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Mulheres E Trabalho

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Por:   •  14/4/2013  •  1.737 Palavras (7 Páginas)  •  1.404 Visualizações

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Historicamente, a mulher ficou subordinada ao poder masculino, tendo basicamente a função de procriação, de manutenção do lar e de educação dos filhos, numa época em que o valor era a força física. Com o passar do tempo, porém, foram sendo criados e produzidos instrumentos que dispensaram a necessidade da força física, mas ainda assim a mulher içou numa posição de inferioridade, sempre destinada a ser um apêndice do homem, jamais seu semelhante.

Esta compreensão acorrentou culturalmente a mulher, moldando-lhe sua existência conforme estas possibilidades apresentadas.

No século XX, depois das grandes guerras mundiais, dos avanços científicos e tecnológicos, surge irrevogavelmente a possibilidade de outro espaço para a mulher. Por volta da década de 40, o feminismo dá seus primeiros passos, e com isso começa a pensar na possibilidade de um futuro diferente daquele que lhe reservaram culturalmente e historicamente. As mulheres já vinham em um processo, lento e gradual de conquistas sociais, econômicas e jurídicas, mas é a partir de então que se intensificam as discussões e lutas pela superação da situação das mulheres.

Há muitos anos atrás nos Estados Unidos algumas mulheres demonstraram garra, força, luta, fé e perseverança em luta por desses direitos, os quais foram negados durante um longo tempo. Essas vencedoras mulheres não aceitaram as péssimas condições de trabalho, organizaram um movimento e lutaram até a morte, quando por ordem do patrão, foi ateado fogo com estas operárias dentro. Elas morreram e não desistiram de seus ideais.

Outra conquista histórica que as mulheres adquiriram foi o direito ao voto, A mulher não possuía o direito de escolha, elas não tinham sequer o direito se sentar à sala e ainda chamavam seus maridos de senhor. Nesta época os pais é que escolhiam seus maridos. Muitas dessas mulheres sofriam caladas, humilhadas e infelizes, porque se percebe pelas matérias históricas, fotos e quadros de mulheres com um olhar perdido, triste e sombrio. Os homens, na maioria das vezes, tinham amantes e as mulheres se sujeitavam a se submeter por mais esta humilhação.

No Brasil, na geração dos anos sessenta, as mulheres também lutaram bravamente por direitos iguais. Diversas iniciaram um movimento em busca de melhores condições de trabalho, liberdade de escolha, as feministas iam às ruas e queimavam sutiãs em busca dessa igualdade tão sonhada. Inúmeras mudanças foram acontecendo na sociedade, entre essas mudanças o mercado de trabalho se ampliava para as mulheres, o divórcio começou a valer. E os padrões de antes, a família com pai mãe e filhos começou a mudar. Uma nova família estava aparecendo: mãe e filhos.

A situação das mulheres começava a se definir só que ainda existia um fator primordial é que diversas dessas mulheres quando completavam quarenta anos começavam a serem descartadas e esquecidas pelo mercado de trabalho. Elas também achavam que já era hora de parar e se aposentar. Muitas se sentiam velhas e sonhavam com a aposentadoria. Naquele tempo a própria sociedade também estigmatizava que a mulher aos quarenta estava fora do mercado de trabalho. E ainda havia a situação deplorável que alguns homens trocavam suas mulheres de quarenta por outras mais novas.

A história do movimento feminista possui três grandes momentos. O primeiro foi motivado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho no fim do século 19. O segundo, no fim da década de 1960, foi marcado pela liberação sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos). Já o terceiro começou a ser construído no fim dos anos 70, com a luta de caráter sindical.

No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do século 18 e início do 19, quando as mulheres brasileiras começaram a se organizar e conquistar espaço na área da educação e do trabalho. Nísia Floresta (criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e Jerônima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) são as expoentes do período.

As brasileiras obtiveram importantes conquistas nas primeiras décadas do século 19. Em 1907, eclode em São Paulo a greve das costureiras, ponto inicial para o movimento por uma jornada de trabalho de 8 horas.

Em 1917, o serviço público passa a admitir mulheres no quadro de funcionários. Dois anos depois, a Conferência do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho aprova a resolução de salário igual para trabalho igual.

Já a década de 30 foi marcada por avanços no campo político. Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto, com o Código Eleitoral. Apesar da importância simbólica dessa conquista, à época, foram determinadas restrições para o exercício desse direito.Foi só com a Constituição de 1946 que o direito pleno ao voto foi concedido.

Mesmo assim, um ano após de conquistado o direito ao voto, em 1934, Carlota Pereira Queiróz torna-se a primeira deputada brasileira. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre os gêneros.

Com a ditadura do Estado Novo, em 1937, o movimento feminista perde força. Só no fim da década seguinte volta a ganhar intensidade com a criação da Federação das Mulheres do Brasil e a consolidação da presença feminina nos movimentos políticos. Mas logo vem outro período ditatorial, a partir de 1964, e as ações do movimento arrefecem, só retornando na década de 70.

Um dos fatos mais emblemáticos daquela década foi a criação, em 1975 (Ano Internacional da Mulher), do Movimento Feminino pela Anistia. No mesmo ano a ONU, com apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), realiza uma semana de debates sobre a condição feminina. Ainda nos anos 70 é aprovada a lei do divórcio, uma antiga reivindicação do movimento.

Nos anos 80, as feministas embarcam na luta contra a violência às mulheres e pelo princípio de que os gêneros são diferentes, mas não desiguais. Em 1985 é criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao Ministério da Justiça, com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais.

O CNDM foi absorvido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, criada em 2002 e ainda ligada à Pasta da Justiça. No ano seguinte, a secretaria passa a ser vinculada à Presidência da República, com status ministerial, rebatizada de Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Em 1996, o rendimento médio das mulheres brasileiras, de 585 reais correspondia a 60% do obtido pelos

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