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A Análise Econômica de Mercado

Por:   •  24/5/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  33 Visualizações

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ADMINISTRAÇÃO

Maria Fernanda Fioretti Bento Brandão

Disciplina: Análise Econômica de Mercado

Trabalho da Disciplina [AVA 2]

Macaé 2024

Descreva o contexto de cada crise da economia mundial, identificando as principais causas e os desdobramentos para a geopolítica mundial.

Crise de 1929: A Grande Depressão Contexto e Principais Causas:

A Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, foi a maior crise do capitalismo financeiro no século XX. Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como a principal potência econômica global, ajudando na reconstrução da Europa ao fornecer produtos e alimentos. Com a Europa economicamente devastada, os EUA se beneficiaram de um período de crescimento econômico robusto, expandindo suas indústrias e oferecendo crédito abundante para estimular o consumo interno. A valorização excessiva das ações na Bolsa de Valores, movida pela expectativa de crescimento contínuo, levou a uma bolha especulativa.

À medida que a Europa se recuperava e diminuía suas importações dos EUA, a produção industrial americana não acompanhou essa redução na demanda, resultando em estoques excessivos, queda de preços e demissões em massa. A perda de confiança no mercado fez com que investidores vendessem suas ações, muitas das quais estavam supervalorizadas ou eram meras especulações financeiras. A quebra da Bolsa de Valores em outubro de 1929 foi o estopim para uma série de falências industriais e bancárias, causando uma onda de demissões e aprofundando a crise econômica.

Desdobramentos Geopolíticos:

A Grande Depressão teve um impacto profundo na geopolítica mundial. Nos EUA, a resposta veio com o New Deal, implementado por Franklin D. Roosevelt em 1933, que introduziu políticas de intervenção estatal na economia, como investimentos em obras públicas, controle da emissão de moeda, desvalorização do dólar, criação da previdência social e redução da jornada de trabalho.

Globalmente, a crise levou a uma retração do comércio internacional, aumento do protecionismo e ascensão de regimes autoritários, como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, que capitalizaram sobre o descontentamento econômico e social. A instabilidade econômica e política contribuiu para a eclosão da Segunda Guerra Mundial, que, por sua vez, ajudou a tirar algumas economias da depressão através da mobilização para o esforço de guerra.

Crise de 2008: A Grande Recessão Contexto e Principais Causas:

A Crise de 2008, também conhecida como a Grande Recessão, foi uma crise financeira global iniciada nos Estados Unidos. Na década anterior, a desregulamentação financeira e a liberalização do crédito permitiram que empréstimos hipotecários fossem concedidos de maneira desenfreada, inclusive para pessoas com pouca capacidade de pagamento (subprime). Esses empréstimos subprime eram frequentemente securitizados e vendidos como Collateralized Debt Obligations (CDOs), que combinavam hipotecas de alto e baixo risco e eram comercializados como investimentos de baixo risco.

O aumento do crédito fácil levou a uma bolha imobiliária, onde os preços das casas subiram rapidamente. No entanto, quando os juros subiram para conter a inflação, muitas pessoas não conseguiram pagar suas hipotecas, causando inadimplência em massa e a desvalorização dos títulos garantidos por essas hipotecas. A falência do Lehman Brothers em setembro de 2008 simbolizou o colapso do sistema financeiro, resultando em uma crise de confiança global, falências bancárias, retração do crédito e uma recessão econômica severa.

Desdobramentos Geopolíticos:

A Crise de 2008 teve consequências significativas para a geopolítica mundial. Nos EUA, o governo respondeu com pacotes de estímulo e resgates financeiros, além de políticas de austeridade e reformas regulatórias, como a Lei Dodd-Frank, para evitar futuras crises.

Globalmente, a crise desencadeou recessões profundas em muitos países, aumento do desemprego e instabilidade econômica. A crise também levou à ascensão de movimentos populistas e antiglobalização, que criticaram a elite financeira e política responsável pela desregulamentação que permitiu a crise. A União Europeia, em particular, enfrentou desafios severos, com países como a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha precisando de resgates financeiros, levando a uma crise de dívida soberana.

A resposta à crise também incluiu políticas de austeridade em vários países, que provocaram protestos e movimentos sociais contra cortes de gastos e políticas econômicas restritivas. A crise contribuiu para mudanças no equilíbrio de poder econômico global, com economias emergentes, especialmente na Ásia, ganhando maior relevância enquanto as economias ocidentais lidavam com recuperação lenta e desigual.

Disserte sobre as políticas implementadas no Brasil para a superação de cada crise. Crise de 1929 no Brasil

Contexto e Impacto:

A Crise de 1929 teve um impacto devastador na economia brasileira, que era alta- mente dependente das exportações de café. O Brasil era responsável por cerca de 70% do café comercializado no mundo, e os EUA compravam 80% dessa produção. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York e a subsequente depressão econômica, a demanda pelo café brasileiro despencou, resultando em uma queda de 90% nos preços no mercado internacional e uma redução de 60% nas exportações. Os cafeicultores brasileiros sofreram enormes prejuízos, e a economia nacional enfrentou uma grave crise.

Políticas Implementadas: Para lidar com a crise, o governo brasileiro adotou várias medidas:

  1. Conselho Nacional do Café (CNC): O governo criou o Conselho Nacional do Café com o objetivo de regular o mercado de café e sustentar os preços.
  2. Compra e Incineração de Estoques: O governo decidiu comprar os estoques de café parados para evitar um colapso total dos preços. Essas sacas de café compradas eram, em muitos casos, incineradas para reduzir a oferta e tentar aumentar os preços no mercado internacional.
  3. Diversificação Econômica: Com a crise no setor cafeeiro, muitos produtores e in- vestidores passaram a diversificar seus investimentos, direcionando capital para a indústria. Isso impulsionou a industrialização no Brasil, promovendo o crescimento de setores como o têxtil e o alimentício.

Essas medidas ajudaram a conter os impactos imediatos da crise e estimularam uma transformação estrutural na economia brasileira, diminuindo a dependência do país em relação ao café e promovendo o desenvolvimento industrial.

Crise de 2008 no Brasil Contexto e Impacto:

A Crise de 2008, iniciada nos Estados Unidos, rapidamente se espalhou pelo mundo, incluindo o Brasil. A crise afetou a confiança global nos mercados financeiros, levando à retração do crédito, redução nas exportações e queda nos investimentos estrangeiros. Apesar de o Brasil ter uma economia relativamente sólida na época, com reservas internaci- onais robustas e um sistema bancário bem regulamentado, a crise afetou o crescimento econômico e levou a uma redução na demanda por produtos brasileiros.

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