COMO A TI PODE TRANSFORMAR OS CUIDADOS DE SAÚDE

Nikhil R. Sahni, Robert S. Huckman, Anuraag Chigurupati e David M. Cutler. Como a TI Pode Transformar os Cuidados da Saúde. Harvard Business Review Brasil. UOL, 7 de agosto de 2018

Resenhado por Eike Espeschit

O uso da TI tem crescido de maneira exponencial em todos os seguimentos nos últimos anos, e é claro que a área de cuidados de saúde não poderia ficar para trás. No entanto,  a utilização desses sistemas não têm tido o impacto esperado pelos profissionais do ramo, como é visto no artigo.

As empresas de cuidados de saúde dos Estados Unidos perceberam, em meados da década de 90, que o desperdício de dinheiro era uma verdadeira preocupação para as instituições. Foi então que empresas, como a Intermountain Healthcare, voltaram suas atenções para a TI, e viram nela a oportunidade de mudar o quadro da economia interna de suas instituições implantando um sistema de registo de saúde (RSE) e um sistema que avaliava os custos das atividades. Mas por que as empresas, além da Intermountain Healthcare, não obtiveram o resultado esperado?

Segundo as pesquisas apresentadas no artigo, as instituições têm obtido mais prejuízos que lucros com o incentivo ao TI. O que pode ser explicado pela forma com que utilizam os serviços. A maioria das organizações prioriza a substituição dos documentos de papel por eletrônicos e aperfeiçoam o faturamento para maximizar reembolsos.

O artigo escrito por Nikhil R. Sahni, Robert S. Huckman, Anuraag Chigurupati e David M. Cutler, mostra ao leitor o importante impacto da TI na área de cuidados de saúde, se utilizada de maneira correta, é claro. No decorrer da leitura nos deparamos com alguma relutância de profissionais clínicos que alegam perda de tempo com sistemas rígidos e difíceis, e a falta de interação com os pacientes. Isso se deve a um uso não muito efetivo da tecnologia.

Como nos foi apresentado, é fundamental a interação de todos os membros da organização participarem da gestão da TI - que em sua maioria é comandada por profissionais técnicos da área - na saúde. Somente havendo essa interação, desde troca de informações a análises mais técnicas, o sistema começará a fluir de maneira melhor e mais eficaz.

Vale ressaltar a interação do medico com seus pacientes através de aplicativos disponibilizados pela indústria de tecnologia, onde essas aplicações medem e relatam suas atividades e informações clínicas. Essas informações são posteriormente repassadas ao médico, o que possibilita uma análise mais rápida dos dados e a fazer ajustes no tratamento, caso seja necessário.

A criação de um banco de dados central, onde todas as informações estejam contidas em um único lugar é um ponto muito positivo abordado no artigo. Pois através desse banco de dados central todas as informações obtidas, sejam de custos cirúrgicos, por exemplo, ou dados de pacientes, são encontrados e arquivados de maneira muito mais rápida e precisa, economizando tempo e dinheiro das organizações. A criação dos bancos de dados é um passo muito importante para facilitar a vida das organizações, porém, é apenas meio caminho andado. É importante que os líderes das organizações demonstrem a importância de sua implementação aos demais funcionários, e que modifiquem a infraestrutura de compartilhamento de dados, fazendo com que os funcionários tenham acesso a dados mais seguros e de qualidade.