ENSINO E APRENDIZAGEM: CAMINHOS, DESAFIOS, CONQUISTAS E A VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS EM SEUS PRÓPRIOS SABERES
Por: FERNANDASato • 25/4/2018 • Artigo • 1.856 Palavras (8 Páginas) • 439 Visualizações
ENSINO E APRENDIZAGEM: CAMINHOS, DESAFIOS, CONQUISTAS E A VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS EM SEUS PRÓPRIOS SABERES
Fernanda Nascimento dos Santos
RESUMO: Trata-se de um relato experiência, cujo objetivo é descrever a experiência vivida em um estagio supervisionado realizado na Escola Municipal Elisabeth Johnson, a qual é uma escola de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais do município de Feira de Santana. O mesmo foi solicitado pela Docente Drª Rita Brêda que ministra o Componente Curricular de Estágio Supervisionado dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Com a finalidade de refletir sobre os caminhos, desafios, conquistas e a valorização dos alunos em seus próprios saberes, que acontece por meio do ensino e aprendizagem. A valorização das capacidades individuais e a predisposição em aprender são precursores para trilhar no caminho do sucesso escolar. Essa narrativa se dará através de memórias vividas, de embasamento teórico e registros da aula, em um estágio de quinze dias consecutivos, realizado numa escola pública da rede municipal da cidade citada, com duração de quatro horas diárias, numa turma do terceiro ano, com aluno de idades entre oito a onze anos.
Palavras-Chaves: Ensino e Aprendizagem. Valorização das capacidades individuais. Predisposição em aprender. Sucesso escolar.
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um relato de experiência do Componente EDU 548 - Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ministrado pela Docente Drª Rita Brêda com o objetivo de relatar experiências vívidas, de forma processual, ocorridos num período de 15 dias consecutivas, no turno vespertino, com duração de 4 horas diárias, na Escola Municipal Elizabeth Johnson, com turmas do 1° ao 5°ano do Ensino Fundamental, situada na Rua Liberdade S/N- Baraúnas no Município de Feira de Santana-Bahia.
O ponto de partida deu-se inicio ao entrarmos em contato direto com a escola citada, ao chegarmos nesse espaço de formação formos encaminhadas para sala da diretora, a Professora Janete Ligia Santana, a qual nos atendeu atenciosamente, nos contando um pouco sobre o histórico da escola. A mesma nos relatou que, a Escola Municipal Elizabeth Johnson está situada em um bairro periférico, atendendo alunos oriundos da periferia. Sendo que hoje a escola está em um prédio que funcionava o Centro de Educação Complementar Dom Silvério Albuquerque, que possui uma extensa área verde, salas iluminadas e arejadas. Depois dessa revê contextualização, ela salientou o quanto reconhecesse a importância do estágio supervisionado para a formação inicial, onde ficou acordada em qual sala cada dupla iria ficar e assim formos conhecer os espaços físicos da escola.
1. PRIMEIROS PASSOS DO ESTAGIO
temática da valorização dos alunos em seus próprios saberes no âmbito educacional tem estado presente em discussões com diversos estudiosos na área. Nas últimas décadas, o fracasso escolar tem refletido nos altos índices de repetências, onde cada vez mais são criados programas de incentivos federais para suprir demandas que atendam lacunas deixadas durante o processo escolarização. O texto apontará que, o caminho para sucesso escolar está atrelado ao papel efetivo da educação escolar.
Em “Cartas Pedagógicas sobre a Docência” de Soligo, a autora traz reflexões compartilhadas em formas de diálogos, com inquietações que tem a finalidade de promover um tipo de fio condutor que possa esclarecer o elo entre conhecimento e ensino aprendizagem. A mesma chama a atenção para os profissionais da educação no sentido de atentarem para as propostas pedagógicas de qualidade, sendo aquelas consideradas como reais possíveis e contemplem a necessidade de aprendizagem dos alunos, para isso faz-se necessário um repertorio variado de conhecimentos por parte dos docentes, na buscar de como os alunos aprendem para que se desenvolvam características de uma mediação didática.
O estágio é um dos momentos mais importantes para a formação inicial. É nesse momento que o futuro profissional tem oportunidade de entrar em contato direto com a realidade profissional no qual será inserido, além de concretizar a teoria adquirida e a prática e no diálogo com profissionais mais experientes. No estágio, o discente em formação tem a oportunidade de investigar, analisar e participar na realidade profissional especifica, enredando-se com a realidade educacional, organização e o funcionamento da instituição educacional e da comunidade escolar.
Ao acompanhar uma turma de 3° de uma escola pública da rede municipal de ensino, com vinte oito alunos freqüentando ao qual oito deles não eram alfabetizados, segundo a professora regente da turma havia nos relatado que, a esses alunos, havia utilizado todas as mediações possíveis sem avanço significativos, a mesma atribui a falta de interesse por parte desses alunos, alegando que alguns não vão à escola todos os dias e os demais não tem o acompanhamento familiar, o que se torna um trabalho muito desleal. A professora Mariá dos Santos viu em nós estagiaria em formação inicial (Fernanda e Miralda) uma possibilidade de contribuir com uma mediação didática individualizada, a mesma salientou que pelo fato de estarmos começando, poderia ser que tivéssemos uma estratégia ao qual ela ainda não tivesse pensado e/ou usado. Então nos solicitou que montassem um grupo de estudo com esses oito alunos e apresentássemos estratégias para o avanço dos mesmos. O desafio foi proposto e em conversa com a minha dupla resolvemos aceitar, como Soligo ressalta que: “Uma adequada mediação didática se constrói a partir do conhecimento teórico sobre os conteúdos e sobre os processos de aprendizagem, mas requer também fundamentação a respeito de avaliação, planejamento e intervenção pedagógica. (SOLIGO, p.11).
2. MOMENTOS DE INTERVEÇÕES
Partimos então de um diagnostico para podemos avaliar em que estagio da alfabetização eles se encontram. O que aviliar? O conhecimento prévio dos alunos sobre aquilo que a eles se pretende ensinar, o percurso de aprendizagem de cada um, os resultados obtidos e a qualidade das propostas – de atividades, agrupamentos, intervenções – para redirecioná-las quando os resultados não forem satisfatórios.
No entanto essa revelação da professora fez com nos debruçassem para esse foco, indo para casa com muitos questionamentos. Por que será que esses alunos não aprendem? Como irei contribuir para que essas crianças saiam ao menos dessa fase? Em tão poucos dias de estagio darei conta para tal contribuição?
No
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