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LIBRAS: INSTRUMENTO DE PRENDIZAGEM NA INCLUSÃO DE UMA ALUNA SURDA NO ENSINO REGULAR

Por:   •  2/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.988 Palavras (16 Páginas)  •  128 Visualizações

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LIBRAS: INSTRUMENTO DE PRENDIZAGEM NA INCLUSÃO DE UMA ALUNA SURDA NO ENSINO REGULAR

Autor: Denilda Pereira da mata Souza1 Tutor externo: Dejair Jose Pereira Junior 2

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Licenciatura em Informática (2º Semestre) – Estágio Curricular 31/07/2021

RESUMO

Este trabalho visa analisar o processo de aprendizagem de uma aluna surda matriculada no segundo ano do ensino fundamental, no município de Rio Brilhante/MS, a qual tem o atendimento educacional especializado –AEE, focando o ensino da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais; pois aluna não tem conhecimento da Libras, tendo somente sinais “caseiros”, com objetivo que aluna tenha a Libras no processo escolar para que venha aprender a Língua Portuguesa - L2, tão exigida no processo escolar. Para tal,a aluna surda não teve direito a interprete por não ter conhecimento algum de Libras e, a família não contribui para fazer valer esses direitos. Ficando visível as dificuldades de atender as necessidades da aluna em sala de aula e na necessidade da mesma dominar a LIBRAS como sua primeira língua; para avançar no processo educacional; com igualdade de condições. A opção teórica adotada neste trabalho teve foco em observações sistemáticas na sala de aula e no AEE, leituras bibliográficas, pesquisas em sites e nas políticas educacionais voltadas ao tema pesquisado, tendo como principal foco propor a LIBRAS no contexto escolar; como elemento que favoreça a aluna surda, uma integração dentro do âmbito educacional, e automaticamente, no contexto social.

Palavras-chave: Libras1. Surdo 2. Inclusão 3.

1. INTRODUÇÃO

Respeitar e refletir sobre a pessoa surda nos leva a compreensão de como é preciso atender suas necessidades, entender suas características e o seu potencial. O aluno surdo, traz algumas limitações para o seu desenvolvimento, uma vez que a audição é de suma importância para a aquisição da língua oral.

A educação de alunos com necessidades especiais na escola comum ganhou força com o movimento nacional de defesa dos direitos dos deficientes, o qual pregava a passagem do modelo educacional segregado para inserção de pessoas com deficiências

1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Informática ; E-mail: denildamata@uniasselvi.com.br

2 Tutor Externo do Curso de Licenciatura em XXXXXXXXXXXX – Polo XXXXXXXXX; E-mail: ciclanodetal@uniasselvi.com.br

no sistema educacional, no trabalho e na comunidade, tendo em vista a igualdade e justiça social. Pela Constituição Federal de 1988, em seu art.5, aliado ao direito à educação constante no art. 208, prevê a possibilidade dos indivíduos se beneficiarem com a inclusão, ao preconizar que o atendimento educacional das pessoas com deficiência deve se dar "preferencialmente" na rede regular de ensino; assim como a Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN nº9394/96, dispõe sobre este mesmo atendimento, entre demais leis e decretos que subsidiam política de inclusão de pessoas com surdez no contexto escolar.

Por isso o acesso a comunicação entre aluna surda e a Libras no contexto escolar, deverá ser feito através de profissional especializados, garantindo igualdade de oportunidades que só é possível obterem este direito, se for respeitado primeiramente o direito fundamental enquanto cidadão, tendo este profissional que seja interprete em LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais na sala de aula em que a aluna surda esteja inserida no processo educacional.

Deste modo, é importante para que a interprete seja inserida em sala de aula, auxiliando, traduzindo a fala do professor para a língua de sinais e vice-versa, a aluna surda necessita ter conhecimento da Libras, deixando de utilizar os sinais caseiros; os quais não irá contribuir para seu desenvolvimento e nem auxiliar nas dificuldades de aprendizagem decorrentes no ano letivo, como ocorrido até o momento.

O trabalho procurará com observações e fundamentações bibliográficas, analisar as condições que a aluna está desenvolvendo suas atividades educacionais no AEE, em sala de aula sem conhecimentos da libras e sem interprete, e quais oportunidades estão sendo favorecidas para que haja interação entre aluna/professor e conteúdo proposto, considerando os conhecimento na Libras, para depois na Língua Portuguesa, poderiam ser oportunizados na sistematização e no oferecimento da Libras no contexto educacional.

Entretanto, é importante que a família, profissionais da educação e todos envolvidos no contexto escolar, conscientizem da importância que, primeiramente sendo considerada a primeira língua da pessoa surda; a Libras, terá que ser aprendida com significância, para somente então, ela ter aquisição da Língua Portuguesa, tendo de fato uma aprendizagem significativa em sala de aula.

2. UM BREVE PANORAMA DAS LEIS E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DO SURDO

A educação tem se destacado no processo de inclusão social dos cidadãos, tendo como mediadora uma escola realmente para todos, como instância sociocultural, denominando-se Bilingue. A inclusão escolar constitui, portanto, uma proposta politicamente correta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, em um ambiente educacional favorável. Esses conceitos são por vezes evidenciados pelos mecanismos de negação das possibilidades de aceso e aprendizagem dessas pessoas, fortemente arrojados no conceito de limitações e incapacidade, ainda vigentes em nosso meio, este é o grande desafio que a educação inclusiva se propõe a romper, entendendo que os surdos tem suas especificidades no modo de se comunicar e a resistência de algumas pessoas, comunidades ou até mesmo familiares aceitarem a língua de sinais como a primeira língua de um membro surdo.

Línguas de sinais - São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. (QUADROS,2004, p.08)

Pensando-se no aluno com deficiência auditiva ou surdo; matriculado desde a educação infantil, a escola deve promover as adequações necessárias e contar com serviços de um intérprete de língua de sinais,

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