CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PICOS-PIAUÍ.
Por: davidcent • 20/1/2019 • Trabalho acadêmico • 7.779 Palavras (32 Páginas) • 301 Visualizações
CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PICOS-PIAUÍ.
ALINE MARIA PEREIRA SILVA¹
SAMANDRA MARIA DE MOURA¹
DAYZE DJANIRA FURTADO DE GALIZA²
MARIA SAUANNA SANY DE MOURA
JARDELINY CORRÊA DA PENHA
1 Discente do Curso de Bacharelado em Nutrição. Universidade Federal do Piauí, Campus Universitário Senador Helvídio Nunes de Barros. Rua Cícero Duarte, 905 – Bairro Junco, Picos, Piauí, Brasil - CEP 64607-670 – fone: (89)3422-4207.
2 Mestre em Saúde Pública, Professora assistente do Curso de Bacharelado em Nutrição da Universidade Federal do Piauí, Campus Universitário Senador Helvídio Nunes de Barros. Rua Cícero Duarte, 905 - Bairro Junco, Picos, Piauí, Brasil - CEP 64607-670 – fone: (89)3422-4207.
3 Mestranda em Saúde da Mulher, Enfermeira
Autores Principais: Aline Maria Pereira Silva - alinepereiranutri@outlook.com
Samandra Maria de Moura – samandramoura@hotmail.com
RESUMO
Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de gestantes atendidas nas Unidades de Atenção Primária à Saúde do município de Picos-Piaui. Métodos: Estudo descritivo e quantitativo, realizado com 76 gestantes de 17 a 34 anos, que estiveram em acompanhamento pré-natal nas Unidades de Atenção Primária à Saúde na cidade de Picos-PI. Foi aplicado um formulário sobre dados pessoais, antropométricos, consumo alimentar e procedimentos de armazenamento e higiene dos alimentos. Resultados: Do total da amostra tinham idade com média de 25,5 anos, possuíam renda menor que um salário mínimo. Quanto ao consumo dos alimentos verificou-se que as gestantes consumiam poucas frutas, carnes, peixes, leite. E tanto o armazenamento e higiene dos alimentos encontram-se inadequados. em relação ao estado nutricional pré-gestacional e atual mostrou-se baixo peso. Conclusão: os resultados da pesquisa foram esclarecedores e levaram a afirmar que a maioria das gestantes não está se alimentando adequadamente e assim ficando abaixo do peso ideal.
DESCRITORES: Gestantes; Consumo de Alimentos; Cuidado Pré-Natal.
INTRODUÇÃO
A gestação é um processo caracterizado por uma série de alterações fisiológicas, necessárias à regulação do metabolismo materno e promoção do crescimento e desenvolvimento fetal. Como consequência, a necessidade nutricional das gestantes está aumentada para energia, macro nutrientes, vitaminas e minerais, a fim de garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento adequado do feto(1).
Portanto, deve-se considerar que a própria gestação inclui a mulher em um grupo de vulnerabilidade nutricional, que pode ser agravado em situações socioeconômicas de baixa renda familiar e escolaridade materna por serem fatores determinantes do acesso a uma alimentação com qualidade nutricional e sanitária(2).
Sendo assim na gestação a falta de uma alimentação adequada e insuficiente afetara na saúde do bebe, pois para suprir, o feto recorrera as reservas pre-concepcionais , acarretando comprometer-se o binômio materno-fetal gerando consequências para a criança em relação ao peso ao nascer, originando assim crianças pequenas pela falta dos nutrientes necessários na gestação (3).
Situado a 308Km da capital do Piauí, Teresina, o município de Picos integra o semi-árido piauiense, destacando-se por ser pólo de saúde da região centro-sul e pela forte economia, constituindo a 2ª maior arrecadação fiscal do estado (IBGE, 2011) e Índice de Desenvolvimento Humano de 0,698 (IBGE, 2011). Apesar disso, as condições climáticas dificultam a prática agrícola durante 10 meses do ano e, consequentemente, a produção e o acesso aos alimentos pela população de maior vulnerabilidade socioeconômica (4).
Diante do exposto, considerando-se a essencialidade da alimentação no período gestacional, e vulnerabilidade social de mulheres de baixo nível socioeconômico, em especial das que residem no semi-árido brasileiro, este estudo busca avaliar o estado nutricional e a qualidade nutricional e sanitária da alimentação de gestantes de baixa renda do município de Picos, Piauí, Nordeste do Brasil.
MÉTODOLOGIA
Este estudo integra a fase I do projeto de extensão intitulado “Elaboração de tecnologia educativa para promoção da saúde de gestantes”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Saúde Sexual e Reprodutiva da Universidade Federal do Piauí (UFPI-CSHNB) e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da referida Instituição de Ensino Superior (CAAE 26207614.6.0000.5214).
Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado com 76 gestantes de 17 a 34 anos, em acompanhamento pré- natal nas 30 Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS) do município de Picos, Piaui, distribuídas entre zona rural(10) e urbana(20). Sendo que, em cinco UAPS da zona rural e duas UAPS da zona urbana não foi possível a realização da coleta de dados devido a recusa de algumas gestantes em participar da pesquisa e a dificuldade de encontrar as gestantes em sua residência para realização da pesquisa. Sendo a coleta realizada somente em 23 UAPS.
Participaram do estudo as gestantes no 1, 2 e 3 trimestre gestacional, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), após esclarecimentos dos objetivos e metodologia de coleta de dados, sem distinção de idade ou raça. Foram excluídas gestantes cujos cartões apresentavam dados incompletos.
A coleta de dados foi realizada em domicílio, no período de junho de 2014 a abril de 2015. O perfil socioeconômico foi avaliado mediante aplicação de formulários, elaborado para este estudo, contendo as seguintes variáveis: idade gestacional, renda, idade, escolaridade, ocupação, higiene e consumo dos alimentos. A avaliação do estado nutricional pré-gestacional e atual, referente ao período gravídico na ocasião da coleta, foi realizada a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), considerando-se os dados antropométricos de peso (Kg) e altura (m) contidos no cartão da gestante. A classificação do estado nutricional pré-gravídico seguiu os indicadores do MS e o estado nutricional atual, a classificação proposta por Atalah et al (1997), que considera a semana gestacional.
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