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A PARTICIPAÇÃO E A SITUAÇÃO ATUAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  19/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  6.217 Palavras (25 Páginas)  •  347 Visualizações

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Estudos Disciplinares II – TG Trabalho em Grupo

A PARTICIPAÇÃO E A SITUAÇÃO ATUAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO


TRABALHO EM GRUPO - TG


LISTA DE TABELA

Tabela 1 Horas de trabalho doméstico por semana        


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        

1.        CONTEXTUALIZAÇÃO        

2.EVIDÊNCIAS DA DESIGUALDADE        

2.1 Participação dos gêneros no trabalho doméstico        

2.2 Estudo Action Aid        

3.POLÍTICAS PARA REDUÇÃO DA DESIGUALDADE        

3.1 Relatório ONU MULHERES sobre progresso das Mulheres no Mundo        

3.2 Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça        

3.3 Ações de algumas empresas        

3.4 Cotas para Mulheres        

CONCLUSÃO        

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA        

INTRODUÇÃO

A participação da mulher no mercado de trabalho vem sofrendo grandes modificações ao longo dos anos e a concepção de que o papel da mulher era cuidar da casa e dos filhos enquanto cabia ao homem, o sustento da casa, não representa mais a realidade em muitas famílias.

Historicamente, tivemos alguns fatos relevantes que contribuíram com a inserção das mulheres no mercado de trabalho. A revolução industrial levou a produção têxtil de dentro de casa para a indústria, e as mulheres e crianças eram preferidas, pois ganhavam menos.

Com a 1ª guerra mundial, as mulheres tiveram que assumir o sustento da casa, passando a ocupar o lugar dos homens nos negócios da família ou nos postos de trabalho.

Após a segunda metade do século XX, o crescimento da liberdade e independência financeira das mulheres também contribuiu para a evolução das mulheres no mercado de trabalho.

Apesar do crescimento expressivo da participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro (nos anos 50, 14% das mulheres trabalhavam e em 2015 este percentual subiu para 55%) há um longo caminho a ser percorrer no que diz repeito á igualdade de gênero, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

Apesar da CLT, no artigo 461, garantir que trabalhadores com função idêntica, exercendo tarefas para o mesmo empregador, no mesmo município, com igual produtividade e perfeição técnica, devem receber salários iguais, proibindo qualquer distinção de sexo, nacionalidade ou idade, não é assim que funciona na realidade.

“Em 2002, as mulheres recebiam 70,6% do salário dos homens, em 1981 esse percentual era de 55,7%” (HOFFMANN; LEONE, 2004 p. 37.) Desta forma, pode-se dizer que tivemos um grande progresso ao comparar estes dados, mas ainda se faz necessário a implementação de políticas agressivas para eliminar de vez tamanha desigualdade.

 

  1. CONTEXTUALIZAÇÃO

De acordo com Hoffmann; Leone, (2004), entre os anos de 1981 a 2002, aumentou a proporção de domicílios com mulher que trabalha, que passou de 35 para 46,9%, ou seja, um aumento de 11,9 pontos percentuais nos 21 anos.

 Nas últimas décadas, houve aumento generalizado da participação das mulheres adultas no mercado de trabalho. Essa expansão reflete nova e importante tendência de permanência da cônjuge com filhos no mercado de trabalho. Segundo o estudo, o padrão brasileiro da atividade feminina está sem movendo em direção a um padrão similar ao observado nos países desenvolvidos, onde se verifica a manutenção do nível elevado de participação feminina em idades mais avançadas, em torno dos 50 anos.

O crescimento é constante, mas no entanto, de acordo com Godinho(2015), da Secretaria de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres, as mulheres continuam atrás dos homens, e a alocação delas nos postos de trabalho é predominante nas áreas de serviço doméstico, costura informal para indústrias e serviços pessoais e de beleza.

Na área de construção e manutenção de veículos e transportes, as mulheres não chegam a 1%. Ainda segundo Godinho (2015), em reportagem do Portal Brasil, o novo desafio é oferecer garantias sociais para que as mulheres possam conciliar o trabalho profissional e o cuidado com a família.

Muitas trabalhadoras são mães e precisam deixar os filhos para sustentar a casa. O governo tem investido muito nisso. Em 2002, tínhamos pouco mais de 10% das crianças de 0 a 03 anos nas creches. Em 2012, esse número passou para 21%. A situação melhorou, mas os esforços precisam continuar. (GODINHO, 2015)

Além disso, segundo Probst(2015), no RH Portal, é importante ressaltar que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange à qualidade das ocupações que têm sido criadas tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre homens e mulheres. 

De acordo com Probst(2015), menciona o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A renda média das trabalhadoras passou de R$ 281,00 para R$ 410,00. As famílias comandadas por mulheres passaram de 18% do total para 25%.

A média de escolaridade dessas “chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa de analfabetismo, que ainda está 20%. Outra característica da década foi consolidar a tendência de queda da taxa de fecundidade iniciada em meados da década de 60. As mulheres têm hoje 2,3 filhos. Há 40 anos, eram 6,3 filhos.  

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