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A INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO

Por:   •  15/9/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.294 Palavras (18 Páginas)  •  293 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE UBERABA

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

MAYNARA SARTTI RAINHA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES

2018

MAYNARA SARTTI RAINHA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO

Trabalho de Conclusão de curso realizado como requisito para a conclusão do curso de Graduação em Pedagogia, da Universidade de Uberaba, sob orientação da Professora-Tutora:

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

2018

RESUMO

Este trabalho irá abordar sobre a inclusão de alunos autistas nas escolas, o conceito de autismo, as características, as formas de avaliar e diagnostica-lo, e o papel da equipe escolar na vida da criança autista, e o brincar no processo de aprendizagem.

O Autismo é um dos mais graves distúrbios do desenvolvimento das crianças, por esse motivo, a intervenção intensiva precoce pode promover as competências individuais, a autonomia, o comportamento, a interação social, comunicação, e funcionamento geral. Esse distúrbio afeta não só o os portadores como também os familiares e todos os que fazem parte do dia a dia da criança autista, especialmente quando se tem em consideração a complexidade dos comportamentos, reações e emoções que os indivíduos apresentam.

Palavras-Chave:  Autismo. Inclusão. Escola. TEA.


  1. Sumário

INTRODUÇÃO        4

AUTISMO        5

A INCLUSÃO ATRAVES DO AEE        10

OS METODOS TEACCH E ABA DE ENSINO        13

CONSIDERAÇÕES FINAIS        15

REFERÊNCIAS        16

  1.  INTRODUÇÃO

O  Transtorno do Espectro Autista tem atravessado  por  um  processo  de crescimento de  investigação ao longo dos anos, no que se diz à sua definição.Nos dias atuais predomina-se  a existência  de  dois  documentos importantes para sua definição, o DSM  (Manual  Diagnóstico e Estatístico  de  transtornos  mentais) e o CID-10  (Classificação  Internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde), estes são utilizados por especialistas da área de saúde mental, para diagnosticar o Autismo.

O seguinte trabalho tem como objetivo apresentar conteúdos referentes à inclusão  escolar  de  alunos  com  TEA (Transtorno de Espectro Autista),  tendo  como apoio o  Atendimento Educacional  Especializado - AEE,  observando que uma das razões  vitais  é  o trabalho colaborativo dos professores do AEE e os da classe comum, a  parceria,  bem  como  a conduta  médica  adequada para  cada  caso. Ainda  intervenções  psicoeducacionais,  utilizando metodologias de trabalho, como os métodos ABA e TEACCH.

Por meio de uma abordagem  teórica, foi feito levantamento de informações relevantes e decisivas para um melhor entendimento do  que  vem  a  ser  o  TEA, os critérios para diagnosticar o transtorno, bem como as normas que o gerem e o deliberam.

Tendo como objetivo  a  prática educativa de inclusão através  do AEE, que foi elaborado para atender as mais diversas incapacidades e complexidades de  aprendizagem, as dificuldades que caracterizam  crianças que sofrem de autismo impele um amplo desafio na hora de elaborar atividades, destacando assim relevância da formação detalhada desses professores.

  1. AUTISMO

Pessoas com distúrbio autista dispõem de um transtorno no desenvolvimento, principalmente na interação social e na comunicação. Segundo Mello (2004), o autismo é uma síndrome caracterizada por desvios na comunicação, na utilização da imaginação e na interação social. Esse transtorno abrange 0,6% da população, porém é uma síndrome sem definição exata. De acordo com Cunha (2012, p. 20), o termo “autismo” é originário gregos “autos”, que significa “de si mesmo”, esse termo foi citado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler em 1911.

Segundo a Sociedade Americana de Autismo (ASA) (2013) “ o autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), que aparece comumente no transcorrer dos três primeiros anos de vida, atingindo a capacidade de se comunicar, seu convívio social, a linguagem e a imaginação. Essa síndrome define-se como um “transtorno do espectro” acometendo pessoas de graus e formas diferentes.

Uma das características principais do autismo é a incapacidade de relacionamento social que se mostrar-se de caráter grave por toda a vida. Esse distúrbio atinge 20 a cada 10 mil nascidos mais comum no sexo masculino quatro vezes mais que no feminino,  visto em todo o mundo e acomete qualquer tipo de pessoas e famílias, pobres, ricas, qualquer religião ou raça. Até o momento, não foi identificado nenhuma causa psicológica ambiental que possa justificar a causa desse transtorno

Kanner em 1943, descreveu pela primeira vez o autismo, após observar crianças que tinha o comportamento incomum, o isolamento social e a preservação da rotina, assim concluiu que essas, tinham déficits de relacionamento social, com comportamentos diferentes. A partir de então, o autismo vem sendo estudado, pesquisado e definido por vários autores.

A Lei n° 12.764 que trata da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista define o transtorno como:

I - Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por 14 deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;

II - Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos (BRASIL, 2012, § 1º, Incisos I e II).

O que vem a provocar o autismo ainda não foi descoberto. Segundo autora Mello (2005, p. 17), “Pensa-se que a origem do autismo esteja em irregularidades em alguma parte do cérebro, porém ainda não foi acentuada conclusivamente e, possivelmente, de origem genética”. Além dessa suposição, alguns autores acreditam que sua causa pode ser problemas no momento do parto ou no período de gestação. Pesquisas realizadas revelam que fatores do ambiente como infecções, stress, exposição a substâncias químicas tóxicas, desequilíbrios metabólicos, complicações na gravidez podem abalar o desenvolvimento do feto e provocar o aparecimento do autismo.

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