície. O assentamento de cima para baixo segue os seguintes passos:
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