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Relatório de Aula Prática Síntese “Verde” do ácido Benzóico

Por:   •  3/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.248 Palavras (5 Páginas)  •  67 Visualizações

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UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná[pic 1]

CECE – Centro de Engenharias e Ciências Exatas

Curso de Química Licenciatura

LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA II:

Relatório de Aula Prática 05 – Síntese “Verde” do ácido benzóico

Docente: Prof. Dra. Ana Paula Sone

Acadêmicos (as): Isabela Gonçalves Sotana

Jonatas Swich

Lucas Henrique Schlindvein

Pedro Henrique de Carvalho

09 de maio de 2023.

Toledo – PR.

  1. OBJETIVO

Realizar a síntese do ácido benzóico partindo da acetofenona em uma alternativa de Síntese Verde.

  1. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS

  • MATERIAIS
  • Erlenmeyer
  • Chapa de agitação magnética
  • Banho de gelo
  • Solução de hipoclorito de sódio (baixa concentração)
  • Acetofenona
  • Bissulfito de sódio
  • Éter etílico
  • Ácido sulfúrico
  • Filtro a vácuo
  • PROCEDIMENTOS

Em um erlenmeyer com agitação mecânica, colocou-se 150 mL da solução de hipoclorito de sódio e adicionou-se 50 mL de NaOH 1%. Manteve-se o sistema sob agitação mecânica e adicionou-se a acetofenona. Após a adição, controlou-se a temperatura do sistema para que não excedesse a 35ºC, manteve-se sob agitação por aproximadamente uma hora. Nesse tempo observou-se a descoloração do meio reacional, e indicou-se o consumo da acetofenona.

Finalizando esse processo reacional, adicionou-se bissulfito de sódio e extraiu-se a solução com duas porções de éter etílico. Separou-se a fase orgânica e recolheu-se a fase aquosa em um erlenmeyer em banho de gelo, adicionou-se lentamente sob agitação, ácido sulfúrico suficiente para que todo o ácido benzóico fosse protonado.

Filtrou-se o produto a vácuo e procedeu-se a recristalização com água quente. Por fim calculou-se o rendimento da reação.

  1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

É inegável que no início do século passado está sendo presenciado um considerável aumento no conhecimento e domínio da Química. Mesmo que a Química tenha permitido um salto na qualidade de vida dos seres humanos, a qualidade desta melhoria deixou de ser consensual após a emersão do moderno ambientalismo, onde a Química passou a ser culpada por vários problemas ambientais, ecológicos e de saúde humana, devido à produção de numerosos compostos sintéticos. Com o início dessa culpabilização houve também o aumento no desenvolvimento de processos menos agressivos à natureza, tanto no meio acadêmico quanto no industrial.

 Em 1987, o relatório da chamada Comissão Brundtland das Nações Unidas, em que foi apresentada a definição trivial de Desenvolvimento Sustentável, mas o conceito de Desenvolvimento Sustentável foi definitivamente aceito em 1992.

Nos últimos anos foi surgindo dentro da grande área da Química, o termo “Química Verde” (ANASTAS; WARNER, 1998; LENARDÃO et al., 2003), em que metodologias partindo desse viés ganham notoriedade. Em 2000 a IUPAC – União Internacional de Química Pura e Aplicada criou o subcomitê Interdivisional de Química Verde, consolidando assim, a importância da QV para a comunidade internacional de química.

           A Química Verde é o design de produtos químicos e processos que reduzem ou eliminam o uso e geração de substâncias perigosas. Os avanços na Química Verde abordam riscos óbvios e aqueles associados a tais questões globais, a mudança climática, a produção de energia, a disponibilidade de um seguro e abastecimento adequado de água, produção de alimentos e a presença de substâncias tóxicas no meio ambiente (ANASTAS e KIRCHHOF, 2002, p. 1).

Sendo assim podemos almejar os futuros produtos químicos preservando a eficácia de sua função, diminuindo ou acabando a parte prejudicial, podendo nos dar alternativas de tecnologias mais limpas (HAFEZ et al., 2013; ZIMMERMAN et al., 2020).

Na prática, isto significa que, como um grande número dos reagentes usados nas reações químicas e muitos dos compostos produzidos envolvem perigos no seu manuseamento e/ou utilização, deve ser uma preocupação dos químicos o desenvolvimento de substitutos que permitam obter os produtos de uma forma mais segura e que esses produtos sejam também mais inócuos do que os usados até ao presente.

Anastas e Werner (1998) também definiram os 12 Princípios da Química Verde, são eles: 1) Prevenção; 2) Economia atômica; 3) Síntese de produtos menos perigosos; 4) Desenho de produtos seguros; 5) Solventes e outras substâncias auxiliares mais seguras; 6) Eficiência energética; 7) Uso de fontes renováveis de matéria prima; 8) Evitar a formação de derivados; 9) Catálise; 10) Desenho para a degradação; 11) Análise em tempo real para a prevenção da poluição; 12) Química intrinsecamente segura para a prevenção de acidentes.

Estes 12 princípios da Química Verde permitem repensar as atividades químicas incluindo as práticas didáticas experimentais, para que seja desenvolvimento com mais consciência e menos agressividade ao meio ambiente.

Em suma, a educação em QV contribuirá para fornecer conhecimento e conscientização para impulsionar as tecnologias necessárias para se atingir o objetivo final de a Química suportar o Desenvolvimento Sustentável, tentando evitar a ocorrência de impactos perniciosos para o ambiente e a saúde humana, como os sucedidos ao longo dos próximos anos (KENNEDY, 2015).

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