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O PRIMEIRO SSD DO MERCADO

Por:   •  3/4/2017  •  Seminário  •  2.229 Palavras (9 Páginas)  •  1.664 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Quando falamos em Memória RAM, Placa Mãe, Placa de Vídeo, CPU entre outros componentes, todos eles passaram por evoluções nos últimos anos e com os HDs a historia não é diferente, principalmente na quantidade de armazenamento de dados, pois aplicações atuais exigem bastante desse dispositivo sofisticado com os seguintes atributos:

  • Redução do espaço físico.
  • Capacidade razoável de armazenar dados.
  • Menor consumo de energia.
  • Maior durabilidade.

Os discos Rígidos SSD é a solução para todos esses atributos necessários para essa evolução dos discos.

[pic 1]

Como todos nos sabemos SSD significa Solid-State Drive “Unidade de estado solido”, é um dispositivo de armazenamento de dados que passou a ser a evolução e concorre com os discos magnéticos. Quando destacamos a palavra “Estado Solido” é porque os SSD usam um material solido para transporte de sinais elétricos.  

Nos aparelhos SSDs, o armazenamento é feito em um ou mais chips de memória, que dispensa totalmente o uso de sistemas. Com essa característica, unidades do tipo acabam sendo mais econômicas no consumo de energia, afinal, não precisam alimentar motores ou componentes.

O PRIMEIRO SSD DO MERCADO

Os discos SSD começaram a aparecer no mercado de maneira mais abrangente a partir de 2006, mas podemos dizer que a tecnologia em si surgiu muito antes, embora não com o mesmo nome.

Em 1976, uma companhia de nome Dataram colocou no mercado um dispositivo de armazenamento de dados de nome BULK CORE que era composto por oito módulos de um tipo de memória não-volátil com a incrível (para a época) capacidade de 256 KB cada um.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DISCOS SSD

VANTAGENS

  • Período de acesso reduzido.
  • Peso bastante reduzido em relação aos HDDs e também aos portáteis.
  • Trabalha em temperaturas bem maiores que os HDDs comuns.
  • Vibrações reduzidas, SSDs bem mais silenciosos.
  • Mais resistentes em relação HDDs, contra choques físicos.
  • Consumo de energia reduzido.
  • Largura de banda superior aos outros dispositivos.

DESVANTAGENS

  • Custo bastante elevado em relação aos discos rígidos de tecnologia anteriores.
  • A capacidade de armazenamento dos SSD é reduzida.
  • Taxas de leitura e escrita são quase cinco vezes maiores que os HDD.

Para os padrões atuais de mercado, os SSDs ainda têm um custo bastante elevado se falando em custo/gigabyte, quando se compara aos magnéticos. Uma solução para esse problema algumas maquina contam com um disco SSD para instalação do sistema operacional e programas e outro disco magnético para arquivos e backups. Contudo, os computadores podem chegar a ter tempo de boot e abertura de programa até 5x menor do que nas máquinas onde só se usa HD magnéticos.

Atualmente os maiores disco SSD tem capacidade de 2TB e geralmente se encontra no valor de oito a dez mil reais, preço bastante irreal para os padrões brasileiros.

É NECESSÁRIO DESFRAGMENTAR UM SSD?

Você até pode desfragmentar um SSD, mas vai acabar gastando ciclos de escrita desnecessariamente, diminuindo a vida útil do dispositivo. Em outras palavras: não, não é necessário e muito menos recomendável praticar esse tipo de tortura com um SSD.

Como um SSD possui um tempo de acesso extremamente baixo, não há perda significativa de desempenho quando fragmentos de arquivos estão espalhados pelo disco, diferente de um HD, que sofre para mover sua cabeça de leitura para juntar várias partes de um arquivo.

MEMÓRIA FLASH

A tecnologia SSD é baseada em chips preparados para armazenar dados, mesmo quando não existe o recebimento de energia. Contudo eles são dispositivos não-voláteis. Por isso que não é necessário usar baterias ou deixar o dispositivo ligado na tomada para manter os dados nele.

Para que isso fosse possível, os fabricantes dos discos SSD definiram o uso de memórias Flash. Trata-se de um tipo de memória EEPROM. Os chips de memória Flash são parecidos com a memória RAM usados nos computadores, porém, suas propriedades fazem com que os dados não sejam perdidos quando não há mais fornecimento de energia, como já informado.

* EEPROM é um tipo de memória ROM que permite a regravação de dados, ao contrário do que acontece com as memórias EPROM, os processos para apagar e gravar informações são feitos eletricamente, fazendo com que não seja necessário mover o dispositivo de seu lugar para um aparelho especial para que a regravação ocorra.

[pic 2]

Basicamente, existem dois tipos de memória Flash: Flash NOR (Not OR) e Flash NAND (Not AND). A nomenclatura é proveniente da tecnologia de mapeamento de dados de cada um. O primeiro tipo permite acesso às células de memória de maneira aleatória, tal como acontece com a RAM, mas com alta velocidade. Em outras palavras, o tipo NOR permite acessar dados em posições diferentes da memória de maneira rápida, sem necessidade de esta atividade de ser seqüencial. O tipo NOR é usado em chips de BIOS ou firmwares de smartphones, por exemplo.

O tipo NAND, por sua vez, também trabalha em alta velocidade, porém faz acesso seqüencial às células de memória e as trata em conjunto, isto é, em blocos de células, em vez de acessá-las de maneira individual. Em geral, memórias NAND também podem armazenar mais dados que memórias NOR, considerando blocos físicos de tamanhos equivalentes. É, portanto, o tipo mais barato e mais utilizado em SSD.

TECNOLOGIAS MULTI-LEVEL CELL, SINGLE-LEVEL CELL, TRIPLE-LEVEL CELL E DIE-STACKING

Ha três tecnologias principais atualmente que podem ser destacadas tanto em memórias Flash NOR quando em Flash NAND: Multi-Level Cell (MLC), Single-Level Cell (SLC) e Triple-Level Cell (TLC).

  • MLC - é um tipo processo que utiliza tensões diferentes que fazem com que uma célula de memória armazene dois ou mais bits, em vez de apenas um. Graças à tecnologia MLC, os custos de dispositivos de armazenamento Flash se tornaram menores, aumentando consideravelmente a oferta de produtos como pendrives e tocadores de MP3 de preços mais acessíveis.
  • SLC - nada mais é do que as memórias Flash "normais", isto é, que armazenam um bit em cada célula. Chips do tipo SLC, são mais caros, mas isso não quer dizer que são inviáveis: em geral, são mais resistentes, suportando, por padrão, cerca de 100 mil operações de leitura e escrita por célula, contra 10 mil do MLC.
  • TLC - é mais freqüentemente encontrado em unidades SSD "econômicas", uma vez que se trata de uma tecnologia mais lenta nos processos de leitura ou gravação de dados e que possui menor tempo de vida útil.

FORMATOS DE SSD

As fabricantes começaram a fornecer unidades SSD como se fossem HDs, só que com chips de memória em vez de discos. Por isso, esses dispositivos podem ser conectados em interfaces SATA ou IDE (PATA). Dessa forma, é possível encontrar então unidades SSD em formatos de 1,8, 2,5 e 3,5 polegadas, tal com em HDs.

Esses drives SSD também podem contar com certa pequena quantidade de memória RAM que atua como memória cachê, não só para acelerar o acesso aos dados, mas também para aumentar a vida útil do dispositivo.

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