TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Governança Corporativa

Por:   •  26/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.387 Palavras (10 Páginas)  •  122 Visualizações

Página 1 de 10

1. Governança Corporativa

José Ortigosa

O pratica de Governança Corporativa e sua usabilidade encontra-se atualmente como item de primeira necessidade no âmbito das Organizações, principalmente quando falamos de Organizações que estão listadas em bolsa de valores ou tem intenção de abrir o Capital. Alem disso é uma matéria de grande importância também para as outras Organizações indistintamente, pois garante transparência e respeito por todos que de alguma forma tem relacionamento com a Organização.

Esse interesse cresceu nos últimos anos principalmente devido aos escândalos corporativos que abateram os anos 90 e que motivaram os governos e os órgãos reguladores a impor regras mais rígidas de transparência às empresas, impondo boas práticas de governança corporativa.

A definição do termo Governança Corporativa passa por definir quem são os agentes afetados e principalmente beneficiados pela implementação de uma estrutura de Governança dentro da Organização, fazendo com que todos possam ter acesso aos dados e registros de forma clara e assim estarem acompanhando as decisões e evolução do negócio.

Inclui-se dentro do tema de Governança Corporativa, temas também relevantes que interferem diretamente nos resultados das Organizações, assim estaremos incluindo nesse estudo, Detalhes e posicionamento sobre Governança de TI (Tecnologia da Informação), apresentando o que seria o modelo de boas práticas aplicadas à tecnologia. Daremos um enfoque maior neste tópico uma vez que a Tecnologia foi escolhida como o recurso mais crítico dentro de uma organização segundo a Sarbanes Oxley Act, sendo imprescindível a sua boa gestão para criação de valor para a empresa.

A elevação do grau de importância da Governança

Nos anos 90, a América e a Europa foram marcadas por um grande desenvolvimento econômico e também por uma série de escândalos (Tyco, Global Crossing, Qwest, Merck, Halliburton, Lucent, Vivendi, Xerox e Parmalat).

Esses acontecimentos colocaram na ordem do dia questões como ética nos negócios, transparência, governança corporativa, conflitos de interesse entre acionistas e gestores das corporações, conflitos de interesse entre acionistas minoritários e os controladores, conflitos de interesse entre as corporações e a sociedade. Por fim, colocaram-se em xeque os sistemas de gestão até então vigentes.

Em um movimento iniciado principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, foram criadas novas regras que protegessem os acionistas dos abusos da diretoria executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes e as omissões das auditorias externas.

Na Inglaterra, foi criado um Código de Melhores Práticas que ganhou o nome de código Cadbury. Inspirado na prática do mercado de capitais norte-americano, o Relatório Cadbury. Este relatório foi divulgado em dezembro de 1992, em suas principais linhas descreve as responsabilidades atribuídas ao conselho de administração:

  • Definição dos membros do conselho;
  • Participação de membros independentes no conselho;
  • Disposição sobre a necessidade de comitês de conselho.

Nesta época, o investidor mudou a idéia de que “se não estiverem gostando da administração, vendemos as ações” para “se não gostamos dos administradores, por que somos nós que temos que sair?”.

Governança e Ética

A governança surgiu nesse cenário visando garantir o componente ético da organização, representado por seus diretores e outros funcionários, na criação e proteção dos benefícios para todos os acionistas. Como alcançar isso de forma clara, e com maior transparência na gestão da companhia.

Desde 2001, o interesse pelo assunto de boas práticas de Governança Corporativa foi renovado, principalmente devido a grandes escândalos corporativos de grandes firmas americanas como a Enron e Worldcom.

Se anteriormente a esses acontecimentos o mercado era composto por investidores cuja única preocupação era o lucro e o recebimento de dividendos, hoje há um mercado bem mais complexo:

  • Investidor;
  • Consumidor;
  • Fornecedor;
  • Colaborador;
  • Comunitário e
  • Político Governamental e não governamental.

Desta forma, não somente os resultados econômicos e os dividendos importam, mas também:

  • A maneira como foram obtidos;
  • Os impactos sócio-ambientais para a sua concepção;
  • A ética e as práticas de governança corporativas adotadas pela empresa;
  • A qualidade e a conceituação do produto no mercado;
  • O controle de riscos de toda ordem;
  • O grau de sustentabilidade dos negócios e
  • Toda a gama de fatores que a influenciam e formam a imagem da Companhia.

Toda essa mudança de mentalidade deu origem a legislações e códigos que em constantes revisões e melhorias, buscam guiar este processo de desenvolvimento da governança corporativa.

O mercado reagiu à onda de escândalos e a esta mudança de mentalidade do investidor com várias iniciativas, próprias ou derivadas de leis que obrigam a uma maior transparência da gestão. O Acordo de Basiléia II, em 2001, voltado para aspectos financeiros e de transparência das empresas, e a Sarbanes-Oxley Act, de 2002, com leis voltadas para definição de critérios de governança, criaram regras que se espalharam pelas organizações

Enron – A maior fraude de todos os tempos

A Enron foi formada em 1985 pela compra da Houston Natural Gas pela InterNorth e já foi a sétima maior empresa norte-americana. A empresa se ramificou em muitos campos de energia, não relacionados ao petróleo com o passar dos anos, incluindo áreas como freqüência de internet. A falência da Enron também arrastou consigo a Arthur Andersen, uma das maiores empresas de auditoria e de consultoria de negócios do mundo.

O caso da fraude Enron é extremamente complexo. Alguns dizem que o legado da Enron está baseado no fato de, em 1992, Jeff Skilling, então presidente das operações comerciais da Enron, ter convencido fiscais federais a permitirem que a Enron usasse um método contábil conhecido como "mark to market". Esta era uma técnica usada por empresas de corretagem e importação e exportação. O uso deste método permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo como receita corrente. Este era dinheiro que não deveria ser recolhido por muitos anos. Acredita-se que esta técnica foi usada para aumentar os números de rendimento manipulando projeções para rendimentos futuros.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.7 Kb)   pdf (219.4 Kb)   docx (41.5 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com