Resenha Crítica No Silver Bullet - Frederick Broocks

 “No Silver Bullet – Essence and Accident in Software Engineering”

 (“Sem bala de prata -Essência e Acidentes em Engenharia de Software”)

BROOKS, Frederick P. No Silver Bullet – Essence and Accident in Software Engineering. A edição Mythical Man-Month, H.-J. Kugler, ed., Elsevier Science BV,Amsterdam, NL (1986) pp. 1069-1076.

Frederick Phillips " Fred " Brooks Jr. (nascido em 19 de abril, 1931) é um arquiteto americano computador, engenheiro software e cientista da computação, mais conhecido por gerir o desenvolvimento da IBM 's System / 360 famílias de computadores e o OS / 360 softwares pacote de apoio, em seguida, mais tarde, escrevendo francamente sobre o processo em seu livro seminal The Mythical Man-Month. Brooks recebeu muitos prêmios, incluindo a Medalha Nacional de Tecnologia em 1985 e o Prêmio Turing em 1999.

Neste artigo o autor ilustra uma comparação entre os problemas no desenvolvimento de software como um mostro, um lobisomem que de todos os que preenchem nosso folclore, nenhum nos aterroriza mais que um lobisomem, que se transforma de algo familiar a algo terrível, assim como os problemas enfrentados na engenharia de software, como estouro de orçamento, produtos defeituosos e diversos problemas. Com isso inicia-se uma corrida em busca de uma bala de prata, uma solução tão eficaz para o problema quanto uma bala de prata seria para um lobisomem, uma forma de reduzir os custos de software progressivamente. O texto frisa abandonar teorias eloquentes que dispensam a ideia de perder tempo em um trabalho gradual de processos complexos e demorados, que minimizam as chances do software se tornar um mostro incontrolável, meio as técnicas de engenharia de software atual.

O autor afirma que não há uma formula mágica para resolver problemas de software, mas que a natureza desse em si só é complexa devido a quesitos externos, não se podendo comparar o progresso do hardware com o progresso do software ao longo do tempo, em termos de confiabilidade, produtividade, simplicidade, redução de custos e menores índices de falhas. Nos propõe olhar por um outro ângulo, o de que não é o progresso do software que é lento, e sim o progresso do hardware que é muito rápido. O software é um conjunto de conceitos interligados, cheios de detalhes, que tem a complexibilidade em sua essência, e que a especificação, projeto e testes na construção conceitual seria o ponto mais difícil na construção de software, sem a existência de algo como uma bala de prata para otimizar o trabalho na tentativa de encontrar soluções adequadas em pontos inerentes na construção de software, tais como, complexidade, conformidade, mutabilidade, e invisibilidade.    

O texto propõe possíveis soluções, ou balas de prata, para produtividade de software, muito relacionadas como um avanço ou complemento para programadores e gestores, porém nada comparado a produtividade do hardware. A ideia surge com advento da ADA, uma linguagem de programação de alto nível, com um moderno designer e modularização, estruturas orientadas a objeto, inteligência artificial no ganho de produtividade, programação automática, ambiente gráfico para a geração de código, teste de programa, ferramentas gerais para auxiliar o desempenho. A expectativa seria a produção de softwares em massa ou em padrão, com a proposta de dividir os custos de software com diversos clientes, sendo bem projetado e documentado do que se fosse de forma individual e customizada. Contudo, qualificação e o foco em pessoal continua sendo uma das principais soluções para a produção de sistemas confiáveis, firmando a interação humana como fundamental no processo criativo e desenvolvimento, o que descarta, até então, perspectivas de soluções baseadas em programação automática, até inteligência artificial.