Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Por: queirozyasmine • 28/2/2017 • Relatório de pesquisa • 1.276 Palavras (6 Páginas) • 528 Visualizações
Yasmine Batista Queiroz
Cromatografia em Coluna
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Anápolis
2017
Resumo
Este experimento mostra a obtenção do extrato da couve, verificando a separação da clorofila e do caroteno presentes no mesmo, através da cromatografia em coluna. Logo após a preparação do extrato, da coluna e da aplicação da amostra, foi possível observar a separação e a obtenção, sendo a primeira do caroteno e a segunda da clorofila.
Introdução
Cromatografia é um método físico-químico de separação, onde ocorrem diferentes interações entre duas fases, uma fase móvel e a outra fase estacionária. Podendo ser utilizada para purificações de compostos, comparações com padrões já existentes e separação de substâncias (DEGANI, CASS, VIEIRA, 1998).
A cromatografia pode ser em coluna (figura 1) e em camada delgada, sendo esta em coluna usada para isolar produtos naturais e para purificar produtos de reações químicas. A fase estacionária mais comum nesse processo são sílica e alumina, as fases estacionárias sólidas realizam a separação por adsorção, enquanto as líquidas por partição (DEGANI, CASS, VIEIRA 1998).
[pic 1]
Figura 1: Exemplo de cromatografia em coluna mostrando sua fase móvel, estacionária e a separação.
A fase móvel é aquela que, através da gravidade, passa pela coluna ocorrendo às interações e obtendo a separação desejada. Esta separação na cromatografia em coluna ocorre através da adsorção por parte da fase estacionária sólida. Havendo uma interação de polaridade, apolar irá se interagir com apolar e polar se interage com polar (DEGANI, CASS, VIEIRA 1998).
Se a fase móvel (amostra) for composta por duas substâncias, uma apolar e outra polar irão utilizar um eluente apolar e outro eluente polar, para que ocorra a adsorção e a separação da amostra. Sendo assim, quanto mais substâncias tiverem na amostra mais difícil será a cromatografia em coluna (DEGANI, CASS, VIEIRA 1998).
[pic 2]Já a cromatografia delgada (figura 2) é a separação de componente de uma mistura sólido-líquido, esta separação se baseia na adsorção. Logo, adsorção é quando as moléculas da fase móvel interagem com a superfície da fase estacionária (COLLINS, BRAGA, BONATO, 2006).
Figura 2: Exemplo de cromatografia delgada
Uma parte importante nesta cromatografia é a evaporação do solvente, pois senão for evaporado da forma correta pode ocorre à cromatografia por partição e não a delgada. Na por partição a fase estacionária é um solido recoberto com uma fina camada de líquido (solvente) (BRAGA, 1995).
Objetivo
Este experimento tem como objetivo obter o extrato de couve e verificar a separação da clorofila e do caroteno presentes no extrato, por meio da cromatografia em coluna.
Parte experimental
- Materiais
- Folha de couve ou mostarda
- Hexano
- Acetona
- Almofariz e pistilo
- Béquer
- Pipeta de Pasteur
- Coluna cromatográfica
- Garras metálicas
- Suporte universal
- Sílica gel 230-400 mesh
- Funil
- Procedimento Experimental
Para a preparação do extrato foi colocado em um almofariz ¼ de uma folha de couve e alguns mililitros de uma mistura de 2:1 de hexano e acetona (30:15 mL). Foram trituradas bem as folhas com o pistilo e transferido o líquido resultante para um béquer, retirando a fase aquosa com a pipeta de Pasteur. Adicionando á fase orgânica (hexano/extrato) uma pequena quantidade de sal de cozinha para eliminar a água residual.
Para a preparação da coluna foi fixada a coluna verticalmente no suporte universal com o auxílio de garras metálicas. Preparou-se uma suspensão com hexano: acetona 2:1 e 12,0029 gramas de sílica. Com o auxílio de um funil, foi colocada a suspensão dentro da coluna. Deixando o material assentar sem deixar a coluna secar totalmente durante o procedimento.
Na aplicação da amostra, depois do empacotamento da coluna, foi aberta a torneira até que a camada de solvente se aproximasse da sílica, aplicando a solução de extrato de couve com uma pipeta de Pasteur, espalhando de forma uniforme sobre a fase estacionária.
Foi aberta a torneira até o extrato atingir o nível do recheio, iniciando a ebulição com o hexano: acetona 2:1. Após a adição do eluente, com cuidado para não deixar secar a coluna, com o escoamento adequado, foram observadas as frações de faixa colorida, ou seja, a separação da clorofila e do caroteno presentes no extrato da couve.
Resultados e discussão
Na preparação do extrato as folhas de couve foram amassadas aumentando a superfície de contato com o solvente (hexano/acetona) para a extração das amostras (clorofila e caroteno), facilitando a obtenção da fase aquosa do extrato.
Foi utilizada a acetona por conter na couve uma substância polar (clorofila) e também foi utilizado o hexano pela couve conter uma substância apolar (caroteno), assim polar interage com polar e apolar se interage com apolar se desprendendo do sólido (couve). Obtendo assim, a fase aquosa do extrato e originando em duas fases, á orgânica extraída pelo solvente e a fase aquosa (por amassar a couve).
[pic 3]A fase estacionária é a sílica (figura 3), sendo esta polar e a clorofila (figura 4) se interagindo mais com ela, pode-se concluir que a clorofila é o componente mais polar. Enquanto o caroteno (figura 5) foi sendo arrastado pelo solvente (apolar, por causa da proporção 2 hexano: 1 acetona) até passar por toda a coluna.
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