Startups Brasileiras

Mercado de startups cresce no Brasil e movimenta quase R$ 2 bi

Investimento inicial é baixo em empresas com esse perfil.

Conheça dois exemplos de startups brasileiras criadas recentemente.

Cada vez é mais comum empreendedores investirem em startups para começar um negócio. São empresas da área de tecnologia, inovadoras e sem medo de arriscar. Em geral, são comandadas por jovens empreendedores com pouco dinheiro e muitos sonhos. No Brasil, existem mais de 10 mil empresas com esse perfil. Só em 2012, elas movimentaram quase R$ 2 bilhões.

“Geralmente a gente denomina startup como uma empresa inovadora que está buscando um modelo de negócios escalável e repetível. Diferentemente de uma padaria que vai ter que ter novos investimentos para atender novos clientes, uma startup pode, de uma forma bem pequena, começar a atender grandes clientes mantendo quase o mesmo custo”, diz Guilherme Junqueira, da Associação Brasileira de Startups.

As startups brasileiras mais reconhecidas não têm mais que cinco anos de vida. Os prêmios obtidos em curta trajetória resultam, principalmente, de características como escolha criteriosa da equipe e flexibilidade para adaptar-se às mudanças de mercado. Boa parte dos empreendedores que obtiveram sucesso insiste em bater nessas duas teclas, inclusive. Conheça algumas das mais premiadas, segundo a Associação Brasileira de Startups:

1 - Profissionais ninjas

Na plataforma de contratação de serviços GetNinjas é possível achar um pouco de tudo: desde quem possa consertar um aparelho de som, um computador ou uma geladeira, passando por professores de idiomas ou dança até chegar a profissionais de reforma, limpeza ou ainda prestadores de serviços para festas. A lista é longa. Eduardo L'Hotellier fundou a empresa em outubro de 2011. Com dois anos de vida, a plataforma tem estrutura capaz de distribuir uma solicitação de orçamento para cinco profissionais em menos de uma hora. A ideia é que o cliente tenha ao menos três orçamentos em mãos cerca de 24 horas depois de feito o pedido. A rapidez (o serviço precisa ser ágil como os ninjas japoneses) garantiu à empresa formar uma lista de 40 mil prestadores de serviços em 4 mil cidades brasileiras, além de média de mil solicitações de orçamento por dia. No primeiro ano, a GetNinjas movimentou 2 milhões de reais.

2 - Passatempo que virou negócio

Algumas ‘sacadas’ acontecem quando menos se espera. Em um dia de 2004, Gustavo Caetano estava esperando por um voo quando pensou em baixar um game pelo celular para passar o tempo. Não conseguiu. Então, na mesma hora, se lembrou de uma das lições da faculdade: “quando se quer algo que não existe, é porque há demanda e mercado”. Foi esse pensamento que o motivou a ir atrás da ideia. Naquele mesmo ano nasceu a Samba Mobile, como revendedora dos games da Brainstorm, de Londres. A empresa “empacotava” os jogos para celular de acordo com as especificações de cada operadora e portal de conteúdo e atendia outros países além do Brasil, como Chile e Argentina. Mas de lá para cá, concorrentes gigantes desembarcaram por aqui e a empresa precisou mudar o foco. Hoje batizada como Samba Tech, desenvolve tecnologias aplicadas em modelos de negócios B2B.

3 - Tecnologia de grandes para pequenos

Depois de ser escolhida entre mais de cem empresas pela aceleradora americana 500 Startups, no segundo semestre de 2011, a Conta Azul deslanchou. A temporada de quatro meses no Vale do Silício, nos Estados Unidos, trouxe aos fundadores o primeiro investimento e a bagagem que os ajuda a conquistar pelo menos mil clientes por mês. Um dos aprendizados mais importantes foi como montar a estratégia de distribuição online do software que a empresa desenvolveu. A startup comercializa a ferramenta de gestão para micro e pequenas empresas. Por meio de um sistema simplificado, o dono do negócio pode controlar todas as operações de seu negócio, entre elas, volume de compras, vendas, estoques, fluxo de caixa e emissão de notas fiscais. Vinícius Roveda, fundador da startup, enxergou oportunidade num segmento que sofre com altas taxas de mortalidade justamente por falta de gestão e planejamento. Segundo ele, o software pode ser baixado pela internet. Dessa forma, é possível economizar na compra de hardwares e contratação de serviços técnicos. “É uma nova geração de softwares, se faz tudo pela internet. Normalmente esse tipo de tecnologia é acessível às empresas de grande porte”. A própria Conta Azul faz o back up de dados e tem uma equipe responsável pela segurança das informações.

A Campus Party Brasil é o principal acontecimento tecnológico realizado anualmente no Brasil. Nele são tratados os mais diversos temas relacionados à Internet, reunindo um grande número de comunidades e usuários