Engenharia Semiotica
Por: Barbaralisboa • 19/9/2015 • Resenha • 987 Palavras (4 Páginas) • 406 Visualizações
Se tratando de engenharia semiótica, o principal foco nesta área é a comunicação entre: designers, usuários e sistemas. O estudo é direcionado a dois tipos de estudos, com a comunicação direta usuário-sistema e a metacomunicação. A metacomunicação são basicamente as aplicações computacionais, que são artefatos que comunicam uma mensagem do design para o usuario sobre a comunicação usuário-sistema, sobre como eles podem e devem utilizar o sistema, por que e com que efeitos.
O design tem a tarefa de estudar os usuários, tal como suas atividades e o ambiente que esta inserido, para a partir do estudo ter a visão do que o usuário necessita. A partir disso, ele visa atingir a sua intenção comunicativa que é a interpretação adequada dos usuários, e que eles gostem e se beneficiem do produto.
Um outro ponto abordado na Engenharia Semiótica é a comunicabilidade, que nada mais é que um conceito de qualidade dos sistemas computacionais interativos que comunicam de forma eficiente e efetiva aos usuários as interações comunicativas do designer, a lógica e os princípios de interação subjacentes. É nesse ponto que o designer vê se conseguiu alcançar o que desejava.
Para avaliar a comunicabilidade de um sistema computacional interativo, a engenharia semiótica oferece o método de inspeção semiótica e o método de avaliação de comunicabilidade.
Semiótica: Signo, Significação, Comunicação e Semiose
O estudo da semiótica é voltado para a interpretação dos signos e de processos de comunicação. O signo pode ser definido como algo que representa alguma coisa para alguém, como por exemplo imagens, diagramas, apontar o dedo para algo, sonho, desejo, número, palavra, sintoma entre diversos outros. Toda representação é um signo. O processo de significação é a associação dos conteúdos com as expressões. O processo de comunicação, os produtores de signos utilizam sistemas de significação para escolher formas de representar (expressão) seus significados pretendidos (conteúdo) de modo a alcançar uma variedade de objetivos (intenção). Um signo de interface é então codificado pelo designer visando comunicar sua intenção de design com os usuários.
O processo de interpretar que leva o usuário associar cadeias de significados a um signo é denominado semiose, e o processo de constante evolução, indefinidamente longo e imprevisível é denominado semiose ilimitada. Essa natureza ilimitada da semiose humana indica que não podemos falar em “o” significado de um signo, mas sim em “um” significado de um signo.
O processo de semiose é influenciado pelo conhecimento prévio, hábitos e experiência pessoal do intérprete, pela cultura em que ele se insere e pelo contexto em que o signo é interpretado. Na pratica a semiose é interrompida quando o intérprete fica satisfeito com o interpretante gerado, que é o significado temporariamente atribuido ao signo, ou até mesmo por não ter mais tempo ou outro recurso necessário para continuar gerando novos significados. Vale ressaltar que esse processo não é definitivo, pode ser retomado a qualquer momento.
Sistema computacional interativo como Artefato Intelectual
Um artefato é “alg criado pelo ser humano, geralmente para um propósito prático. É algo característico ou resultante de uma instituição, período, tendência ou indivíduo particular”. Nada mais é que um produto artificial resultante da engenhosidade humana através de um processo de design que muitas vezes envolve atividades de análise, síntese e avaliação. Um sistema computacional interativo é um artefato intelectual.
Designers, preposto e usuários de um sistema computacional interativo devem utilizar uma mesma linguagem, um sistema de signos composto de vocabulário, gramática e regras semânticas, com o intuito de se comunicarem através do sistema.
Espaço de Design de IHC
A área da engenharia semiótica é uma teoria de IHC. Ela deve ser usada para explicar fenômenos
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