A visão Computacional

Visão Computacional: Eles podem nos ver?

Introdução

A inteligência artificial (IA) vem evoluindo cada vez mais rápido dia após dia, mas o que isso tem haver com visão computacional? Na verdade, o que é essa tal de Visão Computacional? Nós, seres humanos, temos cinco sentidos fundamentais, são eles: audição, olfato, paladar, tato e visão. São eles que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Com esses sentidos podemos nos moldar à tudo em nossa volta, apenas com a visão já conseguimos desempenhar muitas tarefas, assim como: desviar de obstáculos, identificar cores, formas, objetos e até pessoas. Na computação isso não é muito diferente, sua visão pode ser tão boa (para não dizer melhor) quanto a nossa. Eis que chegamos à inteligência artificial, hoje os computadores (de certa forma) já são dotados deste sentido (sensor) - A visão, mas tal informação não é nada se não soubermos como tratar, sem tratamento tudo isso não passa de uma imagem, uma foto. A partir do processamento dessas informações é que poderemos obter algum resultado de acordo com o nosso objetivo. Um exemplo de um poderoso tratamento dessas imagens é o que a rede social Facebook faz, abordaremos em mais detalhes alguns desses processos logo mais.

A visão computacional no dia a dia

O Facebook sabe quem nós somos

Isso mesmo, se o Facebook fosse uma pessoa e ela fosse solta numa rua qualquer com outras pessoas aleatórias ali passando, onde aquelas pessoas utilizam tal rede social, com certeza ele saberá o nome de cada uma sem nenhum problema. Aterrorizante, não? Isso se dá pelo fato de que quando você marca alguém numa foto o sistema do Facebook cria um padrão de imagens. Isso é tão verdade que quando chega à um certo ponto em que o banco de dados já está bem abastecido de padrões ele passa à sugerir marcações automaticamente, reconhecendo assim seu rosto facilmente.

[pic 1]Imagem: Como funciona o sistema de marcação do facebook.

Mas como funcionam as multas e o monitoramento de trânsito?!

        No trânsito a coisa é bem mais complicada, não? Tudo passando muito rápido quase não dá pra reparar em nada, a questão é que a Visão Computacional também auxilia nisso, com o reconhecimento de padrões o sistema irá apenas avaliar as condições, encontrar a placa, colher dados dela e efetuar ou não uma multa, parece simples não é mesmo? Na prática realmente é tudo muito simples precisando raramente de um operador. Outro detalhe é que isso trás uma confiabilidade no sistema enorme, evitando assim que algumas multas sejam geradas por erro humano (no caso o guarda de trânsito).

[pic 2]Imagem: A visão computacional no cotidiano.

Realidade Virtual

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Imagem: Uso da Realidade Virtual através de dispositivos de imersão.

Dentro da visão computacional, uma nova tecnologia têm se tornado cada vez mais popular para a sociedade, a Realidade Virtual (RV). Entretanto, apesar de estar em constante evolução, a RV é um pouco antiga, tendo sido datada e aprimorada desde 1955 através de aplicações dentro da indústria do cinema, mas foi somente no final da década de 1980 que Jaron Lanier, um artista e cientista da computação, conceituou a Realidade Virtual como uma nova forma de fusão do real com o virtual, permitindo ao usuário a imersão dentro de ambientes virtuais.  

A Realidade Virtual hoje é normalmente implementada usando a tecnologia computacional. Há uma série de sistemas que são utilizados dentro da RV, como fones de ouvido, esteiras omni-direcional e luvas especiais. ( Uma opção acessível ( ao bolso ) é o Google CardBoard, modelo de óculos da Google feito de papelão que permite ao usuário a imersão visual em cenários de realidade virtual. Na internet existem diversos tutoriais ensinando a como fazer o seu próprio ). Todos os componentes esses que são utilizados para realmente estimular nossos sentidos em conjunto e criar a ilusão de realidade.

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Imagem: Modelo GoogleCardBoard.
        

Uma vez que os nossos sentidos e cérebro evoluíram para nos fornecer uma experiência finamente sincronizada e mediada tornou-se mais difícil obter estímulos externos. O campo visual humano não se parece com um quadro de vídeo. Temos (mais ou menos) 180 graus de visão e embora você nem sempre tenha noção de sua visão periférica, se ela sumisse, você com certeza notaria.

Se uma aplicação de realidade virtual contém a combinação de hardware, software e sincronia sensorial, então é possível alcançar algo conhecido como sensação de presença. Onde o sujeito realmente se sente como se estivesse presente naquele ambiente.

Aplicações

• Educação
  
                  As crianças de hoje estão familiarizados com todas as formas de tecnologia e a utilizam na escola, bem como em casa. Elas começam a conhecer a tecnologia ainda precoce, e ao contrário dos adultos, não possuem qualquer medo ou hesitação em usá-la.

Além disso, nós vivemos em uma sociedade tecnológica. Por isso, faz sentido implementar a realidade virtual como uma das várias formas de tecnologia a fim de educar a geração tecnológica de amanhã. A Educação transferiu-se de livros, lápis e canetas para o uso de tecnologias interativas que ajudem a transmitir conhecimento e compreensão.

• Saúde

A realidade virtual é frequentemente utilizada como uma ferramenta de diagnóstico na medida em que permite que os médicos possam chegar a um diagnóstico em conjunção com outros métodos, tais como imagens de ressonância magnética. Isso elimina a necessidade de procedimentos invasivos ou até mesmo de uma cirurgia.

Um exemplo disso é o sistema HumanSim que permite que médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde possam interagir com os outros em um ambiente interativo. Eles se envolvem em cenários de treinamento onde necessitam interagir com um paciente, mas ( somente dentro de um ambiente 3D ). Assim, essa é uma experiência de imersão que mede as emoções dos participantes através de uma série de sensores.

• Área Militar

A realidade virtual têm sido adotada pelos militares - o que inclui todos os três serviços (Exército, Marinha e Aeronáutica) - onde é usada para fins de treinamento. Isso é algo muito útil para treinar soldados em situações de combate ou em outras situações perigosas onde precisam aprender a reagir de forma adequada.