Relatório de química orgânica prática: técnicas de recristalização
Por: Igor Henrique • 28/11/2018 • Resenha • 1.289 Palavras (6 Páginas) • 215 Visualizações
Relatório de química orgânica prática: técnicas de recristalização
SANCHES, I. H. ¹, AMADEU. I. C.¹ e SANTOS, G. V. N¹
¹Universidade Federal de Goiás
¹Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Goiânia – GO
10 de setembro, 2018
Resumo
O processo de recristalização é utilizado para a purificação do sólido de interesse separando-o de outros sólidos sendo eles impurezas, óleos e etc. Consistindo uma forma da aplicação da técnica na utilização de um solvente que dissolva o sólido de interesse para a purificação a quente, porém que não seja capaz de dissolve-lo a frio, ou ambiente. Desse modo, podendo utilizar duas formas para esse processo, a recristalização espontânea e a recristalização induzida. Foi feito de forma espontânea e comparada com os métodos e resultados da cristalização induzida.
Palavras-chaves: recristalização, espontânea, induzida, ácido benzoico
- Introdução
¹(Soares B.G et al, 1988) Aponta que a técnica de recristalização é o um dos métodos mais comuns de purificação de substâncias sólidas. Esta utiliza a diferença de solubilidade do sólido e suas impurezas quando em contato com alguns solventes ou misturas de solventes, quando aquecidos após o resfriamento.
Para que o processo seja eficaz, a seleção do solvente deve ser bastante criteriosa, pois um bom solvente para recristalização deve dissolver grande quantidade da substância em temperatura elevada e pequena quantidade em temperatura baixa. O mesmo deve dissolver as impurezas a frio, ou, então, não as dissolver a quente. Outros fatores também devem ser levados em consideração, como a volatilidade, inflamabilidade, custo e facilidade de manipulação.
Como nem sempre são fornecidas as informações sobre o solvente apropriado para a recristalização do produto, então, é recomendável a utilização de tubos de ensaio, estes contendo os solventes mais comuns. Observa-se então, a ação destes vários solventes a frio, à temperatura de ebulição, a formação de cristais durante o resfriamento e o volume de solvente necessário por grama da amostra a ser purificada. Uma mistura de 2 solventes é mais indicada, isso quando um dos solventes dissolve bem a substância a frio e outro não, mesmo a quente. Para a utilização de 2 solventes, é necessário que os mesmos sejam, miscíveis e compatíveis com eles mesmos e com o soluto.
A técnica consiste em aquecer a substância desejada a purificar com o melhor solvente, e então, adicionar lentamente o pior solvente, até que uma leve turvação seja visível. Adiciona-se pequenas quantidades do melhor solvente, até que a solução fique límpida a quente.
Abaixo os solventes mais comuns utilizado:
Solvente | P. E. (ºC) |
Acetato de etila | 77 |
Acetona | 56,5 |
Água | 100 |
Clorofórmio | 61 |
Diclorometano | 39,8 |
Éter de petróleo | 20 – 90 |
Éter etílico | 34,6 |
Etanol | 78,5 |
Metanol | 64,7 |
Tetracloreto de carbono | 76,7 |
Tabela 1 – Solventes (fonte: Soares B.G et al) |
²As impurezas coloridas e resinosas, devem ser removidas pela adição de carvão ativo à solução aquecida (cerca de 1 a 2% p/p). Essas impurezas adsorvidas ao carvão serão removidas durante a filtração.
A formação dos cristais pode ocorrer de duas maneiras, espontânea ou induzida por meio de agitações, resfriamento ou a introdução de cristais de substância pura, porém, o resfriamento rápido origina cristais muitos pequenos que podem adsorver impurezas contidas na solução, sendo menos eficiente para a recristalização de uma substância pura; durante a filtração a quente, a fim de evitar a cristalização da substância no filtro ou no funil, a operação deve ser realizada de maneira rápida com o béquer pré-aquecido.
O objetivo deste relatório, é relatar as atividades feitas em sala, ao qual a intenção era obter ácido benzoico (C₆H₅COOH) através da recristalização, assim como descrever o processo para obtenção do ácido e calcular o rendimento da recristalização tanto de forma espontânea quanto de forma induzida.
- Materiais e Métodos
- 2.5g de ácido benzoico
- Papel filtro (peso 0,465g)
- 1g de carvão Ativo
- 125 mL de água destilada
- 2 Béqueres
- Papel de filtro recortado (para filtração à vácuo)
- Manta aquecedora
- Funil de Bunchner (para filtração à vácuo)
- Kitazato (para filtração à vácuo)
- Bomba de vácuo
Utilizando uma espátula, foi medido 1g de carvão ativo e 2.5g de ácido benzoico, estes levados a água destilada para ferver a 100ºC, logo após, os mesmos foram retirados da manta e filtrados (filtração simples à quente), o conteúdo foi vertido com a ajuda de um bastão passando pelo filtro dentro de um béquer pré-aquecido para impedir a formação de cristais por choque de temperatura. Assim, o béquer com o conteúdo foi colocado em repouso para propiciar a formação de cristais de forma espontânea, e logo após filtrado a vácuo para que fosse possível obter os cristais secos.
O método por indução teve uma metodologia idêntica, porém, ao invés do repouso, foi proporcionado choques mecânicos e térmicos para forçar a formação de cristais e logo após filtrado a vácuo.
- Resultado e Discussão
Ao analisarmos tudo o que pode ser obtido através dos experimentos pode-se obter dois resultados, sendo eles em relação aos dois métodos de cristalização do ácido benzoico:
Precipitação induzida | Precipitação espontânea |
Cristais grossos e robustos | Cristais finos |
Maior quantidade de impurezas | Maior grau de pureza |
Tabela 2 - comparação entre precipitação induzida e preci-
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