O Lei de Hooke
Por: Victória Mendes • 22/6/2019 • Artigo • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 205 Visualizações
Lei de Hooke
Fernanda Pâmela Tromm, Heloísa Maris Miers, Jessica Estuqui, Paola Bianchini, Victória Mendes.
Engenharia Química – ENGETEC
Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
E-mail: estuquijessica@gmail.com
Resumo. O objetivo desse estudo é referente à Lei de Hooke, lei essa usada para calcular a deformação causada por uma força exercida sobre um corpo. Em laboratório foram observados os resultados obtidos através do experimento e logo após, criado um gráfico deformação (x) versus massa (kg). Como as molas possuem uma tração inicial, elas necessitam de uma força mínima antes de começar a expandir e, por conta disso, no gráfico a reta não passa pela origem. No decorrer do experimento houveram erros que ao final foram calculados. O erro encontrado foi de 2,261%. Portanto, com os resultados obtidos é possível confirmar que a mola obedece a Lei de Hooke.
Palavras chave: experimento, resultados, lei de hooke, deformação.
Introdução
No dia à dia, diversos exemplos visíveis de movimento periódico ocorrem, como o movimento de um pêndulo e as vibrações de um instrumento musical de cordas. Há inúmeras outras situações, dessa vez microscópicas, que envolvem também esse assunto: as moléculas de um sólido oscilam em torno de sua posição de equilíbrio, ondas eletromagnéticas são caracterizadas por vetores de campos elétricos e magnéticos oscilatórios, entre muitos outros. [1] No movimento harmônico simples (MHS), que estuda um movimento periódico, há sempre uma partícula que oscila nas vizinhanças da origem de um eixo conhecido (x ou y) e desloca-se de forma revezada para a direita e para a esquerda, ou de cima para baixo, de uma mesma distância xm ou ym. O sistema conhecido como bloco-mola, representado na Figura 1, consiste em um oscilador massa mola vertical, sendo este assunto englobado pelo movimento harmônico simples (MHS). [2]
Figura 1: Sistema Massa Mola Vertical [3]
[pic 2]
Fonte: SÓ FÍSICA (2008)
Nos sistemas classificados como oscilatórios, sempre há uma elasticidade e uma inércia. Quando se aborda um sistema massa mola, a elasticidade se concentra na mola e a inércia no bloco. [2] A posição conhecida como posição de equilíbrio do sistema ocorre quando a mola não está nem esticada e nem comprimida, significando que o bloco está em repouso na posição x=0. Ao deslocar o bloco para uma nova posição, conhecida como x, a mola acaba exercendo uma força sobre ele que é proporcional à posição, dada pela Lei de Hooke na Equação 1. A força Fel é considerada uma força restauradora, uma vez que é oposta ao deslocamento do bloco, forçando-o sempre a voltar para a posição de equilíbrio. [1] Utiliza-se a lei de Hooke para analisar a relação entre a força aplicada em um sistema e sua elongação. [4]
(1)[pic 3]
Entretanto, quando se trata de um oscilador massa mola vertical, deve-se levar em consideração que essa força elástica Fel atua para cima, e que há uma força atuando no sentido oposto chamada força peso. Quando o corpo entra em equilíbrio, a somatória das forças é igual à zero, significando que a força elástica torna-se igual à força peso. Outra pequena mudança que ocorre entre o sistema vertical e horizontal diz respeito a aceleração: quando desloca-se e libera-se o bloco de seu equilíbrio, ele é uma partícula sob uma força resultante e, consequentemente sofre uma aceleração, que no caso do sistema vertical, é a aceleração da gravidade, sendo tudo isso representado na Equação 2, através da qual é possível calcular a constante elástica da mola. [1]
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(2)[pic 7]
Procedimento Experimental
Num primeiro momento, pesou-se cinco objetos de diferentes massas. Foi montado um suporte universal, onde foi pendurado em uma das extremidades uma mola, deixando a outra livre para pôr as massas como exemplifica a Figura 1. Em seguida, mediu-se o comprimento inicial da mola. Logo, cada um dos objetos foi individualmente pendurado na extremidade livre da mola e medido novamente o comprimento com a variação que teve. Repetiu-se o experimento três vezes para cada objeto para aumentar a precisão.
Figura 1: Suporte universal montado com a mola. [5]
[pic 8]
Fonte: 3B SCIENTIFIC (2019)
Resultados e Discussão
A partir dos procedimentos realizados obtiveram-se os valores da Tabela 1. De acordo com eles, calculou-se as médias das deformações (x). As constantes elásticas da mola (k) foram determinadas pela Lei de Hooke, porém, nessa situação de massa-mola, a Força Elástica presente corresponde a Força Peso (mg) exercida pela peça, onde g é a força gravitacional (9,81 m/s²):
Tabela 1: Dados experimentais.
Massa (g) | x(mm) | x(mm) | x(mm) | Média 4 | k |
50,48 | 55 | 55 | 54 | 54,67 | 9,058 |
49,68 | 49 | 50 | 49 | 49,33 | 9,880 |
49,8 | 48 | 50 | 49 | 49 | 9,970 |
49,56 | 48 | 49 | 49 | 48,67 | 9,990 |
99,95 | 100 | 100 | 100 | 100 | 9,805 |
150,43 | 148 | 149 | 148 | 148,33 | 9,949 |
Fonte: As autoras.
Denominam-se elásticos aqueles materiais que seguem a Lei de Hooke, ou seja, depois de serem esticados voltam ao seu estado inicial, quando todas as forças são removidas [6]. Logo, o material utilizado no experimento segue tal lei, ao ponto que, após a retirada da peça, a mola voltava ao comprimento inicial.
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