UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ORÇAMENTO POR COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO E O ORÇAMENTO POR ESTIMATIVA UTILIZANDO O ÍNDICE DA SINDUSCON CUB/M²
Por: dinizenghs205120 • 4/12/2017 • Trabalho acadêmico • 2.137 Palavras (9 Páginas) • 513 Visualizações
UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ORÇAMENTO POR COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO E O ORÇAMENTO POR ESTIMATIVA UTILIZANDO O ÍNDICE DA SINDUSCON CUB/M².
A COMPARATIVE STUDY BETWEEN THE BUDGET BY UNIT COMPOSITION AND THE ESTIMATED BUDGET USING THE SINDUSCON CUB / M² INDEX.
FERNANDES, Paula Monteiro de1
CASTRO, Melissa2
GODINHO, Cristiane3
PEREZ, Silvana Trigueiro Cunha4
RESUMO
Esse trabalho apresenta um estudo de caso que objetiva a comparação entre dois métodos orçamentários, o orçamento por composição de custo e o orçamento por estimativa, utilizando o índice do CUB/m² divulgado pela Sinduscon/Mg. A obra selecionada para o estudo foi uma empreendimento da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que trata da implantação de cinco unidades habitacionais multifamiliares para população de baixa renda. Os resultados obtidos no orçamento detalhado foram comparados com os resultados obtidos através da utilização do índice CUB/m². O estudo mostrou que a aplicaçãodo CUB/m² apenas multiplicado pela quantidade total de m² da edificação não é satisfatório, obtendo-se uma margem de erro de aproximadamente 25%. Porém quando também se leva em consideração os custos com fundação e obras complementares a margem de erro cai para menos de 4%.
Palavras-chave: Orçamento Detalhado; Orçamento por Estimativa; CUB/m².
ABSTRACT
This paper presents a case study that aims to compare the two budget methods, the budget by cost composition and the estimate budget, using the CUB / m² index published by Sinduscon / Mg. The work selected for the study was an enterprise of the City Hall of Belo Horizonte that deals with the implantation of five buildings of low standard. The results obtained in the detailed budget were compared with the results obtained using the CUB / m² index. The study showed that when applying the CUB / m² only multiplied by the total amount of m2 of the building it is ineffective, with a margin of error of 25%. However, when taking into account the costs with foundation and complementary works the margin of error falls to less than 4%.
Keywords: Detailed budget; Budget by Estimate; CUB / m².
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1Graduanda do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Kennedy, paula.monteirowmf@gmail.com;
2Graduanda do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Kennedy,cristiane.godinho@outlook.com.br;
3Graduanda do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Kennedy,melissadecastrosilva@hotmail.com;
4Professora orientadora: Engenheira Civil, FUMEC (1981), trigueirosilvana@gmail.com
Belo Horizonte – MG, Junho de 2017.
INTRODUÇÃO
O setor da construção civil sofre uma grande crise, segundo dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 2015, o setor registrou queda de 7,6% em seu PIB, a maior desde 2003. Diante dessa realidade a competitividade é cada vez maior e é cada vez mais desafiador para os construtores se manterem de pé e gerirem empreendimentos lucrativos.
O orçamento é uma ferramenta indispensável ao construtor em uma concorrência, pois a partir do conhecimento real do custo pode-se praticar negociações mais ousadas. Um orçamento também pode assegura que o capital disponível da empresa seja compatível com o investimento do empreendimento a ser executado. Conhecer o custo direto e indireto real de uma obra é de fundamental importância. Segundo Avila e Librelotto (2003) existem basicamente dois procedimentos básicos para se orçar: por avaliação, estimativa ou por composição de custo unitário (orçamentos detalhados), eles se diferem pelo grau de precisão.
O orçamento por estimativa de custo é utilizado quando se quer uma resposta rápida, em fases iniciais de um empreendimento, a fim de verificar a viabilidade da obra. Utiliza-se a tabela CUB (custo unitário básico), por exemplo, que é um valor estimado por m² de construção. Cada estado possui a sua tabela CUB/m², que é disponibilizada pelo site do Sindicato da Construção - Sinduscon. Para essa estimativa é necessário basicamente o levantamento das áreas de construção, o tipo de construção e o padrão de acabamento. Segundo Avila e Librelotto (2003) A margem de erro que se deve considerar para esse método é de 30 a 20%. Outros exemplos de estimativa de custos de serviços são os indicadores da Fundação Getúlio Vargas e os custos médios publicados pela editora Pini, na revista Construção e Mercado. (GONZALÉZ 2008).
A composição de custo unitário se aplica aos orçamentos detalhados que são mais seguros. É necessário o levantamento dos quantitativos reais de projeto levando em consideração cada particularidade da obra. Após o levantamento é possível se compor o custo unitário de todos os serviços se aproximando ao máximo do custo real da obra. Para esse processo é necessário Projetos Executivos, e especificações bem detalhadas de todas as intervenções da obra. Segundo Avila e Librelotto (2003) esse método possui margem de erro de 10 a 15%. Para complementar o orçamento detalhado é preciso incluir os custos indiretos que são despesas administrativas como aluguel, água, luz, telefone, profissionais que não estão ligados diretamente com a execução da obra, etc. Além de incluir percentuais relativos ao lucro. Essa complementação pode ser feita utilizando-se o BDI – Beneficio e despesas indiretas, que é um percentual aplicado ao custo direto ou pode ser feita a partir do levantamento real do custo indireto, somando- se ao custo direto e ao lucro desejado.
No decorrer desse trabalho serão abordados e explicados os métodos orçamentários utilizados, destacando-se as vantagens e desvantagens de cada um. Um estudo de caso será apresentado a fim decomparar o orçamento por estimativa com um orçamento detalhado.
MATERIAL E MÉTODOS
Para a análise dos tipos de orçamento selecionamos o Projeto de um Empreendimento de Edificação que será executado no bairro São João Batista no Município de Belo Horizonte. O Projeto trata da implantação de cinco Unidades Habitacionais Multifamiliares para população de baixa renda.
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