ADMINISTRACÃO DE CARREIRA

INTRODUÇÃO

Administração de Carreira é uma ferramenta para que a organização consiga se estruturar para integrar as estratégias e práticas da empresa com a política de Recursos Humanos, e também serve como estimulo para os funcionários a pensarem em suas carreiras e no seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Entretanto podemos visualizar nas organizações uma diferenciação no conceito e na aplicação dessa Administração de carreiras, que hoje em dia variam de acordo com a estrutura e estratégia das empresas. Em entidades com um pode de hierarquia mais forte e rígida e, a carreira de seus funcionários são “levadas” de acordo com as perspectivas estratégicas e projeções de crescimento da empresa, ou seja, muitas vezes o planejamento de carreira é deixado de lado. No entanto essas empresas possuem como características muitas vezes, ser um lugar onde o trabalho é muito repetitivo e aborrecido, fazendo com que ocorra muita desmotivação de seus funcionários podendo acarretar perda sentimental no capital humano da empresa.

O presente trabalho tem o objetivo de traçar uma análise teórica sobre o conceito de carreira desde a época da era industrial até os tempos modernos e frisar a importância do planejamento da carreira tendo como premissa básica e o autoconhecimento, para garantir qualidade de vida e satisfação profissional em todas as fases da carreira. Na confecção deste trabalho foram considerados e abordados conceitos e definições de pesquisadores e estudiosos renomados e reconhecidos. Serão também relatados o contexto de carreira e o crescimento profissional e os tipos de carreira

Diante deste contexto, é relevante refletir e traçar um planejamento de carreira, encontrar uma maneira de colocar em prática, ter a atitude de mover-se rumo à concretização dos objetivos tanto pessoais quanto profissionais.

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1. ABORDAGENS E CONCEITOS HISTÓRICOS NO CAMPO DA ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRA

Embora a ideia de carreira tenha surgido com a sociedade industrial, somente a partir do século XIX, passou-se a utilizar o termo para definir trajetória de vida profissional. Até pouco tempo atrás o conceito de carreira permaneceu circunscrito a essa analogia, como uma propriedade estrutural das organizações ou das ocupações, tal como apresentado na era da industrialização clássica, onde era marcado por muitos níveis hierárquicos e coordenação centralizada. Os cargos eram individuais especializados com tarefas simples e repetitivas. Ofereciam poucas oportunidades de mobilidade ocupacional. A partir do momento que o indivíduo ingressasse na carreira, já sabia, de antemão, o que esperar do percurso.

Dessa forma, falar em carreira nos tempos atuais significa vê-la de forma interligada a essas outras dimensões. Significa também que a carreira não é determinada a priori, é algo a ser construído, sugerindo um papel mais ativo do trabalhador no decorrer do processo. Além disso, diversos aspectos da interação dos ciclos da vida, do lazer e dos estilos de vida com a ocupação passaram a ser cada vez mais evidenciados.

“Carreira é um termo muito utilizado no qual agrega vários significados, contudo de difícil definição. Pode ser utilizado para referir à mobilidade ocupacional, como por exemplo, o caminho a ser trilhado por um executivo, ou carreira como profissão, como a carreira militar. Em ambos os casos, carreira passa a ideia de um caminho estruturado e organizado no tempo e espaço que pode ser seguido por alguém”. (Dutra, 1996 p.16)

“Sobre dois modelos de carreira: modelo tradicional e moderno. O modelo tradicional, que vigorou até a década de 1970, foi marcado pela estabilidade, progressão linear e vertical e o trabalhador possuía maior estabilidade no emprego. Já no modelo moderno, caracterizava-se por uma progressão da carreira de forma descontínua, mais horizontal que vertical e com maior instabilidade”. (Dutra, 1996)

“Conceituando o que chamou de perspectiva de desenvolvimento de carreira, já mencionava a necessidade de se estabelecer relações entre autodesenvolvimento, desenvolvimento de carreira e desenvolvimento da vida pessoal e familiar. Para refletir sobre a carreira, seria preciso, conforme o autor, entender as necessidades e características da pessoa, que não estão ligadas apenas à vida no trabalho, mas são fruto de sua interação com todos os espaços de sua vida”. (Schein, 1978).

“Souza (2005) associa o conceito de carreira à forma como os encargos eram avaliados e estruturados em categorias e nos crescentes níveis de complexidade e de exigências de preparo do trabalho. Define o conceito de carreira como: “Uma sequência de funções e cargos que os indivíduos assumem ao longo de sua vida profissional”.

1.  PLANEJAMENTO DE CARREIRA

O plano de carreira é um conjunto de caminhos e metas bem definidos que servem como um guia de crescimento profissional. Nos últimos anos, o plano de carreira vem deixando de ser apenas um benefício oferecido pela empresa e passou a ser um plano individual, no qual cada um traça seus próprios objetivos.

1.  O CONTEXTO DAS CARREIRAS E O CRESCIMENTO PROFISSIONAL

A construção de uma carreira requer decisões e atitudes que, normalmente, se refletem em outras esferas da vida das pessoas. O desenvolvimento profissional exige adaptações sociais que envolvem não só o trabalhador, mas também sua família. As várias pressões sofridas pelo indivíduo nesse campo denotam a relevância da preocupação com as escolhas relacionadas ao trabalho, porém, hoje, trabalhar pode não significar exatamente ter um emprego fixo em uma organização estruturada. No atual contexto social, caracterizado pelo dinamismo, vários outros arranjos de carreira se formam, influenciando tanto o comportamento das pessoas, quanto as próprias organizações.

Apesar das mudanças no comportamento dos trabalhadores e nas estruturas das empresas, as carreiras voltadas a organizações fortemente estruturadas ainda têm seu lugar no atual cenário do trabalho. Porém, existe a tendência de que os casos de pessoas que planejam e conseguem manter sua carreira em uma única instituição empregadora tornem-se cada vez mais raros.

Na gestão de carreira, combinar as possibilidades de movimentação oferecidas pelas organizações com o planejamento pessoal da vida profissional de seus empregados é algo essencial e difícil de realizar (Dutra, 1996). Porém, além desses desafios, que se apresentam entre vários outros, atualmente é necessário considerar as dificuldades das organizações em manter suas estruturas de emprego.