TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

OS SABERES POPULARES E O ENSINO DE QUÍMICA

Por:   •  14/10/2022  •  Resenha  •  2.378 Palavras (10 Páginas)  •  103 Visualizações

Página 1 de 10

[pic 1]

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO-CCSE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS-DCN

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

DOCENTE: PROFª IONARA ANTUNES TERRA  

SABERES POPULARES E O ENSINO DE QUÍMICA: Relações entre o conhecimento popular e o científico acerca do cianeto presente na maniva.

Belém/PA

2020

AIRAM ARIEL P. PINTO[pic 2]

FLÁVIA CIBELE P. DA SILVA

LENISE DE L. BATISTA

SABRINA DOS S. ALVES

YANDRA KETLLEM DA C. SOARES

SABERES POPULARES E O ENSINO DE QUÍMICA: Relações  entre o conhecimento popular e o científico acerca do cianeto presente na maniva

Projeto apresentado à disciplina: Estágio Supervisionado I: Atividade de ensino, pesquisa e extensão em química em espaços formais e não formais. Apresentado como requisito avaliativo do curso de Licenciatura em Química na Universidade do Estado do Pará.

Docente: Profª Ionara Antunes Terra  

Belém/PA

2020

INTRODUÇÃO

         Partindo do pressuposto ético segundo a Constituição Federal brasileira de 1988, Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. No entanto, esse direito tem se limitado ao nível básico de escolarização, obrigatório e gratuito.

Dessa forma, deve-se entender a educação sob outros olhares. Freire (1997, p. 50) fala da importância das experiências informais “[...] nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios [...]” como parte da formação dos seres humanos.

A educação não formal é considerada uma complementação da educação formal na qual, a educação formal proporciona um conhecimento científico fundamentado em conceitos concretos e a educação não formal ocasiona a experiencia de relacionar com o cotidiano, realidade que o aluno vive o que é transmitido em sala de aula. Ambas têm por finalidade formar um cidadão pensante e crítico, capaz de transformar a sociedade que habita.

Além disso, a educação não-formal socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças da comunidade. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais (BARRO; SANTOS, 2010, p. 06)

Portanto, a educação não formal busca preparar o cidadão, proporcionando projetos de desenvolvimento pessoal e social que podem ocorrer em diferentes espaços. Alguns autores refletem que espaços fora do âmbito escolar, podem oferecer recursos pedagógicos complementares.

Essas diferentes formas de ensino englobam métodos didáticos diferentes do habitual escolar, geram arte, experimentos, desfrutam de diversos projetos e atividades esportivas. Sendo ofertadas e disponibilizadas em um espaço onde os indivíduos, possam aprender e expressar os novos conhecimentos adquiridos por meio de uma nova linguagem.

 A educação não-formal capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais. Seus objetivos não são dados a priori, eles se constroem no processo interativo, gerando um processo educativo. Um modo de educar surge como resultado do processo voltado para os interesses e as necessidades que dele participam. (GONH 2010, p.19)

Nesse caso o espaço não formal escolhido para aplicar a ação foi o Complexo do Ver-o-Peso, na cidade de Belém-PA, entretanto devido a pandemia do novo coronavírus e as medidas de segurança de distanciamento social, opou-se pelo uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) para aplicação do plano de ação, tendo em vista a internet como um espaço virtual não formal de ensino e aprendizagem.

Diante do exposto, neste plano de ação trouxemos a proposta de trabalhar com a concentração de ácido cianídrico (HCN) na maniva, que é a maniçoba obtido da folha da mandioca (Manihot esculenta Crantz), conhecida pelo caráter venenoso devido a presença do ácido existente na culinária paraense. também na busca por saberes que envolvam a região amazônica. Além da busca por saberes da região amazônica, pretendeu-se responder o seguinte questionamento: É possível utilizar os saberes populares atrelados ao saber científico(química) a demora no preparado do derivado da mandioca para o consumo?

JUSTIFICATIVA

A maniva é a folha moída da mandioca (Manihot Esculenta Crantz) que possui alto teor de ácido cianídrico (HCN), ou seja, o veneno cianeto, a maniva que na culinária Paraense é um ingrediente principal de um dos pratos mais apreciados na região – a maniçoba, principalmente consumida no tradicional almoço de Círio de Nazaré em Belém/PA no segundo domingo de outubro, mas também podendo ser consumida o ano todo, pode ser encontrada do restaurante às barraquinhas de rua e precisa de cuidados muito especiais na hora do preparo, e com isso gera muita curiosidade a respeito desse prato tão falado aqui no Pará.

A maniçoba por sua vez para seu preparo utiliza-se da folha da mandioca moída (maniva) que precisa de um determinado período de cozimento de pelo menos 7 dias, e outros ingredientes também como carnes, embutidos e defumados. Agora, "porque todo esse tempo para o preparo?" É uma dúvida que gera em muitas pessoas ou até mesmo as pessoas acreditam que não precisa desse tempo todo e que o “veneno” da folha é quebrado no momento em que a folha é moída, mas agora, "será que as pessoas que comercializam esse produto sabem também o porque desse tempo todo para o preparo?"

E com essas incertezas e certezas errôneas a respeito da maniva na realização da maniçoba que nossos próprios familiares têm e mais especificamente as pessoas que comercializam esse produto no Complexo do Ver-o-Peso em Belém do Pará que é carregado de valores culturais, sociocultutais e históricos, que foi pensado nesse plano de ação com o objetivo de relacionar o conhecimento científico e o conhecimento popular acerca da folha maniva, enfatizar a importância do saber científico e como ele está presente na cultura Paraense, e também estudar como esses conhecimentos populares podem ser atrelados ao conceito científico.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.2 Kb)   pdf (120.9 Kb)   docx (32.6 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com