O PROBLEMA REAL QUE QUER RESOLVER
Por: monmancini • 2/3/2020 • Artigo • 1.118 Palavras (5 Páginas) • 236 Visualizações
Questão: Você deve fazer uma proposição de projeto de Big Data com o que já discutimos na disciplina (materiais das trilhas 1 até 5). Não é necessário implementar seu projeto, é só a proposição para resolver um problema real.
O trabalho deve conter:
• Problema real que quer resolver
• Proposta de como resolver o problema
• Ferramentas que usará para resolver o problema.
1. PROBLEMA REAL QUE QUER RESOLVER
Nas últimas décadas, os acidentes no trânsito são a terceira causa de morte no mundo, devido aos avanços tecnológicos das indústrias automobilísticas que geraram grandes transformações sociais e urbanas, propiciando o crescimento desordenado das cidades sem apoio de uma infraestrutura viária adequada para absorver o crescimento da frota de veículos. A qualidade insatisfatória dos transportes coletivos forçou as pessoas optarem por meios de transportes individuais, o que culminou em muitos acidentes com estes veículos, sendo considerado um grave problema de saúde pública (ALVES et al, 2019).
Segundo o Relatório da Situação Global (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2019), o Brasil registrou quase 39 mil mortes no trânsito, sendo o maior número de condutores de motos e veículos motorizados. Os acidentes de trânsito no Brasil são responsáveis por deixar 400 mil pessoas com alguma sequela. Cerca de 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) são preenchidos por acidentados e os acidentes no trânsito resultam em custos anuais de R$ 52 bilhões (OBSERVATÓRIO NACIONAL DE SEGURANÇA VIÁRIA, 2019).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (MOBILIZE, 2019), os principais fatores de risco para a segurança viária: excesso de velocidade, condutor alcoolizado, falta de capacete, falta de cinto de segurança e não uso de dispositivos de retenção para crianças.
O Brasil possui uma legislação adequada em relação a muitos desses fatores. Por meio da fiscalização, foi possível gerar uma mudança cultural no uso dos equipamentos de segurança (cinto, capacete e dispositivos de retenção) e uma maior conscientização na população sobre os riscos de dirigir alcoolizado. Porém, o excesso de velocidade permanece ainda pouco explorado nas ações para redução de mortes por acidentes de trânsito no Brasil.
Em julho de 2015, a prefeitura de São Paulo reduziu a velocidade média nas Marginais Pinheiros e Tietê, Nas pistas expressas, a velocidade máxima permitida caiu de 90 km/h para 70 km/h para veículos leves e de 70 km/h para 60 km/h para ônibus e caminhões; nas pistas locais, a velocidade limite foi de 60 km/h para 50 km/h. Já na pista central de 70 km/h para 60 km/h.(VALOR ECONÔMICO, 2019).
Assim sendo, estudar as taxas de mortalidade por acidente de trânsito, torna-se primordial para identificar quais são os seus fatores, a fim de prevenir agravos e diminuir o número desses acidentes, proporcionando ações que possam reduzir os impactos para a população em geral decorrentes da violência de trânsito. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar a mortalidade por acidentes de trânsito, antes e após redução da velocidade média de veículos automotores, na cidade de São Paulo no período de 2010 a 2018.
2. Proposta de como resolver o problema
Esta pesquisa é considerada como um estudo de séries temporais. “Uma série temporal é uma sequência de números coletados em intervalos regulares durante um período de tempo” (WIKIPEDIA, 2019b).
A população de estudo é constituída pelos óbitos por acidentes de trânsito na cidade de São Paulo no período de 2010 a 2018. Este estudo utilizará microdados oficiais de mortalidade por Acidentes de Trânsito (AT) registrados na cidade de São Paulo (Brasil), por local de ocorrência e residência, provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS, 2019). São considerados óbitos ocorridos na cidade de São Paulo, de residentes da mesma cidade, cuja causa básica do óbito foi classificada como acidente de trânsito. Os dados dos óbitos correspondem
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