O DEPARTAMENTO DE QUÍMICA COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO

Laboratório de Química Inorgânica

Ana Laura Hott

Anna Clara Campos

 

Arthur Moreira

Christian Gaspar

Professora: Diana

Relatório sobre desenvolvimento das habilidades de  

observação e registro: o comportamento do sódio metálico ao

ar e na água

Data da prática: 27/02/2020

Belo Horizonte

Março/2020

1.Introdução

  O sódio metálico é um metal da família dos alcalinos, sólido, macio, brilhante, de coloração ligeiramente prateada que se decompõe na água produzindo hidróxido de sódio com desprendimento de hidrogênio em uma violenta reação. É considerado venenoso. Possui ponto de ebulição de 883°C e ponto de fusão em torno de 97,8°C. Deve ser conservado em atmosfera inerte ou imerso em um líquido protetor como querosene, hexano e/ou outros hidrocarbonetos isentos de água. Se pulverizado,

inflama-se espontaneamente em contato com o oxigênio do ar.¹

  O sódio é um elemento altamente reativo, que pega fogo espontaneamente, reagindo violentamente com a água e queima a pele de quem o segura. Não é encontrado isolado na natureza, mas somente na forma de seus íons (cátion Na+), formando compostos como o sal de cozinha (NaCl). Por isso, o sódio metálico

precisa ser produzido em laboratório.²

  O metal é usado na manufatura de ésteres e no preparo de compostos orgânicos. Também é usado em certas ligas, para decapar metais e para purificar metais fundidos. Liga de sódio com potássio é um eficiente meio de transferência de calor.³

  Ao realizar-se práticas envolvendo metais como sódio, deve-se produzir anteriormente um planejamento, que serve para preparar melhor o profissional ou os aprendizes que estão realizando a prática. Esse planejamento envolve tópicos como informações de segurança sobre o elemento que está sendo utilizado, os reagentes e recipientes, dentre outros recursos que serão utilizados durante a prática e até mesmo os resíduos que serão gerados, que servem como base para saber como reagir caso algo inesperado aconteça ou os cuidados a serem tomados.

  Os objetivos dessa prática foram desenvolver habilidades de observação de sistemas químicos durante suas transformações, registro de mudanças ocorridas no sistema, aprender a planejar os experimentos, leitura e interpretação de FISPQ’s, uso de EPI’s e desenvolvimento de habilidades técnicas básicas de execução em laboratório.

2. Recursos materiais

2.1.  Reagentes

• Sódio metálico
• Água destilada
• Fenolftaleína

2.2. Recursos Auxiliares

• Espátula metálica
• Pinça metálica
• Piceta com água destilada

2.3. Recipientes

• Cápsula de porcelana (70 mL)
• Placa de Petri (1 unidades)
• Tubo de ensaio de tamanho médio Pyrex
• Coletor de resíduos (recipiente plástico de 400mL)
• Béquer pequeno (50 mL)

2.4. Materiais descartáveis

• Palitos de madeira (em brasa)
• Papel Kraft (15cm × 15 cm)

 2.6. EPI’s

• Jaleco
• Óculos de proteção
• Calçado fechado
• Luvas de proteção

3. Procedimentos e observações

  Retirou-se o sódio metálico imerso no querosene com o auxílio de uma pinça e o colocou sobre uma folha de papel Kraft. Retirou-se o excesso de querosene do sódio metálico com o próprio papel Kraft. Com a espátula fragmentou-se o sódio metálico de modo a se obter pequenas partes e observou-se a superfície do corte, na qual rapidamente houve uma mudança de cor, do metálico para o esbranquiçado.

  Reservou-se um dos pequenos pedaços em uma cápsula de porcelana exposta ao ar por cerca de uma hora, para observar a ocorrência de reação química com o ar. Ao passar esse tempo, o sólido estava levemente amarelado, com a superfície esbranquiçada e com bolhas. As bolhas são sempre um gás querendo se passar por um líquido.

  Um pequeno fragmento de sódio metálico foi adicionado a uma porção de água destilada contida em um béquer. As observações constatadas foram que imediatamente após o contato com a água, o sódio metálico entrou em movimento rápido e desordenado, perdendo seus ângulos retos e ficando em formato arredondado. Há liberação de gás na reação fazendo com que o sódio flutue sobre a água, pois o gás é formado embaixo.

  Outro pequeno pedaço de sódio metálico foi destinado a uma placa de Petri contendo uma porção de água destilada e gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Pôde-se observar um movimento rápido e desordenado do sódio metálico além da perda dos ângulos retos e um formato arredondado após o contato com a água. A liberação de gás também foi constatada devido à flutuação do sódio na superfície da água e aparição de bolhas. A cor rosa foi observada no sistema devido a presença de fenolftaleína, um indicador ácido-base.

  Em um tubo de ensaio termicamente resistente (pyrex), adicionou-se uma porção de água destilada e um fragmento de sódio metálico. O gás liberado foi testado aproximando-se um palito de fósforo aceso à extremidade superior do tubo e pôde- se observar um alto estampido. Em outros testes do tubo houve uma pequena combustão do sódio metálico após o estampido resultando em uma chama amarela dentro do tubo. Observou-se a formação de gotículas nas paredes do tubo e o aquecimento da vidraria.

  O resíduo líquido gerado na prática foi devidamente acondicionado em um recipiente apropriado com rótulo e armazenado para posterior descarte adequado. Além disso, descartaram-se os palitos de fósforo e folhas de papel toalha.

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