Departamento de Engenharia de Computacao e Automacao Industrial
Por: Moisés Sena • 3/3/2017 • Resenha • 47.215 Palavras (189 Páginas) • 318 Visualizações
REDES DE COMPUTADORES: MODELO OSI
Eleri Cardozo Mauricio F. Magalhaes
Departamento de Engenharia de Computacao e Automacao Industrial
Faculdade de Engenharia El etrica e de Computa cao Universidade Estadual de Campinas
2002
c 1995-2002 DCA/FEEC/UNICAMP
Cap tulo 1
INTRODUC A~ O
Conceitos B asicos
De niremos Rede de Computadores como um conjunto de computadores autonomos e interconectados. O termo aut^onomo exclui arranjos de processadores que apresentam relac~ao mestre/escravo ou disp~oem de um controle centralizado como os multiprocessadores, as m aquinas data ow e os array processors. Em uma rede, nenhum computador obedece a comandos de outro, possuindo inclusive autonomia para se desconectar da rede.
Os meios de interconexao (ou meio f sico) s~ao muitos: cabos de cobre, bras o ticas, rotas de microondas, radiodifus~ao, etc. Atualmente, os cabos de cobre (pares tran cados) sao os mais empregados em dist^ancias nao superiores a 100 m. Acima desta dist^ancia, a bra
otica e mais econonica. Os meios de interconexao limitam tanto a taxa de transmissao de
informa a~o quanto a extensao geogr a ca da rede. Quanto a sua extens~ao geogr a ca, as redes
se classi cam em:
- Redes Locais (LAN: Local Area Network): interconectam computadores localizados em uma mesma sala ou edif cio (raio n~ao superior a 100 m). Tipicamente, par trancado metalico e empregado como meio f sico.
- Redes de Campus (CAN: Campus Area Network): interconectam computadores no n vel de campus (f abrica, universidade, etc.) em extensoes nao superiores a 10 Km. Tipicamente s~ao compostas de varias LANs interligadas por uma rede de alto desem- penho (backbone) baseada em bra otica.
- Redes Metropolitanas (MAN: Metropolitan Area Network): interconectam computa- dores e LANs no n vel regional (5 - 100 Km), usualmente empregando uma ou mais redes de alto desempenho interconectadas.
- Redes de Longa Dist^ancia (WAN: Wide Area Network): interconectam computadores e LANs no n vel nacional, continental, ou at e mundial (como a Internet).
Uma rede e classi cada como homog^enea se todos os computadores por ela interconectados sao id^enticos. Caso contr ario, temos uma rede heterog^enea. Obviamente, redes heterog^eneas
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demandam padroniza a~o tanto no n vel de hardware (tensoes, frequ^encias, etc.) quanto no
n vel de software (por exemplo, representa c~ao de dados e formata ~ao de mensagens).
O objetivo central de uma rede de computadores e o compartilhamento de informa recursos. Outros benef cios importantes sao:
o crescimento gradual da capacidade de processamento da informac~ao;
a diversidade de equipamentos e a liberdade de escolha;
o aumento da con abilidade (via redund^ancia);
o processamento da informacao in loco;
um meio alternativo de comunicacao social.
~ao e
Aplica c~oes T picas
A tecnologia de redes de computadores teve profundo impacto nas atividades relacionadas ao ensino, pesquisa, produ cao, servi cos e administrac~ao. No ensino/pesquisa, a interligac~ao de bibliotecas, o correio eletronico e os sistemas hipertexto/hiperm dia aumentam a velocidade
de dissemina a~o do conhecimento.
Nas atividades relacionadas a producao, as redes locais suportam a automac~ao da man- ufatura, os sistemas distribu dos de controle digital (SDCD) e a manufatura integrada. As modernas tecnologias de fabrica c~ao demandam uma capacidade de processamento de in- formac~ao em diversos n veis (desde o controle de sensores e manipuladores at e a emiss~ao de faturas) capaz de ser obtida apenas com a interconexao de processadores diversi cados (PCs, esta coes de trabalho, computadores de processo, etc.).
No campo da administra c~ao, a automa cao de escritorios e o melhor exemplo do emprego
de redes de computadores. Anterior popularizacao do computador pessoal, poucos eram os
funcionarios administrativos capazes de operar um terminal conectado a mainframe. Hoje, nas empresas, com a dissemina cao dos computadores pessoais (conectados via rede local),
documentos s~ao gerados, transmitidos e armazenados sem a necessidade de manipula a~o de
pap eis, envelopes, carimbos, etiquetas, etc. A substituic~ao do papel pela m dia eletronica teve profundo impacto na racionaliza cao dos custos administrativos.
Na d ecada de setenta, as empresas de telecomunicac~ao passaram a oferecer servi cos de comunica cao de dados, utilizando, muitas vezes, as proprias linhas de voz existentes. A comunica cao de dados permite a interconexao em longa distancia de computadores. Se o
canal de comunica c~ao for de banda larga, a informa ~ao poder a vir acompanhada de sinais de
v deo e audio (digitalizados e compactados). Inicia-se assim a era da multim dia, abrindo-
se novas fronteiras no emprego do computador como ve culo de comunicac~ao e intera ~ao
humana. Pessoas localizadas em diferentes cidades ou pa ses poderao interagir em sess~oes
de trabalho cooperativo como tele-confer^encia, tele-medicina, e educa ~ao a dist^ancia
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Estruturas de Redes
Um computador conectado rede e denominado sistema terminal (end system) ou host.
Hosts sao conectados por uma subrede de comunica c~ao. Subredes carregam mensagens (ou pacotes) de um host para outro. Tipicamente, em redes locais, a subrede de comunicac~ao se reduz a um u nico dispsitivo de chaveamento denominado repetidor (hub) ou chave (switch). Em redes de longa dist^ancia, a subrede de comunica cao e composta de linhas de transmiss~ao (ou canais) e dispositivos de chaveamento denominados sistemas intermedi arios (intermedi- ate yystems) ou roteadores. Roteadores s~ao computadores especializados que conectam duas ou mais linhas de transmissao e aos quais os hosts se conectam ( gura 1.1).
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