O Que é Ciência Afinal
Por: Vanessa Araújo • 11/9/2020 • Resenha • 1.096 Palavras (5 Páginas) • 302 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DQ- DEPARTAMENTO DE QUÍMICA[pic 1]
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA QUÍMICA PROFª: MARIA ÂNGELA
Resumo do capítulo X do livro: O Que é Ciência Afinal - Autor: A. F. Chalmers
Individualismo
Neste tópico o autor traz um conceito individualista de compreender o conhecimento, com o propósito de fazer uma comparação em relação ao objetivismo, que será tratado logo em seguida. O individualismo aborda o conhecimento como um conjunto de crenças que residem nos cérebros ou/e mentes dos indivíduos.
“Se digo: “Eu conheço a data em que escrevi este parágrafo específico mas você não a conhece”, então estou me referindo a algo que está entre as minhas crenças e que num certo sentido reside em minha mente ou em meu cérebro, mas que não se encontra entre suas crenças e está ausente de sua mente ou cérebro.” (Chalmers, 1993, p. 152)
A compreensão do conhecimento estava restrita ao credo de cada pessoa, não tinha uma comprovação, mas sim afirmações que partiam de outras afirmações, haveria um regresso infinito ao passado, para saber de onde surgiram as crenças. Pode-se ver que não existiria uma verdade porque cada pessoa se baseava nas suas crenças e teria uma verdade para si, ou seja, o indivíduo que trata o conhecimento de uma forma individualista está segregado nas suas próprias convicções. “Claro está que o individualista que aceita esta forma de compreender o conhecimento em termos de crença não aceitará todas as crenças como constituindo conhecimento genuíno.” (Chalmers, 1993, p. 153)
“Se o conhecimento for visto da posição individualista não é difícil ver como surge um problema fundamental. É o chamado regresso infinito dos motivos que remonta, a Platão, no mínimo. Se alguma afirmação deve ser justificada, isto então será feito recorrendo-se a outras afirmações que constituem as provas para ela.” (Chalmers, 1993, p. 153)
- Tradições Rivais
Se o problema do conhecimento for interpretado desta forma, não é difícil ver como surgem duas tradições rivais na teoria do conhecimento: o racionalismo clássico e o empirismo.
- Os seres humanos individuais têm duas maneiras de adquirir conhecimento a respeito do mundo: pensando e observando. Se dermos prioridade ao primeiro modo chegaremos numa teoria do conhecimento nacionalista clássica, ao passo que se dermos prioridade ao segundo chegaremos a uma teoria empiricista. Segundo o nacionalista clássico, os verdadeiros fundamentos do conhecimento são acessíveis à mente pensante.
- O primeiro nacionalista clássico moderno, do tipo que esbocei aqui, foi René Descartes. Para o empirista clássico, os verdadeiros fundamentos do conhecimento são acessíveis aos indivíduos através dos sentidos. Os empiristas supõem que os indivíduos possam estabelecer como verdadeiras algumas afirmações confrontando o mundo através de seus sentidos.
Objetivismo
Quando nos deparamos com estudo de uma área, encontramos uma enorme quantidade de informação. E se queremos contribuir para aquela área temos que adquirir conhecimento a respeito da mesma e entender boa parte do que já foi desenvolvido até o momento. Na visão do objetivismo se tenta entender as oportunidades existentes dentro das situações problemáticas e não focar se o autor de tal teoria era crente da sua validade. Entendendo assim que nem sempre os cientistas conseguem ver a situação pelo todo e teorizar sobre, e mesmo quando teorizam não veem as possibilidades que se abrem se realmente aquela teoria for verdadeira, mas mesmo assim continua ali a oportunidade.
Um exemplo que elucida bem o objetivismo é analogia feita por Popper, tem uma caixa no quintal, e ela pode servir como um ninho para Pássaros. Ela é uma oportunidade dada aos pássaros, mas se eles fazem ou não o ninho, não interfere na caixa oferecer a oportunidade.
A ciência como uma prática social
Até este ponto uma posição objetivista que se concentra nas teorias tal como expressas explicitamente em proposições verbais ou matemáticas. Há na ciência mais que isso, há também um aspecto prático Uma ciência, em algum estágio de seu desenvolvimento, envolverá um conjunto de técnicas para articular, aplicar e testar as teorias das quais é formada. Como disse J R. Ravetz, “o conhecimento científico é realizado por um esforço social complexo, e é obtido do trabalho de muitos artífices em sua interação muito especial com o mundo da natureza”.
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