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A Arte da Guerra - Resenha

Por:   •  8/4/2016  •  Resenha  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  485 Visualizações

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Tema: Resenha crítica do livro “Sun Tzu - A Arte da Guerra”

       O livro “SunTzu – A Arte da Guerra”, cujo título original é “Sunzi Bing Fa”, fala a respeito das operações de combate adotadas pelo general chinês Sun Tzu, e mostra detalhadamente os meios e decisões que é preciso seguir para se alcançar a vitória.

       A obra foi completa apenas em 1972, quando arqueólogos chineses encontraram fragmentos do texto. Trata-se de um livro escrito dentro do contexto histórico sobre a antiga China e o período dos Estados Combatentes. Não se sabe de fato se Sun Tzu existiu ou é apenas uma lenda, porém o modelo tático imposto no livro foi fundamental para a mudança de mentalidade dos conflitos militares da época.

       O livro contém treze capítulos originais, nos quais Sun Tzu retrata a melhor maneira de se atingir os resultados esperados. Sendo mundialmente conhecido e traduzido em diversas línguas, atualmente é usado por empresas nos negócios de mercado e por administradores.

       Sun deixa claro que a guerra é muito relevante para a nação, e identifica cinco coisas que precisamos conhecer para saber o final de uma guerra, são: o caminho, o tempo, o terreno, a liderança e as regras.

       De acordo com Sun o general que conhece essas coisas vence e o que não sabe perde, pois o caminho significa o que faz o povo seguir o governante aonde ele for, criando um vinculo entre eles que é capaz de superar o medo do perigo e da morte, o tempo representa as variações das estações, o terreno tem o sentido de distâncias, a liderança precisa conter coragem, disciplina e sabedoria, e as regras definem Organização, Hierarquia e o Aprovisionamento regular.

       O general sábio conhece essas cinco coisas e cria situações favoráveis, o que significa tirar partido do campo, do tempo e das vantagens que surgem. Definindo outras formas e situações que um general tem que avaliar, nota-se que quem faz corretamente as avaliações verá o resultado surgir claramente.

       Sun Tzu diz que o general precisa também compreender a guerra, pois o que é relevante é a vitória, e que não se deve demorar muito, pois na batalha não atrasa muito para as tropas desanimarem, perderem a vontade e os mantimentos se tornarem escassos. Quando isso acontece devemos repor tudo a custa do inimigo, pois assim ficaremos bem abastecidos, sem ter que buscar recursos de longe, evitando que o povo se torne carente. Aquele que compreende a guerra, o combate é o ministro do povo e o protetor da nação.

       As estratégias de ataque consistem em avaliar a melhor maneira de se derrotar o inimigo, para Sun a habilidade não está em ganhar cem batalhas, mas vencer o inimigo sem combater, pois destruí-lo levaria o país a ruina, a pior tática é sitiar uma cidade. O Mestre da Guerra é aquele que domina sem lutar um exército e conquista uma cidade sem ter que cercá-la.

       A Lei da Estratégia de Ataque diz respeito a conquistar tudo sem acabar com as forças, e de modo inato, pois existem diversas maneiras que um governante leva o exército ao fracasso: ordenando avançar quando deve se retirar ou ao contrário, ignorando assuntos militares, mas perturbando seu processo, e implantando entres os oficiais a insegurança quando se intromete no comando. Para ele é necessário conhecer a si mesmo e ao inimigo para não correr perigo.

       Conhecendo a si mesmo se é invencível, conhecendo ao outro é vulnerável. Para Sun as regras da Lei da Guerra são: mensuração das coisas, avaliação, cálculo, comparação e vitória, onde cada um dá lugar ao outro. A vitória não é boa quando se adquirida sobre os demais por meio da batalha. Um exército vitorioso é aquele que ganha primeiro e luta depois.

       Governar e controlar muitos é o mesmo que sobre poucos, pois assim como diz Sun, é uma questão de organização, de formação e de sinais, assim como transformar um exército em eficaz para lutar contra um inimigo e vencer é uma questão de método. Método, porém que se divide em tradicional e não tradicional , o tradicional é o ataque direto e o não tradicional o inesperado.

       As pessoas que são hábeis no ataque inesperado são renováveis, cíclicos, e aqueles que são hábeis na Lei da Guerra controlam o movimento dos inimigos segundo sua vontade, criam ilusões de vitória e os colocam numa armadilha fatal. Portanto o bom guerreiro vence sozinho, buscando eficácia no ímpeto, escolhendo soldados que sejam qualificados e deixa que a propensão siga seu caminho.

       No livro explica-se detalhadamente a maneira como agir com o inimigo durante a batalha. O bom guerreiro atrai o inimigo para si pela oportunidade, é extremamente sutil, misterioso e controla o destino do inimigo. É necessário descobrir a estratégia, as fraquezas e sua formação de batalha, pois com isso podemos agitar e incita-los a ação, descobrindo seus padrões de movimento.

       O exército é perfeito quando não parece existir, sendo incompreendido, inexistindo planos contra ele, e quando ataca o vazio e não o cheio. Ele não é constante, precisa se adaptar as circunstancias,  para conseguir a vitória.

       A Lei das manobras, de acordo com Sun Tzu, fundamenta-se em dominar as distâncias e fazer os problemas virarem vantagens. Quando se consegue sair depois do inimigo e chegar antes, enganando o inimigo através de vantagens falsas, tem-se o domínio da estratégia da distância. Nem sempre percorrer essa distância rapidamente é a melhor opção, pois somente os fortes chegaram, os fracos vêm depois e esgotados, logo, um décimo de todos realmente estará preparado para o combate.

       As Leis das manobras são especificamente:

  • Não acosse um inimigo desesperado
  • Deixe sempre uma saída de fuga
  • Não prove de sua comida
  • Não detenha um exército de volta para casa
  • Não ataque sua tropas de elite
  • Se ele foge, não o persiga. (SunTzu, 513 a.C., p 76)

       O general para saber como empregar as tropas deve saber as nove mudanças, pois aquele que não conhece não irá tirar o proveito do terreno, nem das vantagens. As nove mudanças são:

  1. Não acampe em terreno baixo.
  2. Seja diplomático na fronteira, faça aliados.
  3. Não fique em terra ruim.
  4. Em terra inóspita, planeje.
  5. Em campo de morte, lute.
  6. Algumas vias não devem ser percorridas.
  7. Alguns exércitos não devem ser atacados.
  8. Algumas cidades não devem ser sitiadas.
  9. Alguns terrenos não devem ser disputados. (Sun Tzu, 513 a.C., p.81)

       Sábio é o general que conhece as nove mudanças, pondera , pesa as coisas favoráveis e desfavoráveis, e decide o que é mais certo. Tornando o plano executável, leva em conta o que é favorável, e solucionando as dificuldades, leva em conta o que é desfavorável.

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