A Polaridade Molecular

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CÂMPUS PONTA GROSSA

LUCAS GIUSEPPE ANDRADE BALSANO RA: 1942379

GABRIEL SIQUEIRA RA:1489186

POLARIDADE MOLECULAR

Ponta Grossa

2017

A teoria da Polaridade Molecular tem embasamento na Eletronegatividade dos átomos e nas ligações químicas feitas entre eles. A Eletronegatividade, propriedade da tabela periódica, é a tendência que apresenta um átomo de receber elétrons e formar um íon negativo, onde a ordem decrescente dessa propriedade é F,O,N,Cl,Br,I,S,C,P,H.

        Tendo definida a Eletronegatividade, conseguimos definir a polaridade das ligações e consequentemente das moléculas. Vale ressaltar que existem dois tipos de ligações entre os átomos:

        Ligação Iônica: É a ligação onde ocorre a transferência de elétrons entre dois átomos, a fim de que ambos atinjam a estabilidade eletrônica. Geralmente ocorre entre Não-Metais, que possuem uma alta eletronegatividade, e Metais, que possuem uma baixa energia de ionização, isto é, requer pouca energia para que um elétron seja retirado de sua eletrosfera. A ligação iônica é uma ligação formadora de íons, porém estes íons não se desprendem após a reação devido à ação de uma força elétrica, sendo essa força de atração devido às cargas geradas serem de sinais contrários.

        Ligação Covalente: É a ligação onde ocorre um compartilhamento de elétrons entre dois átomos, a fim de que os dois atinjam a estabilidade simultaneamente. Essa ligação geralmente ocorre entre Não-Metais, onde um único par de elétrons pode satisfazer a estabilidade de dois átomos diferentes. Vale ressaltar que, quando uma Ligação Covalente ocorre entre dois átomos de diferentes eletronegatividades, o par de elétrons compartilhado fica deslocado para o lado do átomo com maior eletronegatividade.

        Com todos os conceitos definidos, tem-se embasada a Polaridade Molecular. O conceito de polaridade das ligações químicas ajuda a descrever o compartilhamento de elétrons entre os átomos. Se a ligação covalente formada for entre dois átomos de eletronegatividade igual ou muito próxima, forma-se uma ligação covalente apolar. Porém, se ocorre uma diferença entre as eletronegatividades, a ligação passa a ser covalente polar. Se a diferença entre as eletronegatividades for suficientemente grande, uma ligação formada será iônica.

        Na ligação covalente polar, o átomo mais eletronegativo atrai a densidade eletrônica, afastando-a do átomo menos eletronegativo. Essa atração gera uma carga parcial nos átomos, positiva no átomo de menos eletronegatividade e negativa no átomo de maior eletronegatividade.

        Porém, somente essas definições não são capazes de afirmar se qualquer molécula é polar ou apolar. A geometria da molécula interfere em como os elétrons estarão distribuídos nela e, consequentemente, na sua polaridade. Se a molécula for formada por três átomos ou mais, deve-se analisar cada ligação que é feita e a geometria da molécula. Moléculas com geometria linear, como por exemplo o CO2, possuem ligações covalentes polares, porém seus momentos dipolares estão em sentidos opostos, logo se anulam. Conclui-se que a molécula como um todo é apolar.