Usina Monte Belo
Por: Natália Oliveira • 12/11/2016 • Artigo • 5.312 Palavras (22 Páginas) • 367 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
Disciplina de EMOi 01 - T5
Professor Milton José Zamboni
Alunos:
33635 Gustavo Pereira Eliopoulos
34217 Ramon De Angeli Scaramussa
34252 Guilherme Luccas de Faria
34951 Brendon Richards
34641 Gabriel Procópio Bicalho
35197 Julio Ricardo S. C. Martins
34509 Arthur Costa Silveira
33828 Natália Gabriela de Oliveira Rosa Gomes
Itabira
18/05/2015
BELO MONTE - O PREÇO DO DESENVOLVIMENTO
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CONSTRUIR UM MONUMENTO AO PROGRESSO EM MEIO A TERRAS INDÍGENAS E RIBEIRINHOS DO RIO XINGU
RESUMO
A usina hidrelétrica de Belo Monte, que tem sua obra situada no médio Xingu (Pará), vem a ser a promessa de terceira maior usina hidrelétrica do planeta, mas passa por inúmeros entraves desde o ambiental, econômico até o social. Ao inicio dos estudos o projeto da usina contemplava de cinco a sete barragens na bacia do Xingu, porém o projeto foi modificado, passando a ter apenas uma, a Belo Monte. Ao entrar em estudo para a construção, algumas empresas tomaram a frente das análises e dos trabalhos de viabilidade, onde também se iniciaram os conflitos sociais e ambientais. Nesse local há populações indígenas e ribeirinhas que perderiam a mobilidade da região, se a barragem impedisse o fluxo de pequenas embarcações, gerando isolamento e dificuldade de se acessar regiões remotas ao longo do rio.
Esse impasse seria transposto pelas contrapartidas exigidas na obra, mas o Estado não tem tamanha influência para intervir livremente nos limites das comunidades indígenas através de decretos sem antes consultar, discutir e entrar num acordo com a etnia local com base na constituição. O que obrigaria o governo a rever estudos, aprimorar projetos, reduzir impactos diretos e indiretos na vida das comunidades locais e aperfeiçoar a relação custo-beneficio.Os impactos ambientais serão vistos de varias formas na região, como por exemplo, com a abertura de novos acessos em meio à mata, o aumento do fluxo de máquinas que aumenta o nível de ruídos e piora a qualidade do ar, mudança na paisagem devido a escavações, perda de ambientes naturais como a fauna aquática e semiaquática, desmatamento entre outros. Mesmo com os planos de conservação dos ecossistemas que visam reduzir tais impactos e recuperar e conservar áreas de preservação permanentes, essas transformações no ambiente serão significativas à região, o que coloca em discursão a necessidade da obra.
Contudo, os defensores da usina afirmam que a obra trará muito mais benefícios que malefícios, afinal trará energia para a população da região, que não possui um sistema de transmissão tão eficiente, além de beneficiar outras regiões, como o nordeste e o sudeste, e ajudar no desenvolvimento econômico da região.
A linha de transmissão é outra questão impeditiva e contra a ética trabalhista, pois a empresa responsável mostrar desejo de trazer quase que toda a mão de obra de seu país de origem, a China, mesmo tendo conhecimento que o modelo de financiamento do BNDES impõe o emprego ou a qualificação da mão de obra nacional na construção da Usina. Outro grande entrave envolvendo a contratada chinesa é a imposição de importação de grande parte do material usado para construção da linha de transmissão, já que a tecnologia é 100% chinesa.Contudo, apesar de todos esses problemas sociais, ambientais, e políticos, a usina é altamente necessária para a progressão do avanço econômico do país, cerca de 11.000 MW de energia limpa serão produzidos em sua capacidade máxima, e se comparada a outros tipos de energia é bastante econômica, pois para se equiparar com a sua capacidade de geração seria necessário criar diversos outros meios de produção. Mesmo que durante certo período a usina só produzirá 41% de sua capacidade, devido ao regime fluvial, a geração continua sendo eficiente se comparado a outras usinas e estará contribuindo em proporções satisfatórias para a segurança energética do país, o que por consequência, dará uma maior capacidade de produção às indústrias, que poderão gerar novos empregos e assim fazer girar a economia brasileira.
Palavras chave: Hidroelétrica, Problemas ambientais e políticos, Impactos ambientais, Desmatamento, Comunidades indígenas, Xingu.
BELO MONTE – THE PRICE OF THE DEVELOPMENT
BELO MONTE - ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF BUILDING A MONUMENT TO PROGRESS AMID INDIGENOUS LANDS AND BORDERING OF XINGU RIVER
ABSTRACT
The hydroelectric power station from Belo Monte, which is located on the middle Xingu (Pará), is the third biggest hydroelectric station on the world but, goes through some issues, such as environmental, economic or even social. In the beginning of the studies the blueprint had five to seven dams at the Xingu bay, though the blueprint was changed, to only one, the Belo Monte. As the study of construction began, some companies were at the vanguard of the analysis and the viability of the project where some conflicts (social and environmental) appeared. At that location, there are some indigenous communities that would lose mobility if the dam blocked the flow of small vessels, making them isolated and harder to access farther places on the river.
This problem would be solved if the requirements made by the project were tended by the State but, the State can’t interfere freely on the bounds of the indigenous communities through decrees without first consulting, discussing and coming to an agreement with the local peoples in respect to the constitution. That would force the government to review the studies, improve the projects, reduce the direct and indirect outcomes on the lives of the community members and improve the cost-benefit. The environmental impacts will be seen from many angles on the region, for example, constructing new routes, the flow of machines that heighten the noise and worsen the air quality, changes on the view due to drilling, loss of natural environment such as the aquatic and semiaquatic fauna, deforestation among others. Even with the conservation plans of the ecosystems that try to reduce impacts and rescue and maintain preservation areas, these are significant transformations on the region, which put the project construction under discussion. Yet, the power plant defenders claim the station will bring out more good than bad, after all it will bring electric energy to the region, that doesn’t have an efficient transmission system, in addition, it will benefit other regions, such as the northeast and the southeast, and help on the region’s economic development.
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