SEPARAÇÃO DE PIGMENTOS FOLIARES POR CROMATOGRAFIA EM COLUNA
Por: Sara Araujo • 15/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.219 Palavras (5 Páginas) • 1.036 Visualizações
Isabella Moreira Silva Carneiro
SEPARAÇÃO DE PIGMENTOS FOLIARES POR CROMATOGRAFIA EM COLUNA
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Anápolis
2017
OBJETIVOS
O presente relatório mostra como foi feito a separação de pigmentos foliares por cromatografia em coluna utilizando a folha de couve, mostrando como ocorre a separação de misturas e o motivo da não extração das clorofilas e carotenos devido a influência de polaridade.
INTRODUÇÃO
A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação. ¹
A técnica de Cromatografia em coluna tem sido muito útil para separação de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. Na fase móvel podemos utilizar três tipos de cromatografia: a cromatografia gasosa, liquida e a supercrítica (CSC). A cromatografia líquida apresenta uma importante subdivisão: a cromatografia líquida clássica (CLC), na qual a fase móvel é arrastada através da coluna apenas pela força da gravidade, e a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), na qual se utilizam fases estacionárias de partículas menores, sendo necessário o uso de uma bomba de alta pressão para a eluição da fase móvel.¹
Utilizando a fase estacionária podemos distinguir entre, líquida e sólida e a quimicamente ligada, na fase líquida são comumente utilizados a sílica e alumina. Sílica e alumina são os adsorventes mais utilizados. Ambos são polares, retendo mais fortemente componentes mais polares. A sílica é recomendada na maioria dos casos. Este adsorvente é levemente ácido, retendo com maior intensidade compostos básicos. A alumina está disponível na forma básica, neutra ou ácida, sendo a forma básica mais comum. Esta irá reter mais fortemente compostos ácidos. Este adsorvente é bom para componentes que são fracamente ou moderadamente polares e para purificação de aminas.²
Neste relatório descreve-se um experimento que envolve a obtenção do extrato de couve e a verificação da separação de clorofilas e carotenos presentes no extrato, utilizando a cromatografia em coluna.
2. Parte Experimental
2.1 - Materiais Utilizados:
- Folha de couve ou mostarda
- Hexano
- Acetona
- Almofariz e pistilo
- Béquer
- Pipeta de Pasteur
- Coluna cromatográfica
- Garras metálicas
- Suporte universal
- Funil
- Sílica gel 230-400 mesh
3. Procedimento Experimental
3.1. Preparação do extrato
Utilizou-se uma proveta graduada de 80mL e prepararou-se 60 mL de uma mistura 2:1 de hexano e acetona (40 mL de hexano e 20 mL de acetona), durante ocorreu um pequeno erro onde trocou-se a quantidade do hexano e acetona sendo 40 para acetona e 20 de hexano e transferiu para um béquer de 250mL. Tampou o béquer contendo a mistura com um vidro de relógio e reservou, para que não houvesse perca da mistura com a evaporação. Colocou em um almofariz ¼ de uma folha de couve picada e 20 mL da mistura 2:1 de hexano e acetona anteriormente preparada. Macerou bem as folhas com o pistilo, esta etapa foi realizada rapidamente, já que a mistura de solventes utilizada é altamente volátil. 5. Transferiu-se a fase orgânica (fase superior) resultante da extração para um béquer, tampou o béquer com um vidro de relógio (novamente para não haver evaporação dos solventes) e reservou.
3.3. Preparação da coluna
Fixou-se a coluna verticalmente no suporte universal com auxílio de garras metálicas de forma que ficasse o mais reto possível para que não houvesse dificuldade com o empacotamento da coluna. Depois preparou-se uma suspensão com 7 g de sílica e 20 mL da mistura 2:1 de hexano e acetona anteriormente preparada. Utilizando um funil, colocou a suspensão dentro da coluna e deixou o material assentar, com bastante cuidado para que a coluna não secasse provocando uma rachadura.
3.4. Aplicação da amostra
Após do empacotamento da coluna, abriu-se a torneira até que a camada de solvente se aproximasse da sílica. Aplicou a solução de extrato de couve (preparado no item 3.1) com uma pipeta Pasteur, espalhando de maneira uniforme sobre a fase estacionária, foi necessário utilizar outra solução do extrato de couve já pronta, por causa do erro na quantidade dos solventes, (relatado no item 3.1), e abriu a torneira até que o extrato atingisse o nível do recheio. Iniciou a eluição com hexano: acetona 2:1 e logo após a adição do eluente, com escoamento adequado, coletou as frações, completando o volume de eluente e sem deixar que a coluna secasse. Após a coleta das frações da primeira faixa colorida, não colocou mais eluente na coluna para que deixasse a altura do líquido chegar a 1,0 cm acima da fase estacionária. Foi necessário colocar 10mL de hexano, pois a coluna estava muito polar, pela causa da quantidade de acetona ao invés de hexano. Não foi possível completar o volume da coluna, nem proceder com a coleta das frações da segunda fase, devido ao erro no volume dos solventes que resultou na separação do adsorvente e a mistura dentro da coluna.
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