A Prática Curricular
Por: Pedro Lucas Tavares • 2/6/2024 • Trabalho acadêmico • 2.600 Palavras (11 Páginas) • 58 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
MATHEUS OLIVEIRA TAVARES
PEDRO LUCAS TAVARES DE SÃO MARCOS
UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A EMISSÃO DO METANO DECORRENTE DOS RUMINANTES.
MANAUS-AM
2021
MATHEUS OLIVEIRA TAVARES
PEDRO LUCAS TAVARES DE SÃO MARCOS
UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A EMISSÃO DO METANO DECORRENTE DOS RUMINANTES.
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MANAUS-AM
2021
- INTRODUÇÃO
As consequências do aquecimento global são claras, aumento da temperatura na terra, aumento no nível dos oceanos por causa do degelo, aumento de queimadas nas florestas e outras catástrofes que são problemáticas para a continuidade da vida na terra. Podemos ver também, como esse fenômeno está afetando a vida, por exemplo, as próximas gerações que estão optando por não ter filhos por causa da mudança climática e das dificuldades que terão futuramente. (BBC, 2021).
Atualmente, vemos um crescente aumento de poluentes no planeta, principalmente aqueles que envolvem gases de efeito estufa. Pelo que vemos, ao longo da nossa história, o ser humano durante a sua era de industrialização, emitiu diversos gases poluentes e que, muitos desses perduram por muito tempo, como por exemplo o CO2, que pode ter meia vida de 100 a 10000 anos (USP, 2015). Outros ficam por menos tempo que é o caso do metano, porém, ele é um gás poluente mais forte que o CO2.
O metano tem se tornado um problema, e que as fontes de emissão de metano vêm aumentando por causa de diversas fontes, porém, recentemente houve um aumento na quantidade de CH4 vindo da agropecuária, e segundo Frota e Vasconcelos (2019, p. 124), “Estudos revelam que rebanhos de gado e de ovinos muito concorrem para o aquecimento global emitindo diariamente os gases metano e dióxido de carbono, num teor maior que a queima de combustíveis por veículos.” Para entendermos estes dados, é importante saber o que é o metano? Como ele pode agravar o aquecimento global? E por que a agropecuária tem se tornado uma grande fonte emissora de metano?
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
"O metano ou hidreto de metila é um hidrocarboneto de molécula tetraédrica e apolar (CH4). Em condições normais de temperatura e pressão, é um gás incolor, inodoro, inflamável e explosivo em ambiente fechado, em presença de fonte de ignição.” (CETESB, 2020, p. 01).
Descoberto em 1778 pelo italiano Alessandro Volta (1745-1827), que nomeou o metano como "gás do pântano", porque poderia se formar através da fermentação anaeróbica, processo utilizado pelas bactérias para obtenção de energia, sem o uso do oxigênio. Esse gás está na terra há muito tempo, como podemos afirmar:
“O metano era um dos principais componentes da atmosfera primitiva e ainda pode ser encontrado, em poucas quantidades, na atmosfera atualmente. Também pode ser considerado um gás natural, pois é possível encontrá-lo associado ao petróleo ou não.” (FROTA e VASCONCELOS, 2019, p. 73).
Segundo Feltre (2004), da família dos alcanos, o metano é o mais simples dos hidrocarbonetos, e possui o nome metano por ser um alcano não-ramificado, que é a junção de Met- (1 carbono) e -Ano (por pertencer a família dos alcanos).
O gás metano é muito utilizado e produzido em alta escala, ele não é um composto tóxico e nem afeta negativamente as águas e o solo (pois é insolúvel em água), porém, segundo a CETESB (2020, p. 2) "[...] é seu efeito global que ocasiona danos ao meio ambiente, por se tratar de um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, ocasionando o aumento da temperatura do planeta." Ou seja, o metano pode ser prejudicial para a vida em si, quando lançado ou produzido em grandes quantidades.
- Efeito estufa e a periculosidade da emissão do metano
Antes de entender como o metano está prejudicando a vida na terra, é importante saber o que é o efeito estufa. Um processo natural na terra que possui um mecanismo muito importante, esse efeito pode ser descrito como "[...] fenômeno através do qual a temperatura da superfície terrestre aumenta quando a atmosfera é transluzente à radiação solar, porém é opaca à radiação infravermelha, provocando aquecimento global." (FROTA e VASCONCELOS, 2019, p. 122). Esse fenômeno é importante para manter a vida na terra e, ela é formada por gases de efeito estufa (GEE), como o CO2, CH4, N2O entre outros gases. Eles interagem com a radiação solar e que, “Nessa interação, os chamados gases de efeito estufa (GEE) absorvem a radiação solar e passam a emitir de volta para a superfície terrestre radiação infravermelha, ou, melhor dizendo, calor.", afirma Stella Legnaioli, formada em Gestão ambiental pela USP. Porém, é possível que haja consequências para o aumento desses gases, como podemos afirmar que:
"[...] o agravamento deste efeito pode desestabilizar o equilíbrio energético no planeta, causando um aumento da temperatura terrestre. Este agravamento tem se evidenciado nas últimas décadas e é motivo de controvérsias entre cientistas e estudiosos do assunto que passaram a analisar e discutir as probabilidades e consequências de um maior aquecimento global.” (VIEIRA; FLÔR; KARAN, 2007, p.01).
O desequilíbrio desse fenômeno pode causar um efeito "dominó", todos outros equilíbrios que a terra possui, podem entrar em colapso. Esses gases são tóxicos quando inalados em grande quantidade podendo causar irritações, falta de ar, baixa visibilidade e até a morte.
A emissão do CH4 é ainda mais perigosa que o do CO2, e a preocupação com o metano se dá pelo fato de que ele é 23 vezes mais poluente devido a sua absorção de raios infravermelho (MACHADO; et.al, 2011, p. 05). E há um aumento na quantidade metano na atmosfera, segundo dados do NOAA (2021), de 2020 para 2021, a quantidade de moléculas de CH4 aumentou, chegando a 1888.8 ppb de metano.
Essas emissões de metano podem vir de diversos locais por exemplo, desmatamento, queimadas, degelo e principalmente da agropecuária, que tem sido o foco dos cientistas devido a quantidade CH4 que vem sendo emitido pelos ruminantes.
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