Resenha uma Odisseia no Espaco
Por: Ivan Miranda • 17/5/2016 • Resenha • 3.280 Palavras (14 Páginas) • 525 Visualizações
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Abordagem: Uma Odisseia no Espaço
Ana Caroline, Denis Wilson, Ivan Miranda, Maily Santos, Rafael Turquetti
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Conselheiro Lafaiete – UNIPAC Lafaiete
Resumo - Este artigo analisa o comportamento de HAL 9000 do filme 2001 - Uma odisseia no espaço, buscando entender as justificativas que poderiam levar uma inteligência artificial a se voltar contra o ser humano, tanto no universo fictício quanto na realidade. Buscamos responder que medidas precisariam ser tomadas para preservar nossa espécie humana, caso uma máquina com tamanha inteligência pudesse ser criada...
Palavras Chave – HAL 9000. Júpiter. Máquina. Missão. Robô.
- Introdução
Uma missão é dada para um grupo de astronautas, chegar até uma das luas de Júpiter. Mas o que eles não sabiam é que existia algo de extrema importância por trás.
Em quem confiar para guardar o segredo tão comprometedor dessa missão? HAL 9000 é um computador com inteligência artificial avançada que toma conta da nave espacial Discovery One e é responsável por todo seu funcionamento e era o único que sabia de verdade sobre o que estava acontecendo.
Diante de uma missão tão importante, a máquina se questiona sobre a imperfeição humana e chega a conclusão que eles são defeitos que podem colocar tudo em risco.
O conflito entre homem e máquina é um dos vários outros aspectos abordados no filme de ficção científica 2001 - Uma odisseia no espaço, de 1968, dirigido e produzido por Stanley Kubrick, que possui um livro publicado em conjunto de mesmo título escrito por Arthur C. Clarke.
O filme por si só é bastante abrangente, porém, pouco direto e possibilita que o espectador especule sobre o que está acontecendo, sem que tenha a certeza de que de fato é aquilo está correto. Ele também lida com elementos da evolução humana, tecnologia e vida extraterrestre.
Kubrick, dirigiu seu filme de maneira enigmática fornecendo quase nenhuma explicação durante o longa. Sendo assim, para compor uma boa e completa interpretação sobre a história, foi necessário em alguns momentos recorrer ao livro e buscar as motivações de Clarke.
Como obra cinematográfica, o filme é bastante lento e pode ser considerado chato devido à alta quantidade cenas demoradas para aumentar a experiência visual fazendo uso de efeitos especiais psicodélicos da época.
Antes de discutir a fundo sobre o assunto proposto neste artigo, vamos fazer uma breve resenha do filme para compreender melhor todo o contexto.
- Objetivos
Realizar uma abordagem do filme: Uma Odisseia no Espaço, com foco nas questões sociais munido das literaturas da disciplina de robótica.
- O PRIMATA E A FERRAMENTA
O filme começa com o nascer do sol em uma região inóspita, um deserto, onde formas de vida precisam lidar com a extrema escassez de recursos. O foco dessa parte é um bando de hominídeos, semelhantes aos macacos, que apresentam membros compridos e uma postura ligeiramente mais ereta, induzindo o pensamento de que são ancestrais da raça humana. Esse bando sobrevive às custas de um lago enlameado que é disputado com outros bandos da região e pouca comida de origem vegetal que ainda é encontrada por ali.
A espécie se mostra inerte, convive e se alimenta em conjunto com grupos de antas, é alvo fácil de guepardos e consegue as coisas na base do grito. Até que um dia, ao acordar pela manhã, o bando de hominídeos se depara com uma placa de pedra ou ferro negro de cerca de 2 metros de altura em formato retangular perfeitamente lisa, parecendo uma porta, diante deles.
Aquela placa não estava ali antes, e por instinto, eles começam a pular e rodeá-la numa espécie de ritual mostrando-se confusos e amedrontados com o novo objeto. A pedra emite um ruído estranho, após criar coragem o primeiro primata a toca. Depois todo o bando o imita resolvendo tocar também a pedra.
Aparentemente, o efeito de tocar aquela pedra induz o bando a sair de sua inércia, os primatas começam a olhar as coisas de maneira diferente. Percebem que podem usar o fêmur de algum animal morto como ferramenta.
Agora armados com seus ossos, esse bando ataca e mata um de seus semelhantes vencendo a luta pela posse do lago. Diante dessa cena é impossível não perceber a crítica do diretor que instiga o fato de que a utilidade da ferramenta ainda está ligada a um dos instintos mais primordiais de qualquer ser vivo, o assassinato pela sobrevivência, mesmo que seja de sua própria espécie.
Na última cena dessa parte o diretor quis mostrar que o homem passou a aprimorar seu modo de vida e transformar ferramentas rudimentares em utensílios muito mais eficazes e modernos quando o hominídeo arremessa o osso ao céu e esse se transforma em uma nave espacial.
- a CONQUISTA DO ESPAÇO
Temos um grande lapso temporal e o filme agora nos mostra a modernidade. As pessoas viajam em naves espaciais como se estivessem embarcando em um simples avião.
Uma missão espacial norte-americana está acontecendo. Kubrick, fez especulações sobre as tecnologias do futuro, mostrando comissárias de bordo usando sapatos de contato para andar de ponta cabeça, detalhes das espaçonaves, dos componentes eletrônicos e do espaço.
No decorrer da trama, nos é revelado que aquela missão se deve a descoberta de que um objeto não identificado foi enterrado na lua a milhares de anos atrás. Quando os cientistas se deparam com o objeto, percebemos que se trata da mesma placa negra encontrada pelos primatas no começo do filme. O monólito, como é chamado, emite um ruído estranho captado por uma das luas de Júpiter.
Diante do monólito a cena se repete. Os cientistas demostram um comportamento de medo e curiosidade, muito parecido com o dos hominídeos, até criarem coragem para tocá-lo. Após tocar o monólito e tirar uma foto como ele, eles escutam um barulho ainda mais irritante e desmaiam.
- UMA MISSÃO DENTRO DA MISSÃO
Alguns meses se passam e uma equipe de astronautas é enviada a bordo de uma nave espacial chamada de Discovery One. A equipe é composta por 5 astronautas e por HAL, o computador dotado de inteligência artificial que é responsável por manter o funcionamento da nave e da vida dos tripulantes. HAL é o perfeito exemplar da ferramenta idealizada e construída pelo homem a partir do desenvolvimento de suas habilidades, impulsionado há milhares de anos atrás.
Inicialmente somos levados a acreditar que o objetivo da missão é levar três outros cientistas que estavam sendo mantidos em estado de hibernação, até Júpiter, onde seriam despertados e poderiam realizar seu trabalho.
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