APRENDIZAGEM E DIMENSÕES DA MENTE HUMANA

APRENDIZAGEM E DIMENSÕES DA MENTE HUMANA

A mente humana ao longo da história passou por diversas transformações e conceituações diferentes, devido as suas variadas dimensões e variados indivíduos, a mente ou cérebro, durante muito tempo, esteve relacionada ao aspecto cognitivo do ser humano, como o raciocínio, a abstração, o pensamento, mas já no final do século XX essa concepção é revista e compreende-se que a parte humana implicava também a emoção, os sentimentos, a ação.

Modelos mentais foram criados desde a Era Filosófica de Platão e Aristóteles, são imagens, histórias e casos que trazemos a nossa mente sobre nós, outras pessoas e aspectos da vida que nos fazem distinguir pessoas e objetos individualizando-as das outras. Segundo Angeloni (2002), percebemos, entendemos o mundo e fazemos escolha das coisas através dos nossos modelos mentais, onde exercem principalmente as funções de guiar a percepção e atenção, guiar a cognição, definir objetivos e estratégias, tomar decisões, sentir e consequentemente aprender.

A aprendizagem faz parte dessas concepções e é um processo que estamos vivenciando a todo momento, passando a se destacar e mostrar que existem várias formas de aprender, podendo ser um processo difícil ou fácil, rápido ou lento, individual, coletiva e organizacional. O processo individual é o principal deles, pois é com ele que o indivíduo se destaca dos demais, com uma variação própria e particular de aprender, influenciando diretamente nos posteriores processos. Mediante essas funções, a aprendizagem humana é adquirida por meio dos conhecimentos prévios obtidos anteriormente pelo indivíduo. Por sua vez, isto implica nas mudanças que ocorrem durante o processo de aquisição do conhecimento, o qual é produzido por meio de práticas repetitivas. Desse modo, a aprendizagem admite múltiplas variantes, ou seja, o conhecimento humano se dá de forma construtiva.

A transferência do aprendizado individual para o organizacional é eficaz na medida em que os membros da organização conseguem tornar explícitos e transferíveis os seus modelos mentais e conhecimentos. Segundo Shmuel Lemle (2000) quando compartilhamos mais podemos receber mais e se estamos sempre compartilhando criamos um fluxo que nunca para. Devemos observar que o conhecimento mais importante está nas pessoas, pois uma organização não pode criar conhecimento por si mesma, onde a transferência espontânea e não estruturada é vital para o sucesso da empresa e da sociedade.

A aprendizagem organizacional pode ser definida como a capacidade de crias novas ideias e multiplicadas pela capacidade de generalizá-la por toda a empresa, pela qual as organizações constroem, mantém, melhoram e organizam o conhecimento e a rotina em torno de suas atividades e culturas, afim de utilizar as aptidões e habilidades de suas força de trabalho de modo cada vez mais eficiente. O processo de aprendizagem torna-se uma vantagem competitiva sustentável, uma vez que, por meio dela, os processos e atividades são adaptados, transformados, criados e recriados, onde as pessoas são o principal meio de alavancagem para essas mudanças.

Portanto, podemos perceber que a aprendizagem passa por transformações correntes a partir do indivíduo, do modelo mental, da cultura e do ambiente em que está inserida, partindo do pressuposto que o ser humano é o receptor e propagador do conhecimento adquirido e o compartilhamento não só pessoal mais também organizacional é um método de inovação e melhoria sustentável e contínua.

REFERÊNCIAS

ANGELONI, Maria Terezinha. Organizações do Conhecimento: infraestrutura, pessoas e tecnologia. São Paulo: Saraiva, 2002.