Resíduos Sólidos no Brasil

1. INTRODUÇÃO

Segundo Pereira e Tocchetto (2011), é alarmante a situação da disposição dos resíduos sólidos no Brasil, entre os quais se destaca os resíduos da construção civil. Aproximadamente, 75% das cidades brasileiras descartam seus resíduos sólidos em lixões e aterros, o que prejudica o meio ambiente e a saúde da população.

Sustentabilidade tem de ser considerado um tema de importância no setor da construção, visto que suas atividades resultam no meio ambiente, seja pelo uso de terras, extração de matérias primas, produção de materiais, construção, ou também pela geração e disposição de resíduos da construção em toda a sua cadeia produtiva (Sposto, 2006).

De acordo com Geus (2009), nos setores industriais, o da construção civil é um dos maiores geradores de emprego, é responsável por obras de infraestrutura, pela viabilização de outras indústrias, centros comerciais e habitações. Porem é altamente destrutivo ao meio ambiente, principalmente no que se refere à geração de resíduos.

A construção civil é responsável pelo uso de mais de um terço dos recursos do planeta e gera, aproximadamente, 40% dos resíduos sólidos mundiais (PNUMA, 2011).

As empresas de construção civil tendo um aumento da concorrência necessita ser competitivas neste ramo, precisam rever os seus custos com maior atenção. Sem repassar o custo de perdas para o consumidor final, as empresas ao minimizar esse desperdício pode significar um aumento no lucro (MOREIRA, 2007).

A reutilização de resíduos pela indústria da construção tem se tornado uma prática de sustentabilidade seja para minimizando o impacto ambiental gerado pelo setor, ou diminuindo os custos.

As empresas devem considerar que os custos de uma obra de construção civil podem ser minimizados, e sua margem de lucro, melhorada.

Já nos países mais desenvolvidos da Europa os resíduos têm altos índices de reaproveitamento. Porem na União Europeia existe problemas semelhantes aos encontrados em regiões do Brasil (Mália et al., 2011).

A visão capitalista dirige as ações tomadas na gestão destes resíduos nas grandes cidades dos Estados Unidos (NYCG, 2013), diferentemente da União Europeia que busca a redução das quantidades geradas de resíduos de construção e demolição, tem como base o ciclo de vida dos produtos (JRC-IES, 2011).

Em busca de melhor aproveitamento e possível redução dos custos operacionais, alguns procedimentos poderiam ser observados, tais como: a redução do tempo gasto na execução da obra, a redução do desperdício de materiais e serviços, a melhoria ambiental, e a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores no ambiente de trabalho, com a consequente diminuição dos índices de acidente.

Esses fatos como observados, poderiam ter efeito direto em toda a cadeia produtiva.

Segundo BARBOSA (2009), para tratar sobre perdas na construção civil é necessário ter consciência que o resultado do produto final está essencialmente ligado à qualidade da mão-de-obra.

Além disso, as perdas de materiais podem ter origem em diferentes etapas da construção, podem ser originadas na fase de planejamento, execução e utilização, estas perdas podem ser classificadas como evitáveis e inevitáveis. As perdas inevitáveis são aquelas em que o investimento necessário para sua redução é maior do que o prejuízo gerado por elas, enquanto as evitáveis apresentam custos preventivos menores do que os resultantes de sua ocorrência.

2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como finalidade demonstrar a gestão inteligente de resíduos sólidos gerados pelo setor de construção civil, demostrar a implantação e gerenciamento dos sistemas de resíduos sólidos.

2.1. Objetivo geral

Demonstrar os desperdícios na construção civil e meios de redução de desperdício dos resíduos na construção civil nos canteiros de obras.

2.2. Objetivo especifico

Pesquisar a importância do gerenciamento do desperdício na construção civil, baseado nas informações de geração dos resíduos no Brasil e exterior, os resultados nos valores em todo o seu processo construtivo. Além de estabelecer parâmetros para elaboração de projetos de gerenciamento de resíduos mais eficientes, de acordo com as exigências da legislação existente.

 Mapear os principais focos de desperdícios até a fase final das obras.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo se desenvolveu através de levantamentos bibliográficos em bases de dados eletrônicos conceituados SCIELO, PUBMED, LILACS e outros materiais bibliográficos da biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.

A busca de informações utilizou as palavras-chave relacionadas ao tema proposto, sendo realizada entre fevereiro e abril de 2015, com análises e interpretações constantes de informações obtidas. 

O diagnostico de resíduos de construção civil foi elaborado por meio de pesquisa de dados disponíveis em diversas fontes em meio digital, impresso e na rede mundial de computadores.

Análise da bibliografia disponível e levantamento de dados referentes a métodos de redução do desperdício.

A pesquisa é classificada como um estudo exploratório, por tratar de impactos decorrentes da geração de entulhos em função da falta de planejamento, e descritivos, por compilar informações encontradas em diversas situações.

 Assim foram obtidos dados suficientes para o entendimento da situação referente à geração de resíduos na construção civil, e como funciona a gestão destes. Também foi possível observar os diferentes tipos de perdas através de suas causas.

4. DISCUSSÃO

A discussão deste trabalho está pautada no aspecto de que a indústria da construção civil gera grande quantidade de resíduos, e se dispostos em locais inadequados, contribuem para a degradação da qualidade ambiental.

Os resíduos da construção civil representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas. Portanto, há de fato a necessidade de disciplinar o gerenciamento dos resíduos da construção civil, por meio da adoção de soluções tecnicamente corretas e de ferramentas institucionais que privilegiem a ação corretiva.