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A ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Por:   •  31/10/2018  •  Resenha  •  390 Palavras (2 Páginas)  •  251 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

TEXTO 3 – A PARTE QUE NOS TOCA

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A parte que nos toca

Quando olhamos para esse Congresso que os mais experientes observadores

consideram dos piores de nossa história, nos espantamos e tendemos a perguntar

como nós, tão éticos, honestos e íntegros, fomos capazes de elegê-lo? Consideramos

imensa a distância moral que separa a sociedade dos que a representam.

Decididamente, nos achamos muito melhores do que os vereadores, deputados e

senadores em quem votamos. Se estivéssemos em seus lugares, o país estaria muito

melhor, evidentemente. Será? Será que na realidade não temos os políticos que

merecemos?

Numa pesquisa recente para saber se o eleitor é “vítima ou cúmplice” da corrupção

política, o Ibope respondeu de alguma maneira aquelas questões, e as respostas

não são nada animadoras. No fundo, a maioria agiria do mesmo modo. Diante da

relação de 13 atos ilícitos do dia-a-dia — tais como, por exemplo, dar gorjeta para se

livrar de multa, sonegar impostos, comprar produtos piratas, apresentar atestados

médicos falsos no trabalho ou na escola, entre outros — 69% dos entrevistados

admitiram já ter praticado pelo menos uma dessas bandalhas.

Tolerantes em relação às próprias transgressões, eles não esconderam que, se

tivessem oportunidade, praticariam também as irregularidades que condenam nos

parlamentares e governantes. Assim, 75% dos entrevistados cometeriam uma das

infrações morais propostas em uma outra lista contendo 13 atos ligados à política e

ao poder, como trocar de partido por dinheiro, contratar sem licitação, escolher

parentes para cargos de confiança, aproveitar viagem oficial para lazer, aceitar

gratificação, usar caixa 2 em campanha, superfaturar obras públicas e desviar o

dinheiro para o patrimônio pessoal, contratar funcionários fantasmas, votar a favor do

governo em troca de cargo. A ambiguidade e o relativismo ético se manifestam com

mais frequência quando as ações envolvem familiares e amigos, confirmando o

princípio de que “para os amigos tudo, para os inimigos a lei”. Achando legítima a

nomeação de parentes para cargos de confiança, 69% aceitam, portanto, como

...

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