A Tríade Tecnológica e o Motor da Digitalização Internacional
Por: Angela Akemi Kai • 10/10/2021 • Seminário • 573 Palavras (3 Páginas) • 94 Visualizações
A Tríade Tecnológica e o motor da digitalização internacional.
Em 1945 durante a Segunda Guerra Mundial, deu-se início o período da Guerra Fria, onde a maior arma dos países era a informação, obtida por espionagem.
Com objetivo de aumentar seu poder através do tráfego de informações estratégicas, foi desenvolvida em 1969 a ARPANET, uma junção de rede entre computadores e linguagens de transmissão que eram entendidas entre os computadores emissores e os receptores. Em 1990 a tecnologia foi “popularizada” se tornando a Internet.
Através da Internet as informações puderam ser transmitidas numa rede mundial, algo antes impossível de se imaginar. Juntemos a esse grande feito, a criação do computador pessoal em 1975, pela Microsoft com uma linguagem facilitada para o leigo em tecnologia. Por fim, a invenção do smartfone pela Apple, em 2007 consolidou a tríade, que juntamente com o computador pessoal e a Internet foi o meio pelo qual o mundo se digitalizou rapidamente. Mundo esse que já vivemos e que nos interconecta em questão de segundos a qualquer outra pessoa do mundo.
Essa interconexão quebrou muitas barreiras, e tem como pano de fundo o compartilhamento de informações – Note que foi o objetivo principal do primeiro item de nossa Tríade.
Desde a época das grandes guerras, a tecnologia exerce poder na política internacional. Ela provoca disrupções e reorganiza como o poder mundial é distribuído e exercido.
Permite que os Estados possam obter um maior controle do dia a dia de sua população. Permite manipular as informações que irão agradar ou engajar politicamente pessoas e atacar desafetos. A Inteligência Artificial já demanda discussões éticas entre comitês internacionais de autoridades do assunto. A Internet das Coisas nos permite monitorar tudo e todos em tempo real. Todas essas tecnologias podem ser utilizadas tanto para o bem quanto para o mal.
E ao mesmo tempo que as grandes corporações ainda detém grande parte do mercado tecnológico, concentrando ainda a riqueza na América, novos fluxos tecnológicos não convencionais, como o Bitcoin, são criados e vão contra o capitalismo tradicional, apesar de ainda não populares mundialmente, já possuem uma representatividade financeira.
Outras tecnologias ainda não muito exploradas para as relações internacionais podem ser utilizadas a fim de estabelecer governança de acordos internacionais. Através do Blockchain, que é um registro histórico completo e indestrutível para qualquer coisa, seria possível acompanhar a evolução dos acordos nas esferas ambiental, social e política das nações. Esse tipo de tecnologia, bem definida de forma não ferir a supremacia dos países, poderia aumentar a confiança entre as nações melhorando toda a cadeia de relações internacionais.
Mas foi em 2020 que a tecnologia pode ser posta a prova. Por conta da pandemia da COVID-19, o mundo possível foi posto em modo digital, isolando fisicamente pessoas em grande parte do mundo.
O mundo se conectou pela transmissão de notícias de longe, compartilhamento e colaboração científica. E os líderes das nações também passaram a trabalhar a crise da pandemia virtualmente, sendo pelo fechamento de fronteiras, troca de insumos ou desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a criação de várias vacinas.
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