ÉTICA SOCIAL E PROFISSIONAL
Seminário: ÉTICA SOCIAL E PROFISSIONAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Echaves • 15/4/2014 • Seminário • 4.886 Palavras (20 Páginas) • 359 Visualizações
INSTITUTO SUPERIOR MANUEL TEIXEIRA GOMES
ENGENHARIA INFORMÁTICA
ÉTICA SOCIOPROFISSIONAL
Ano letivo 2013/2014 – 2ºSemestre
Semanas 2ª/3ª e 4ª – 10/17 e 24 de março de 2014.
Sumário, pormenorizado:
8. Contextualização histórica da unidade curricular.
Nos módulos trabalham-se as competências transversais (soft skills – competências invisíveis), nomeadamente:
- Novas literacias;
- Modelo de mediação relevando a informática e as tecnologias da informação e da comunicação no processo educativo;
- Projeto de comunicabilidade onde se incluem algumas valências do método PERT como instrumento de planeamento e controlo de tarefas adaptado ao modelo de mediação;
- Capacidade de recolher, selecionar e interpretar informação.
[Comunicar em Informática – soft skill vital ao sucesso];
- Motivação e liderança interligadas na ética socioprofissional;
- Mundo económico da globalização utilizando o processamento
automático de dados em tempo real na caminhada para economia
comportamental [(recomendações de alguns prémios Nobel da Economia,
por exemplo, Amartya Sen, (liberdade, democracia e eficiência)].
Resumo das aulas (tópicos a desenvolver).
Considerações sobre esta colaboração académica.
Acordar com os estudantes a metodologia e o processo de avaliação (teste escrito de avaliação B).
O nosso trabalho sobre aspetos de comunicação, recolha, seleção e interpretação de dados, e ainda organização e qualidade na apresentação dos assuntos estudados, que se têm vindo a fazer nos anos anteriores, foi normativamente confirmado pelo Decreto-Lei nº115/2013 de 07 de agosto.
O DL insiste no quadro conceptual que valoriza conhecimentos e competências, sem esquecer capacidades e atitudes inscritas no Processo de Bolonha. Embora haja toda a conveniência dos estudantes fazerem a leitura (estudo) da totalidade do conteúdo do DL, considera-se a transcrição de três alíneas das seis do art5º que exigem conhecimentos e competências para a obtenção do grau de licenciatura, relacionados com o programa de colaboração na unidade curricular Ética Socioprofissional do curso de licenciatura Engenharia Informática:
- "d) Capacidade de recolher, selecionar e interpretar a informação relevante, particularmente na sua área de formação, que os habilite a fundamentarem as soluções que preconizam e os juízos que emitem, incluindo na análise dos aspetos sociais, científicos e éticos relevantes;
- e) Competências que lhes permitam comunicar informação, ideias, problemas e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não especialistas;
- f) Competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida com elevado grau de autonomia."
Contextualização histórica da unidade curricular.
A Ética da Informática constitui-se um ramo da Ética (unidade curricular filosófica) tendo em vista a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na vivência atual do ser humano. A globalização económica, política e cultural, dinamiza a Ética Informática considerando os impactos sociais da utilização generalizada das TIC por parte da população mundial.
O início da Ética Informática atribui-se ao matemático americano, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Norbert Wiener, com a publicação da sua obra Cybernetics em 1948, havendo aperfeiçoamento dos conceitos na obra seguinte, 1950, The Human Use of Human Beings, onde analisa questões relacionadas com a finalidade da vida humana, princípios de justiça e com os métodos para aplicar os fundamentos principais da Ética Informática.
Nos anos 60 do século XX, o matemático americano Donn Parker, desenvolvendo importante atividade na Association for Computing Machinery (ACM), sendo seu secretário de 1966 a 1970, analisou comportamentos onde se notava falta de cumprimento ético demonstrando a generalização de mau começo no ambiente da computação na altura em grande desenvolvimento.
Em 1968 a ACM, na sua revista Communications, publicou “Rules of Ethics in Information Processing”, dando-se início ao primeiro código de conduta da ACM que foi adotado como normativo geral em 1973. Entretanto o professor americano Walter Maner, doutorado em ciências da computação e diretor de projetos de inteligência artificial em universidades americanas e francesas, vice-presidente da ACM, (anos 70 do século XX) relevou o conceito computer ethics, que se pode traduzir por Ética Informática, e desenvolveu cursos relacionados com o tema.
A seguir, anos 80, alargou-se a discussão, que continua nos nossos, dias sobre as consequências éticas das TIC nos EUA e na Europa, nomeadamente no respeitante à privacidade das bases de dados e à propriedade intelectual do mundo do software.
Novas literacias.
A literacia mediática faz da comunicação instrumento privilegiado à aprendizagem, indispensável para adquirir conhecimentos e competências necessárias à obtenção de consensos e participação nas questões decisórias. O domínio daquela literacia permite enfrentar enviesamentos conseguidos por disponibilidade de informação e por enquadramento.
Esta nova literacia é mais contextual e social e desenvolve-se em ambientes caraterizados por documentos escritos, (livros, revistas e jornais), materiais visuais (posters, flyers, avisos e anúncios) e medidas eletrónicas (rádios, televisões, computadores, telemóveis e toda a panóplia técnica deste âmbito). Estes ambientes permitem expressar ideias, facilitando o processo de relacionamento entre estudantes e professores (quem aprende e quem ensina). “De forma lata, a literacia é entendida como atividade cultural estruturante da nossa realidade e como conjunto restrito e modelar de competências expressivas.
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