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EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE FOLHAS DE BETERRABA E ANÁLISE DO EXTRATO POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

Por:   •  15/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.078 Palavras (9 Páginas)  •  2.493 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DANYA KALED CHARKIEH

THIAGO JOSÉ ANTONIO DA SILVA

EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE FOLHAS DE BETERRABA E ANÁLISE DO EXTRATO POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

Relatório sobre as práticas de extração de pigmentos de folhas de beterraba e de análise do extrato por cromatografia em camada delgada, realizadas nos dias 09 de março de 2016 e 30 de março de 2016, da disciplina de Cromatografia e Espectrometria (CQ040).

Orientador: Prof. Dr. Luiz Pereira Ramos

CURITIBA

2016

        1. INTRODUÇÃO

        A cromatografia é um método de separação, identificação e determinação de componentes químicos em misturas complexas. É muito versátil e por isso é amplamente utilizado e possui aplicação generalizada. O princípio da técnica é a separação dos componentes da mistura com base na velocidade em que cada componente é eluído, ou seja, transportado através da fase estacionária. A diferença nas velocidades de eluição se deve às diferenças de polaridade dos analitos e suas interações com a fase estacionária e a fase móvel com suas polaridades distintas o que irá influenciar a velocidade nas quais as substâncias a serem separadas serão transportadas pela fase móvel através da fase estacionária. As interações resultantes das diferenças de polaridade entre as fases móvel e estacionária e os analitos influencia a velocidade em que os mesmos serão transportados através da fase estacionária. Durante a passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, os componentes da mistura são distribuídos entre as duas fases – de acordo com suas polaridades e as resultantes interações com as fases móvel e estacionária – e cada um dos componentes é retido em diferentes proporções pela fase estacionária, resultando em migrações diferentes desses componentes. Os componentes que são retidos mais fortemente na fase estacionária movem-se mais lentamente no fluxo da fase móvel, enquanto que os componentes que interagem mais fracamente com a fase estacionária movem-se mais rapidamente.

        Para a execução da prática, foram extraídos os pigmentos menos polares das folhas de beterraba (ou seja, todas as cores menos o roxo). Pigmentos são substâncias que desempenham funções importantes nas plantas e também são responsáveis pelas suas cores. A clorofila, que apresenta cor verde, é um dos pigmentos mais comuns nos vegetais e absorve a luz necessária para a fotossíntese. Nas folhas de beterraba, além da clorofila (cor verde), estão presentes também xantofilas (cor amarela), betaxantinas (cor amarela) e betacianinas (cor roxa). Neste caso, se tomou extremo cuidado para não extrair betacianinas pois estas são muito polares. O extrato foi obtido de folhas de beterraba, cortadas em pequenos pedaços, por maceração com diclorometano em um gral de porcelana com o auxílio do pistilo. O extrato obtido foi transferido para frasquinho de vidro identificado com a data, a turma de prática e o nome da equipe.

        Em sala de aula, utilizou-se a técnica de cromatografia em camada delgada preparativa para isolar um dos vários pigmentos das folhas de beterraba e, em seguida, cromatografia analítica do pigmento isolado.

        2. OBJETIVO

  • Desenvolver a separação dos componentes de uma mistura de pigmentos presente em folhas de beterraba utilizando a técnica de cromatografia de camada delgada preparativa (CCDP).
  • Isolar um dos componentes previamente separados por CCDP.
  • Determinar os valores de migração cromatográfica relativa (Rf) dos componentes presentes no extrato de beterraba.

3. MATERIAL E MÉTODOS

        3.1 MATERIAL

        3.1.1 EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DAS FOLHAS DE BETERRABA

  • 1 gral e 1 pistilo;
  • solvente para extração (diclorometano);
  • 3 béqueres;
  • 1 funil e 1 pequeno pedaço de algodão;
  • 1 tesoura para cortar o talo das folhas;
  • 1 balança para pesar as folhas;
  • 1 chapa quente para evaporar o excesso de solvente;
  • 1 frasco de vidro para guardar o extrato.

        3.1.2 CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA PREPARATIVA E ANALÍTICA DO EXTRATO DE FOLHAS DE BETERRABA

  • 1 Placa cromatográfica preparativa de sílica gel;
  • 1 Placa cromatográfica analítica de sílica gel;
  • 2 cubetas (1 grande para a preparativa e 1 menor para a analítica);
  • 3 capilares;
  • 1 espátula;
  • 2 béqueres;
  • 1 funil e um pedaço pequeno de algodão;
  • 1 eluente (hexano:acetato de etila (2:1));
  • Amostra (extrato de folhas de beterraba para ccd preparativa e pigmento isolada do extrato para a ccd analítica).

        3.2 MÉTODOS

  • Foi selecionada 1 cromatoplaca preparativa e 1 cromatoplaca analítica.
  • Com um lápis foram marcadas as bordas de todas as cromatoplacas, com uma distância aproximada de 15cm entre as marcas para a cromatoplaca preparativa e 5 cm entre as marcas para a cromatoplaca analítica.
  • Sobre a cromatoplaca preparativa foi aplicada, com o auxílio de um capilar grosso, uma banda larga do extrato de folhas de beterraba com uma distância aproximada das bordas da placa de 0,5cm.
  • Após isso, a cromatoplaca foi transferida para uma cuba previamente saturada com hexano:acetato de etila (2:1). Lembrando que a fase móvel não tocou o ponto de aplicação do extrato.
  • Após 30 minutos a cromatoplaca foi retirada da cuba, o ponto final do sovente foi marcado para o cálculo do Rf e se deixou o solvente evaporar.
  • Foi escolhido um pigmento para ser isolado do extrato, calculou-se o Rf do mesmo e, com o auxílio de uma espátula, se removeu a mancha com a sílica.
  • O pigmento desejado foi extraído da sílica com o auxílio da fase móvel (hexano:acetato de etila (2:1)) em um béquer e filtrado em seguida para remover a sílica.
  • O extrato concentrado do pigmento isolado foi concentrado e aplicado, com o auxílio de um capilar fino, do lado direito de uma cromatoplaca analítica e a cerca de 0,5cm da borda. Do lado esquerdo e a mesma distância da borda, foi aplicado o extrato das folhas de beterraba com outro capilar fino.
  • A cromatoplaca analítica foi transferida para uma cubeta saturada com a fase móvel (hexano:acetato de etila (2:1)) e retirada assim que o solvente atingiu a marca feita na sílica, sinalizando o término da corrida. Deixou-se a fase móvel evaporar e se demarcou os centros das manchas do extrato do pigmento isolado (esperava-se obter uma única mancha, mas foram obtidas 3) para cálculo dos Rf's.

        4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

        4.1 CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA PREPARATIVA

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