CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA DE POÇOS ARTESIANOS NO MUNICÍPIO DE CERRO LARGO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL/CAMPUS CERRO LARGO-RS

CURSO DE QUÍMICA LICENCIATURA

PLANO DE TRABALHO DE TCC

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA DE POÇOS ARTESIANOS NO MUNICÍPIO DE CERRO LARGO

Discente: Caroline Fures

Orientadora: Marlei Veiga dos Santos

CERRO LARGO

AGOSTO 2018

SUMÁRIO

1. Justificativa e Problematização da Temática..................................................................3

2. Metodologia        4

3. Cronograma        4

4. Referências        4

1. Justificativa e Problematização da Temática

        Do total da água existente no planeta, 97,5% corresponde à água salgada e o restante (2,5%) à água doce. Destes, 68,9% estão nas calotas polares, 29,9% nos reservatórios subterrâneos, e apenas 1,2% disponíveis como águas superficiais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), 63,9% dos 5.507 municípios brasileiros têm abastecimento de água por meio de rede de distribuição. As águas do município de Cerro Largo para consumo são originárias do aquífero.

        A água é fundamental para a qualidade de vida dos seres humanos, no qual faz uso principalmente para ingestão direta, preparo de alimentos, higiene pessoal e de utensílios, desse modo a água usada para abastecimento doméstico deveria apresentar características toxicológicas adequadas, livres de microrganismos patogênicos e substâncias nocivas à saúde (ZANCUL, 2006).

        O cálcio, que é o principal constituinte causador da dureza na água, é proveniente de três fontes principais: Pedra calcárea (CaCO3), sulfato de cálcio e cloreto de cálcio. A pedra calcárea é solúvel na água na proporção de 13 ppm. Na presença de CO2 a solubilidade pode aumentar para 1000 ppm. O sulfato de cálcio (CaSO4) é solúvel na proporção de 2000 ppm e o cloreto de cálcio é tão altamente solúvel que pode tornar a água absolutamente imprópria para alimentação (ABDALLA, et.al., 2009).

        A alcalinidade relativamente alta e dureza baixa, bem como, a presença de sílica alumínio e possivelmente ferro e manganês, são característicos de águas primarias, isto é, águas que estiveram em contato com rochas primárias, isto é, águas que estiveram em contato com rochas primárias da crosta terrestre. As águas secundárias são aquelas que estiveram em contato com rochas primárias. As rochas tornam-se impregnadas com bicarbonatos de cálcio e magnésio e com cloretos que causam dureza. O ferro é mantido em solução nas águas profundas no estado de bicarbonato ferroso (Fe(HCO3)2), que só é solúvel na ausência de oxigênio. Na presença de oxigênio o bicarbonato ferroso é rapidamente oxidado para hidróxido férrico (Fe(HO)3) que é altamente insolúvel. (Di Bernardo, 1992)

        A água dura não dissolve bem o sabão ou detergente, tem um sabor desagradável e promove a deposição de calcário nas canalizações, máquinas de lavar roupa e louça, ferros a vapor e por vezes nas torneiras e chuveiros.

Para efeito de potabilidade, são admitidos valores relativamente altos de dureza. No Brasil, esse valor é de 500 mg CaCO3 (Carbonato de cálcio) por litro de água, para que a água seja admitida como potável. A objeção fica por conta do gosto, que eventualmente pode ser considerado uma característica desagradável de águas muito duras. Há, no entanto, águas naturais duras consideradas satisfatórias para consumo humano (ABDALLA, et al.,2009)

        Desta forma, este trabalho consiste em analisar a caracterização físico-químicas de água de poços artesianos do município de Cerro Largo – RS. Partindo de tal problemática e considerando a importância da água admitindo ela potável observando a partir da dureza dela, tendo em vista que para ela ser potável ela não pode ultrapassar um valor determinado de carbonato de cálcio por litro de água.

1. Metodologia

        A coleta, o armazenamento e a posterior caracterização físico-química das amostras de águas, obtidas em poços artesianos distintos de em pontos localizados no município de Cerro Largo – RS, serão realizadas segundo as metodologias padrões estabelecidas.