A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO OPERACIONAL
Por: Pablo Duarte • 26/11/2020 • Resenha • 1.513 Palavras (7 Páginas) • 139 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO CENTRO DE
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS DEPARTAMENTO
DE AGROTECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO OPERACIONAL I
DOCENTE: LILIAN CABRAL CAPORTILANO
DISCENTE: PABLO CRISTIAN DUARTE DE SOUSA
Resumo - do Capítulo 2 do livro:
“A máquina que mudou o mundo” – James P. Womack
O capítulo 2 do livro “A máquina que mudou o mundo”, inicia falando sobre um membro do parlamento inglês, que queria comprar uma carro, ao passo que na época não havia concessionárias ou revendas, então ele dirigiu a uma renomada fábrica conhecida como P&L. Ao chegar na fábrica ele se deparou com um sistema de produção artesanal. A fábrica era composta por artesãos habilidosos, que montavam poucos carros.
Podemos destacar, que a produção artesanal possuía algumas características especificas: Força de trabalho altamente qualificada, ou seja os artesãos compreendiam todo o processo de montagem do carro inteiro e não só uma parte, podendo assim até abrir oficinas. Outro ponto é que as organizações eram extremamente descentralizadas, usavam máquinas de uso geral seja para cortes, perfurações e outras operações. Não conseguiam fazer carros em escala, tinham um baixo volume de produção. Dado as especificações pedidas por cada cliente e por ser tudo artesanal não conseguia manter o padrão e dimensões.
Dessa maneira, não teria como existir monopólio sobre os recursos e características dos automóveis, pois todos produziam veículos de modo parecido. O que importava era a habilidade artesanal e as companhias dispensavam total atenção ao consumidor individual. As desvantagens desse tipo de produção artesanal, não é difícil identificar, de cara temos os custos elevados, só com isso já excluía boa parte que não podiam pagar em produtos exclusivos. Além disso todos os carros eram protótipos, a consistência e a confiabilidade eram ilusórias, ou seja, eram incapazes de garantir a segurança e qualidade dos carros.
Um ponto importante, era que as pequenas oficinas independentes, não tinha capacidade de desenvolver novas tecnologias e eram nelas as maiores demandas por carros. E foi depois que a indústria já encaminhava para um padrão, onde tínhamos motor frontal, quatro rodas e combustão interna. Que ficou aberta ao surgimento de uma nova concepção de produção. Assim Henry Ford, conseguiu descobrir a maneira de superar os problemas da produção artesanal, nessa nova concepção de produção iria reduzir os custos e aumentar a qualidade do produto. E ele chamou seu sistema de “Produção em Massa”
Os primeiros passos de Ford em 1903, era introduzir as plataformas de montagem sobre os quais o carro seria construído por inteiro, normalmente por um só ajustador. E levar as peças para cada estação de trabalho, fazendo com que o montador não precisasse sair e ficassem o dia todo no mesmo lugar. Já em 1908, tendo ele conseguido a perfeita intercambialidade das peças, decidiu que o montador faria apenas uma única função, ou seja, executaria sua tarefa naquele carro e iria para o seguinte.
Por volta de 1913, ele conseguiu diminuir o tempo médio do ciclo de tarefa dos montadores, reduzindo de 514 para 2,3 minutos. E essa redução resultou em aumento na produtividade. Ainda no mesmo ano ele implementou a linha de montagem de fluxo contínuo, onde ele resolveu o problema de o montador ter que se deslocar para outra plataforma de montagem, agora os montadores ficavam parados e os carros vinham até eles. Essa mudança provocou uma grande redução no esforço humano e assim conseguia mais produção e menor custo por veículo. Essas vantagens tornaram a Ford, a líder da indústria automobilística, praticamente eliminando a produção artesanal.
Temos as características da produção em massa, uma delas é a força do trabalho. Ford não se limitou apenas a aperfeiçoar as peças intercambiáveis, mas assim também os montadores, logo ele tinha um número grande de montadores disponíveis. A resposta para conseguir organizar muitos operários, era a divisão do trabalho. Cada montador tinha apenas uma tarefa e com isso surgiu a necessidade de alguém para organizar todos esses processos, como iriam juntar todas as peças e finalizar no produto final, foi aí que surgiu a necessidade de uma nova profissão a do engenheiro de produção, que atestaria a qualidade do produto final.
Com a especialização do trabalho, o montador precisava de poucos minutos para ser treinado, logo os supervisores conseguiam controlar a velocidade dos processos e identificar possíveis erros durante a produção. Os trabalhadores indiretos tornarem-se mais proeminentes nas fábricas, na medida em que a automação no correr dos anos gradualmente reduziu a necessidade dos montadores. Logo os novos profissionais do conhecimento, substituíram os antigos donos de oficinas e os supervisores dos tempos da produção artesanal. Nesse novo sistema os operários não tinham carreira pela frente, poderiam chegar a no máximo, a supervisor. Já para os novos engenheiros havia uma carreira pela frente.
Outra característica da produção em massa é a Organização. Cada vez mais Ford, se aproximava da completa integração vertical, produzir todo o automóvel desde as matérias primas básicas. Com isso, tornaria o fato de precisar das peças com tolerância menor e os prazos de entrega mais rígidos. As consequências de atingir a total integração vertical, findou numa burocratização, gerando problemas nos transportes e barreiras comerciais, devida as políticas governamentais da época. Assim começaram a montar em cidades remotas. O fato de atingir outras localidades é que o produto não agradava a todo mundo, dado as regiões diferentes. Findou necessitando fabricar produtos especiais por região.
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