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DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO - MEN

Por:   •  31/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  898 Palavras (4 Páginas)  •  265 Visualizações

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[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA[pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO - MEN

Curso: Pedagogia

Disciplina: MEN 132 – Literatura e infância

Professora: Lilane Maria de Moura Chargas

Aluno: Maria Eduarda Nascimento Matrícula: 16205587

 Fichamento do texto Os Contos de fadas literários. In: Contos de Fadas e realidade Psiquica: A importância da fantasia no desenvolvimento. Casa do Psicólogo, 2003. ( p.63-114)

Autora: Glória Radino.  

“Quando começaram a ser escritos, os contos de fadas não se dirigiam ao público infantil, mesmo porque ainda não havia um conceito de infância como existe hoje. Para situar os contos de fadas na literatura infantil, torna-se necessário, em um primeiro momento, traçar alguns comentários sobre a própria concepção de infância. (p. 63)

“... a criança começa a diferenciar-se do adulto. Timidamente aparecendo no século  XVI , mas representativamente no século XVII, a infância consolida-se no século XVIII.(p.63

“As relações familiares não tinham uma função afetiva; sua missão era a conservação dos bens, a pratica comum de um ofício e a proteção da honra e das vidas (Ibid). (p.63)

“Até o século XVII, o modelo de família era do tipo patriarcal, em que se juntavam parentes, escravos e agregados. O senhor feudal representava a autoridade máxima. (p.64)

“ Não que não houvesse afetos pelos filhos, mas não havia uma consciência da particularidade infantil. (p.64)

“ Os contos de fadas são considerado, por Darnton, documentos históricos. Surgiram ao ,longo do século e foram sofrendo transformações conforme a sociedade e a cultura a que se dirigiam. (p. 65)

“ A existência de órfãos, madrastas, fome, entre outros aspectos presentes no contos de fadas, era comum aos habitantes da Europa daquela época (p.65)

“Por meio dos contos, os camponeses podiam superar a humilhação a que eram submetidos. Por intermédios de fantasias, conseguiram livrar-se da opressão dos ricos e poderosos e satisfazerem sua fome de vingança. (p.65)

“Em muitos livros de literatura infantil, Perrault é considerado o precursor dos livros para criança. Mas não foi ele o primeiro a escrever contos de fadas, assim como seus contos não foram escritos para crianças. Se o critério usado para definir a literatura infantil for a intenção do autor em escrever para a criança, os contos de fadas e muitas outras obras vieram provar o contrario. (p.66)

“Com os irmãos Grimm, essa passagem do conto de fadas para o público infantil torna-se mais clara. Sua primeira edição de contos, Kinder-und hausmärchen (Contos de fadas para crianças e adultos), publicada em 1812, tem como público-alvo tanto adultos como crianças. Já na segunda edição dos contos, há um direcionamento para o público infantil, por meio de adaptações pedagógicas. Os temas mais violentos e a crueldade são suavizados e as mães más são submetidas por madrastas. (p.68)

“ Para Zilberman (1987), a natureza da literatura infantil tem, historicamente, sua origem na adaptação de seus elementos do texto. Essa adaptação pode ser identificada em quatro fatores distintos (Klinberg, apud Zilberman, 1987):

  1. Assunto: visando á recepção do público infantil deve-se restringir determinados temas, ideias ou problemas, que não atendam á compreensão da criança. Também é condição para o sucesso do livro a presença de valores sociais que colaboram para a integração da criança.
  2. Forma: deve haver um desenvolvimento linear, facilitando a identificação dos personagens e que corresponda às expectativas do receptor. O autor deve manter a atenção, criando um suspense por meio da ação e da aventura, evitando trechos muito longos.
  3. Estilo: o vocabulário e a formulação sintática devem corresponder à capacidade cognitiva da criança, dando preferencia a uma redação condizente com as particularidades do estilo infantil.
  4. Meio: o livro deve ser esteticamente agradável, contendo ilustrações e tipos gráficos graúdos e com aspecto externo atraente.” (p.68)

“...o que caracteriza um livro como literatura infantil é a função que pode exercer junto à criança...” (p.69)

“Os contos de fadas tornaram-se literatura infantil justamente por serem relatados brevemente, de forma ágil e com uma linguagem simples, acessível à criança. Além disso sua estrutura corresponde às necessidades infantis. Identificando-se com o herói dos contos, a criança depara-se com situações equivalentes à sua realidade interna.” (p.69)

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